A importância e difícil decisão de implementar Governança Corporativa em Empresas Familiares
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A importância e difícil decisão de implementar Governança Corporativa em Empresas Familiares

Hoje, uma conversa com uma grande empresária, reconhecida no mundo da governança em empresas familiares, me motivou a escrever um pouco sobre o tema

Nos últimos anos, tenho me aproximado, por situações diversas, de empresas familiares. Este universo tem uma riqueza enorme de valores, cultura e de resultados também.

Em sua maioria, tenho visto empresas de sucesso. Algumas beirando um século de existência, outras mais novas, e cada uma delas, com um modelo de gestão único.

O que elas têm em comum? Estão em busca de garantir a perenidade da empresa, fundada por alguém da família, há 2 ou mais gerações anteriores, que cresceu, se profissionalizou, mas ainda muito comandada por membros da(s) família(s).

Empresas familiares desempenham um papel crucial na economia brasileira, gerando milhares de empregos e contribuindo para o desenvolvimento econômico. No entanto, abrir as portas para uma gestão de um profissional que preserve os princípios da governança corporativa é um desafio significativo. Manter traços culturais importantes enquanto se adota uma governança robusta é fundamental para o sucesso a longo prazo.

Boa parte delas está buscando implementar um modelo de gestão que garanta sua perenidade, seus valores e sua cultura.

A governança corporativa é especialmente relevante para empresas familiares que precisam pensar na sucessão e preparar-se para a continuidade do negócio. A interdependência entre família, negócio e propriedade cria complexos desafios, como conflitos geracionais e resistência em trazer pessoas externas para contribuir com a gestão. Empresas familiares que implementam uma governança estruturada podem superar esses desafios e assegurar a perenidade do negócio

Princípios da Governança Corporativa

A governança corporativa refere-se ao sistema pelo qual as empresas são dirigidas e controladas. Os quatro princípios fundamentais, conforme o IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa , são:

  1. Transparência (Disclosure): Disponibilizar informações relevantes e compreensíveis para as partes interessadas é essencial para criar um ambiente de confiança e credibilidade.
  2. Equidade (Fairness): Tratar todos os sócios e stakeholders de forma justa e igualitária, garantindo que todos tenham voz e que seus direitos sejam respeitados.
  3. Prestação de Contas (Accountability): Os gestores devem ser responsáveis e prestar contas de suas ações, promovendo uma cultura de ética e responsabilidade.
  4. Responsabilidade Corporativa: Considerar os impactos sociais e ambientais das decisões empresariais, assegurando que a empresa atua de forma sustentável e responsável.

Casos como o da Americanas demonstram como a falta de ética e transparência na governança podem levar a enormes prejuízos. Empresas que não adotam práticas de governança adequadas podem enfrentar crises de reputação e perdas financeiras significativas. A governança corporativa genuína previne esses problemas, proporcionando um alicerce sólido para a tomada de decisões estratégicas.

A implementação de conselhos pode facilitar essa transição. As empresas podem começar com um consultor que identifica a necessidade de mudanças. Gradualmente, um conselho consultivo é estruturado, demonstrando o valor de uma governança eficaz. Eventualmente, a empresa pode estabelecer um conselho de administração formal. Este processo deve ser cuidadosamente planejado e executado para garantir que a transição seja suave e benéfica para a empresa.

  1. Avaliação da Necessidade: Identificar os benefícios específicos que um conselho pode trazer para a empresa. Melhor começar devagar!
  2. Escolha dos Membros: Selecionar conselheiros é uma etapa importante. As competências devem ser complementares e o perfil, alinhado ao momento da empresa, suas necessidades e à cultura da empresa.
  3. Definição de Regras e Normas: Estabelecer responsabilidades, frequência de reuniões e critérios de avaliação dos conselheiros.
  4. Capacitação Contínua: Manter os conselheiros atualizados sobre as melhores práticas de governança e tendências do mercado.

O tema da governança em empresas familiares me desperta grande interesse. A cada novo projeto, onde tenho explorado temas que passam pela conexão entre estratégia e cultura organizacional necessária para alcançar resultados, vejo mais forte minha paixão por esse assunto.

Estudar e participar da transição para uma governança estruturada em empresas familiares é uma motivação constante, dado o desafio e a importância de garantir a perenidade e o sucesso dessas organizações.

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