A impulsividade me fez empreender!
Esses dias me questionaram se eu sempre tive o sonho de ser ‘dona do meu negócio’ ou quando foi que decidi que optaria por ser empreendedora. Respondi que empreendedorismo é um estado de espírito, comportamento antes de tudo. Assunto para um outro artigo.
Mas é claro que levei esses questionamentos para os meus momentos de reflexões internas. Afinal, qual foi o meu marco zero, o Day1 ou start? Que dor eu observei no mercado e encontrei uma solução? Aquele momento de Eureka! (ou Eureca!, Heurekeca!, Heureca!).
Hoje, com quatro anos de empresa, quase dez de formação superior e duas pós-graduações (e outros tantos cursos), consigo reconhecer que empreender foi consequência de um processo de autodescoberta, que batizo de impulsividade. Talvez a aproximação da tão falada maturidade dos trinta anos está contribuindo para esta reflexão.
Sabemos que atitudes impulsivas não combinam com negócios. Na verdade, nestas listas de ‘x dicas para ser um empreendedor de sucesso’, a impulsividade está lá como vilã, como motivo de fracasso dos negócios. E, por muitos momentos, apontei como o ponto de culpa pelo cenário que estava inserida.
Mas, neste momento, convido que você construa um novo significado para a palavra impulsividade. Esquece a definição do dicionário ou que encontra no Google.
Aos 24 anos, tendo três anos de graduação em jornalismo e há cinco anos atuando em um veículo de comunicação respeitado em São José do Rio Preto, eu decidi que queria mais. Após voltar de uma viagem que fiz sozinha para Lima (Peru), eu tinha certeza de que podia ir além. Que o protagonismo estava em minhas mãos.
Com salário de quase R$ 3 mil reais e ocupando a cadeira no caderno que queria, eu decidi colocar o meu cargo à disposição. Lembro-me que meu editor chefe chegou a dizer que meu comportamento era comum da minha geração. Eu era uma das pessoas mais novas de toda a redação. Lembro-me que disse ao meu editor a seguinte frase: “sua filha (que tem a mesma idade) está se formando em x área agora. Você quer que ela fique eternamente no lugar onde ela entrou como estagiária ou espera que ela busque novos voos?”.
Acho que deu para perceber que exalava impulsividade. O lado ‘negativo’ da palavra, com base nos dicionários (de agir sem pensar, de não calcular os riscos), mas também o lado ‘positivo’ da palavra (grandeza da física). Eu me lancei com força para algum lugar e o resultado dessa ação chama-se Gaster.
O universo do empreendedorismo era totalmente distante do meu domínio de assuntos. Reconheço que fiz tudo ao contrário das boas práticas para a estruturação de um negócio. MVP? Plano de Negócio? Validação? Imagina. Só fui. E aqui destaco que a minha impulsividade do momento reflete na velocidade dos passos de conquistas. Se eu tivesse começado da maneira recomendada pelos especialistas, os desafios poderiam ser outros.
Com quatro anos de empresa, tenho total sinceridade em dizer que a Gaster é um projeto que nasceu de um ato impulsivo, mas que se firma e ganha mercado por ser composta por pessoas empreendedoras.
Pode ser que em outras empresas eu também alcançasse o meu protagonismo profissional. Ao longo desta jornada, eu conheci líderes, pessoas e empresas que me fizeram pensar: eu queria trabalhar para essas pessoas. Hoje o meu pensamento é: eu vou atuar com essa pessoa, por meio das soluções que a Gaster oferece. Afinal, o impulso ainda permanece por aqui.
Gerente Comercial
5 m👏👏👏