A importância do feedback
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A importância do feedback

Cada dia temos menos tempo para as pessoas. Nossa comunicação está mais abreviada, não temos tempo, ou nos acostumamos a não ter, para transmitir nossas ideias, nossos pensamentos de maneira calma, exercitando o verdadeiro sentido do diálogo.

Curioso que as queixas das pessoas são comuns, falta de comunicação, de diálogo, de transparência da informação, mas, penso, todos nós temos culpa neste processo. Parece que viramos elos de uma grande engrenagem, temos que ir sempre à frente, nem sempre sabendo onde chegar.

Ao abordarmos o processo de feedback é importante não nos limitarmos apenas ao processo formal nas organizações. Na família, com os amigos também é fundamental, uma vez que faz parte do processo de construção de laços de amizade e de confiança.

Embora muitas pessoas não deem o devido valor ao processo de feedback, ele é de extrema importância, e requer cuidado. O feedback mal dado e mal interpretado pode causar efeitos danosos.

As pessoas são diferentes, há aquelas cuja dominância cerebral está no lado esquerdo do cérebro, são mais controladoras e analíticas. Há outras cuja dominância está no lado direito, onde predomina a criatividade e as relações sociais. Essa diferença entre as pessoas com certeza é um excelente motivo para avaliarmos com bastante cuidado a forma de dar um feedback.

Vamos pensar um pouco: como será a receptividade a um feedback, dado a uma pessoa cuja dominância cerebral seja no lado esquerdo do cérebro, sem um dado concreto, apenas com informações abstratas, dado de maneira prolixa, sem qualquer objetividade?

Por outro lado, como será a receptividade a um feedback, dado a uma pessoa cuja dominância cerebral seja do lado direito do cérebro, apenas com cobrança de resultados, de produtividade, de alcance de metas?

Ou seja, encontrar a maneira e o momento para dar feedback é fundamental. Temos que estar na mesma sintonia que a pessoa para que a informação seja bem recebida.

Sabe uma situação, isso acontece muito com os filhos, onde os pais falam e orientam diversas vezes sobre o mesmo assunto e eles não obedecem e, de repente, do nada, alguém fala o mesmo e eles dão valor e obedecem? Ou até mesmo com os próprios pais, que falam o mesmo assunto, de forma diferente ou apenas em um momento diferente e eles acatam? Então, certamente foi a mudança na abordagem e o encontro de um momento ideal, onde a pessoa estava aberta à informação que causou este momento mágico, que até então estava sendo tão desgastante.

Mas para ser bem aceito, o feedback tem que ser verdadeiro, sincero e, acima de tudo, querer o crescimento e o desenvolvimento da outra pessoa. Tem que ser imparcial e, de preferência, em tempo real. Nada de deixar para depois para dar a devida condução aos assuntos.

Outro aspecto importante do feedback é que ele tem que ser específico, ou seja, tem que ir direto ao ponto, ao assunto que deve ser abordado. De nada adianta ficar fazendo rodeios e acabar se perdendo. Ao final é importante ter a certeza que o feedback foi compreendido. Também é importante traçar planos de ação para a solução dos problemas apresentados ou pactuar novas condutas para que o fato não volte a acontecer. E, claro, ficar de olho, monitorar se os compromissos firmados estão sendo cumpridos, caso contrário é hora de realizar um novo feedback.

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