A IMPORTÂNCIA DAS BIBLIOTECAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
Extraída do site da Academia de Informação cientifica - artigosidas.blogspot.com

A IMPORTÂNCIA DAS BIBLIOTECAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

Tipo de texto: Artigo de Opinião

Publico alvo: Estudantes e pesquisadores ligado à ciência da Informação; Bibliotecários, museólogos, arquivistas, profissionais de informação, Administradores públicos e governamentais.

É sempre um prazer ter a oportunidade de disseminar conteúdos, pesquisas e ideias relacionados a esta maravilhosa área do saber – A ciência da Informação. O presente artigo cingir-se-à na reflexão e compreensão da importância crucial que as bibliotecas desempenham na construção para uma melhor sociedade, a sociedade do conhecimento.

Começo esta reflexão com um texto bíblico, retirado das Sagradas Escrituras, que servirá de aio na nossa reflexão. Acrescenta ainda que a menção abaixo citada foi unicamente feita no intuito de ser considerada uma fonte geradora de dados/informação, ou seja, é desprendido de qualquer dogma e preconceito religioso. Outro sim, na menção é retirada apenas o conceito filosófico aplicando-o ao tema em análise.

“Toda escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” – Iª Timóteo 3-16,17.

Refazendo o texto:

“Toda a biblioteca é criada e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir, para que o cidadão/usuário seja perfeito e perfeitamente habilitado para contribuir positivamente na construção da sociedade nos seus variados aspetos”.

A eliminação substancial do pré-conceitos, do racismo, da discriminação, toda e qualquer tipo de violência; A construção de grandes e modernas infraestruturas, o avanço da tecnologia e consequentemente da medicina, a reforma do sistema de educação, ensino e comunicação social; o crescimento substancial da investigação e extensão. Todos estes possuem um elemento em comum para a sua concretização: a INFORMAÇÃO transformada em CONHECIMENTO. O parecer do autor é que apenas um lugar possui esta aptidão para tornar isto possível: A Biblioteca.

Quando olhamos para história (com pretensão de não ser muito técnico) concretamente a fase de transição da Idade Média ao período do Iluminismo, percebemos logo que a mesma só foi possível quando o conhecimento (o acesso as bibliotecas) foi retirado da pressão que estava cativa, tinham apenas acesso um grupo muito restrito e pequeno. Facto que fez o período da Idade média, a época que menos se produziu avanço para ciência e outros, concomitantemente o não avanço para a construção da sociedade do conhecimento.

Em contrapartida, Os Estados/Governos perceberam que há uma relação implícita entre crescimento social, económico e tecnológico com a disponibilização fácil de informações/conhecimentos a todos os seus co-cidadãos, rapidamente vislumbraram as vantagens dessa ação.

Vejamos o que dizem os pesquisadores da área: Abdul Waheed Khan (subdiretor-geral da UNESCO para Comunicação e Informação), escreve: “A Sociedade da Informação é a pedra angular das sociedades do conhecimento.

O conceito de “sociedade da informação”, a meu ver, está relacionado à ideia da “inovação tecnológica”, enquanto o conceito de “sociedades do conhecimento” inclui uma dimensão de transformação social, cultural, económica, política e institucional, assim como uma perspetiva mais pluralista e de desenvolvimento. O conceito de “sociedades do conhecimento” é preferível ao da “sociedade da informação” já que expressa melhor a complexidade e o dinamismo das mudanças que estão ocorrendo. (...) o conhecimento em questão não só é importante para o crescimento económico, mas também para fortalecer e desenvolver todos os setores da sociedade”.

Por sua vez, a Declaração da Sociedade Civil estende sua visão sobre vários parágrafos, mas o essencial diz: “Nós nos comprometemos a constituir sociedades da informação e da comunicação centradas nas pessoas, abrangentes e equitativas. Sociedades nas quais todos possam criar, utilizar, compartilhar e disseminar livremente informação e conhecimento, assim como ter acesso a eles para que indivíduos, comunidades e povos sejam habilitados para melhorar sua qualidade de vida e colocar em prática todo seu potencial”. Depois, esta Declaração acrescenta os princípios de justiça social, política e económica, e da plena participação e habilitação dos povos; destaca os objetivos de desenvolvimento sustentável, democracia e igualdade de gênero; e evoca sociedades onde o desenvolvimento se enquadre nos direitos humanos fundamentais e esteja orientado para alcançar uma distribuição mais eqüitativa dos recursos.

