A importância da vulnerabilidade na liderança (e na vida!)
(Por Thais Vicente)
Nós já sabemos que todos tem seus momentos difíceis, inseguranças, medos e frios na barriga. Mas quando pensamos nos nossos líderes tendemos a achar que são intocáveis e livres disso tudo. Ou quando viramos líderes, achamos que temos que nos colocar nesse lugar.
A verdade é que o mundo corporativo tradicional vai nos colocando em uma bolha que não é real e nos faz acreditar que dali em diante precisamos ser fortes, não demonstrar fraquezas e parecer destemidos. E isso só cria um ciclo negativo de autoestima e infelicidade profissional.
O ciclo é basicamente da seguinte forma: nos comparamos com pessoas que não demonstram a realidade e acreditamos naquilo buscando uma referência que não existe. Com isso, nos sentimos inferiores e passamos a fingir que somos o que não somos, nos tornando a mesma referência irreal para outras pessoas e, principalmente, para nossas equipes.
Por isso a vulnerabilidade é tão importante aqui. Quebrar esse ciclo de armaduras falsas nos coloca em contato com quem somos de verdade e com quem o outro é de verdade. Nos ajuda na identificação com nossos líderes e a termos trocas verdadeiras. Nos torna melhores líderes, com melhores conexões com nossas equipes.
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Líder também tem frio na barriga antes de uma reunião importante, também se sente inseguro no ambiente de trabalho. E se a gente parar de pensar com a cabeça da velha economia, consegue entender que líder é, antes de tudo, gente.
E por mais que esse seja um ciclo difícil de se quebrar, a nova economia está aí para nos mostrar que nosso leque de possibilidades aumentou, e muito! E se não podemos ser nós mesmos na empresa ou na área que estamos, temos várias outras possibilidades para descobrirmos.
Quando nos permitimos sermos vulneráveis, encontramos nossa melhor versão, somos melhores profissionais e melhores líderes. Nos descobrimos como somos de verdade. E não há nada de errado em ser quem somos. Errado é querermos nos moldar a lugares, pessoas e coisas que não são compatíveis com nós mesmos e com nossos valores. Principalmente considerando que trabalhamos, pelo menos, ⅓ das nossas vidas. E se não somos felizes no trabalho, somos felizes nas nossas vidas?
Felicidade pode sim ser uma escolha. Todos os dias temos decisões a tomar sobre sair de onde não somos felizes, olhar os desafios com olhos diferentes, ser diferente do que dizem que deveríamos ser, nos arriscar no novo, fazer diferente no ambiente que estamos… Você pode até pensar que é utópico, mas com certeza uma decisão diferente pode mudar muito a sua vida. Mas, dá medo, né?! Dá mesmo e não tem nada de errado nisso.
Então meu convite diário é que possamos escolher ser felizes. E começamos isso da maneira mais simples: sendo nós mesmos e quebrando ciclos! A vulnerabilidade é nossa aliada nesse processo, não deixe de chamá-la para fazer parte.
Fundadora/Headhunter na MaxSearch | Recrutamento para Média e Alta Gerência
2 aParabéns Thais
Psicologia - Mulheres em todas as fases da maternidade e perinatalidade | @psicothaisvic
2 aFoi um prazer participar! Super beijo!