A importância do lado humano em uma era cada vez mais digital
À medida que a tecnologia avança, tornam-se cada vez mais frequentes as discussões sobre os benefícios e as desvantagens de se viver em um mundo conectado
Vivemos em uma era conectada na qual a tecnologia consegue executar trabalhos de humanos - exemplo disso são os caixas de self checkout encontrados em alguns supermercados ou aplicativos que mudaram drasticamente a forma como realizávamos uma atividade simples. A maioria dos profissionais chega até mesmo a sentir medo dessas evoluções tecnológicas, quem nunca ouviu falar que profissões como médicos ou advogados podem deixar de existir se a Inteligência Artificial aprender o que fazem?
De acordo com um levantamento da MIT SSM, uma das faculdades do Massachusetts Institute of Technology, quase 90% dos gerentes e executivos acreditam que o avanço da tecnologia colocaria seus postos em risco. À medida que a tecnologia avança, tornam-se cada vez mais frequentes as discussões sobre os benefícios e as desvantagens de se viver em um mundo conectado.
Para evitar que um possível cenário negativo se torne realidade no mundo corporativo, é necessário aliar o desenvolvimento digital à força de trabalho manual. Uma das tarefas mais relevantes dos líderes de hoje é saber associar o desenvolvimento digital à força de trabalho humana e, mais do que isso, conseguir obter os melhores resultados desta equação. E quando falamos em resultados, um dos principais indicadores que devemos acompanhar, medir e atuar para melhorar é o engajamento dos funcionários.
Como? Ouvindo esses profissionais.
A natureza do trabalho está mudando e o profissional atual busca se adaptar a esta transformação da melhor maneira possível - buscando, em primeiro lugar, seu bem-estar.
Como consequência, as empresas também precisam se adaptar a esse novo panorama - ou acabarão ficando para trás. Essa renovação permite que os funcionários tenham mais flexibilidade no trabalho, podendo trabalhar de onde quer que estejam - por meio de dispositivos móveis, da nuvem e softwares colaborativos para executar suas tarefas diárias e reuniões.
Dados de um levantamento recente da IWG, maior grupo de escritórios compartilhados do mundo, coletados em 80 países revelam que 83% dos executivos escolheriam um emprego com alguma flexibilidade a outro que não ofereça nenhuma iniciativa neste sentido.
Apesar da preferência da maioria dos entrevistados, no Brasil, 69% desses relatam que mudar uma cultura de trabalho não flexível representa um obstáculo. Mais da metade dos funcionários e líderes ouvidos consideram o fator “trabalho flexível” mais importante do que estar em uma grande empresa.
Além disso, quase um terço (32%) avalia que escolher o local de trabalho é mais relevante do que ter um cargo de prestígio. Ou seja, o foco é usar a tecnologia para valorizar os talentos de sua empresa. Nunca fez tanto sentido dar atenção para aquele call (telefonema) mesmo quando está trabalhando remoto.
A partir daí, surge outra palavra-chave, essencial para o fortalecimento do senso de pertencimento em uma corporação: proximidade. De acordo com a mesma pesquisa, no Brasil, 76% dos executivos alegaram usar medidas de flexibilidade para reduzir o deslocamento dos colaboradores, mas não é apenas a questão física que pode ser usado como diferencial.
Aqui o grande desafio é evitar que a flexibilidade crie distanciamento entre as pessoas. A convivência do gestor com o funcionário e, até mesmo do funcionário com outros é fundamental.
Isso possibilita maior reconhecimento das conquistas, melhor compreensão das dificuldades de cada um e facilita na busca por soluções com mais empatia e compreensão.
Por isso, é importante garantir que, ainda que tenhamos toda essa tecnologia disponível, a equipe se encontre e interaja pessoalmente. Com toda infraestrutura tecnológica e segura para a operação de uma empresa, os ambientes flexíveis de trabalho são pensados de modo a imprimir mais dinamismo nas relações humanas e a incentivar o networking e a troca de experiencias, evitando assim o isolamento típico de profissionais que fazem home office, por exemplo.
De acordo com 80% dos respondentes da pesquisa realizada pela IWG, a adoção de um espaço de trabalho flexível reflete no aumento da produtividade e na melhora no desempenho dos negócios. Essa proximidade interpessoal, e até mesmo física, faz com que problemas sejam evitados e permite com que os funcionários troquem conhecimentos entre si, trazendo ganhos para toda a equipe.
Agora pare para pensar e responder as perguntas abaixo:
- Concordam com os entrevistados?
- Quais os tipos de trabalho flexível que seriam diferenciais em uma oferta de emprego para vocês?
- Alguma vez se depararam com uma oportunidade onde o trabalho flexível deixou com que decidissem sobre a posição?
- Existe alguma atividade da sua empresa que é melhor executada quando há interação face-a-face entre colaboradores?
- A tecnologia que vocês usam permite que possam trabalhar de maneira remota sem prejudicar a qualidade do trabalho?
- Quantos investiram em estrutura de home-office adequada para cada funcionário?
Pois bem, não existe certo ou errado quando o assunto é o futuro. Mas uma coisa podemos nos preparar. Cada vez mais, empresas que saibam valorizar o lado HUMANO da equação, vão tirar mais proveito da produtividade TECNOLÓGICA que está por vir,
Por Tiago Alves
CEO Brasil @ Regus & Spaces
Liderando a revolução nos espaços de trabalho no Brasil.
Siga no linkedin: www.linkedin.com/in/tiagolhes
Instagram: @tiagolhes
Facebook: www.facebook.com/tiagolhes
Análise de Dados | Melhoria Contínua | Power BI | Excel
4 aExcelente Tiago Alves
Crédito | Análise de crédito e liderança de equipe
4 aExcelente!! Parabéns pela reflexão.
Gerente | Wizard by Pearson
4 a👏👏👏
Presidente
4 aOs setores de comércio de bens, serviços e Turismo está em constante evolução, mas ainda será necessário haver o atendimento pessoal por muito tempo, claro que acompanhado da tecnologia em diversos momentos. Quem viver verá.
Supply Chain Manager
4 aPerfeito! Parabéns à Regus.