Sendo mais interno, no nosso amado e belo país Angola, pretende-se com este resumo ter uma atitude futurista ou utópica (como o leitor bem preferir) em relação ao tema em estudo.

Imaginemos que:

1º - O acesso as bibliotecas, sejam públicas, particulares, comunitárias, especializadas, estejam ao alcance de todos – dos menos avantajados financeiramente aos mais avantajados. Como faríamos isso? Simples: criar condições para que TODOS os estabelecimentos de educação e Ensino tenham bibliotecas – desde aos de ensino primário (sobretudo estás) até de Ensino Superior.

Criar condições e o aumento substantivo de bibliotecas Municipais, comunais e Distritais. Ao parecer do autor, o grande pecado das administração públicas é de não incluírem no mínimo uma (1) biblioteca a cada distrito. E mais, os administradores municipais/distritais devem entrar em comunicação com os cidadãos para a realização e concretização de criação de bibliotecas comunitárias. Os responsáveis administrativos devem fazer tudo o que poderem ( e mais alguma coisa) para fazer chegar o conhecimento/informação ao cidadão, por meio de instituição – As Bibliotecas.

2º - Qualidade das mesmas: neste item, dois aspetos são imprescindível. A infraestrutura e o profissional, ambos devem estar qualificados. É com grande tristeza que o autor expressa a sua insatisfação, quando visita uma biblioteca ( para isso, tem de percorrer muitos quilómetros) e se depara que estes dois itens são desvalorizado por aquele que é responsável pela sua manutenção. Infraestruturas que não proporcione ao utente vontade e tranquilidade suficiente para realizar aquele que foi o motivo que o fez deslocar até as instalações. E o que dizer de muitos profissionais que lá encontrou? Muitos deles deixam a desejar, não só pela não capacitação técnico-profissional, mas também pela ausência da qualificação de referencista.

3º - O Marketing: O conceito e a ação do marketing evoluíram ao longo do tempo. Antes centrada no produto, agora no consumidor.

O autor crê que este elemento está anos luz de distância daquelas que são as ações das poucas bibliotecas existentes em Angola. Parece que este elemento não faz parte de suas atribuições, é como se unicamente objetivam em abrir e esperar que os usuários apareçam. “Não compreendem a nova dinâmica organizacional – marketing orientado para o usúario”.


Em jeito de experiência, o autor enfatiza que mesmo ter nascido e crescido no município do Cazenga, só chegou de conhecer (ouvir falar que existe uma biblioteca municipal) quando este terminava o seu ensino médio. E mais tarde a Biblioteca Nacional, já cursando o ensino superior (isto motivado pela realização de trabalho académico de campo na referida instituição). Talvez seja pela ignorância do autor, mas o facto é: As Bibliotecas precisam ser mais divulgadas. Precisa-se fazer campanhas de marketing das bibliotecas, sobretudo às públicas.

Portanto, se estes três itens - O acesso as bibliotecas, Qualidade das mesmas e O Marketing forem e bem sincronizados não vejo como as sociedades, e em particular à angolana, não evoluir para o próximo nível – A sociedade do conhecimento. Certamente que esta ação resolverá muitos problemas (por todos nós conhecidos) que assolam a nossa sociedade. As bibliotecas são os berços para a construção de sociedades (re)evolutivas; evolução essa, quando olhada às de outras realidades, é sem precedentes.

As bibliotecas objetivam em tornar o cidadão/usuário para que seja perfeito e perfeitamente habilitado para contribuir positivamente na construção da sociedade nos seus variados aspetos.

Reiterar, como noutros, que o presente resumo (artigo de opinião) não pretende esgotar o tema e nem poderia dada a amplitude do mesmo. Mas espera ter sido capaz de lançar ideias que auxiliem o estudo desse tema ou mesmo suscite o debate sobre a influência da Ciência da Informação e Biblioteconomia para a criação da sociedade do conhecimento.

Referências Bibiograficas


Biblia Sagrada (2009) – Trad. João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2013. Revista e Corrigida, 4 ed.. I Timóteo 3:16, 17

Abdul Waheed Khan apud Desafios de Palavras: Enfoques Multiculturais sobre as Sociedades da Informação. (2005). Coordenado por Alain Ambrosi, Valérie Peugeot e Daniel Pimienta.

Declaração da Sociedade Civil apud Desafios de Palavras: Enfoques Multiculturais sobre as Sociedades da Informação. (2005). Coordenado por Alain Ambrosi, Valérie Peugeot e Daniel Pimienta.

Contactos: 927719016

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