A incompetência pode não ser nossa em uma demissão.

A incompetência pode não ser nossa em uma demissão.

É muitas vezes uma batalha mental, fadigante de um profissional, depois de ser demitido de uma empresa, quantas coisas pairam sobre sua cabeça, que fiz eu ? Onde eu errei ? Estava fazendo meu melhor ! E assim a angustiante batalha mental se faz na mente de todo profissional que um dia passa ou vai passar por isto, que muitas vezes não esperamos que aconteça com a gente e muitas vezes da maneira estranha que acontece.

É vital que não deixemos o massacre de pensamentos do "porque" , nos torture, desanime e traga todas as nuvens de insegurança para nosso presente onde se permitirmos se espalhará para nosso futuro, em uma relação entre pessoas, entre empresa e pessoas, existem tantas coisas que temos antes de uma demissão, o orçamento, queda de faturamento, alguém não gosta da gente, um chefe novo que quer mostrar eficiência limpado toda a base de colaboradores da empresa, usando o refrão da " Renovação" e não percebendo que o problema é inovação, a venda ou fusão da empresa, e por fim nossa conduta ou técnica que realmente não estão em de acordo com se espera.

Temos todas estas vertentes de causas, infelizmente algumas empresas e seus gestores, contribuem com nosso martírio mental, por falta de clareza, experiência, competência de dar e ter pessoas qualificadas para dar o feedback sobre o que realmente ouve como fator principal de uma demissão, com desculpas tão óbvias e vãs que nem eles que dão o feedback acreditam, fazendo assim ao invés de levar o profissional a uma verdadeira reflexão de sua culpa ou não, fazem com que saímos do feedback, com sentimentos diversos que não nos fazem nenhum bem, nos travando e privando do real proposito de se dar um retorno a altura da situação e com a devida dignidade e respeito que todos os profissionais merecem ter, independente de 3 meses de trabalho ou 30 anos, precisamos dar uma oportunidade de se entender o que aconteceu para não traumatizar nem ajudar a corrigir o que deu errado.

A parte mais fácil e ao mesmo tempo mais errado é o feedback omisso, que não é tangível, parece que estamos desligando um aparelho velho da tomada, pomos na caixa e mandamos tirar da mesa para colocar um novo, nunca teremos profissionais competentes no mercado se nunca damos uma feedback a altura de cada situação durante sua carreira, inclusive durante o processo de demissão, temos que mudar a visão, mesmo em uma demissão podemos ensinar, auxiliar, colaborar, agregar e ser leal aquele que como nós que temos que muitas vezes estar neste processo indigesto de demitir alguém é termos Empatia, muito mais que se por no lugar do outro e sentir o que o outro sente, e ser um instrumento de alento e instrução e não só de corte, e de desmontagem, ser honesto com a situação, se for por medidas administrativas agradecer, elogiar e apontar qualidades que o profissional tem para que ele vislumbre não só a demissão mas o futuro que pode ter adiante, não saia com mais peso do que o necessário, se for por competência técnicas ajude identificar quais e como consegui-las , se for por falta de habilidades comportamentais ajude a esclarecer e também identificar os comportamentos que devem ser banidos e os que tem que ser adquiridos.

Não podemos muitas vezes deixar sem estes esclarecimentos os profissionais que passam por esta situação, pois não ajudamos nossa empresa com esta atitude no mercado, não ajudamos o mercado a ter profissionais conscientes e prontos a recomeçar de forma certa, e o pior de tudo neste processo não adoecemos o desejo de se dedicar, vestir a camisa, ser participante de projetos, processos que deem significado a eles e resultados as empresas.

As demissões não podem ser um fardo colocado a mais nos ombros dos profissionais, com sem as competências necessárias podemos evitar que isto se tornem um tormento, doenças, para profissionais e suas famílias, aqui não estou pregando paternalismo, mas sim processos conscientes onde todos saiam aliviados, por verem a justiça, e se tornem pessoas e profissionais melhores, este processo tem que ser sempre de orientação a um recomeço, não um fim atirando a vida profissional a um retrocesso ou estagnação.

Precisamos realmente levar muito a sério que uma demissão pode ser um aprendizado, uma nova maneira de ser ver o mundo profissional, a carreira, estudos, a busca de novos comportamentos, de se ter a inovação, enfim de ser o menos doloroso, e mais humano possível, e nós todos independente de cargo, grau de estudo secular que temos, experiência de vida, tempo de carreira, estamos sujeitos a errar, e o pior que neste erro podemos ser parte da incompetência que demitiu alguém que era competente ou que fizemos alguém desistir, não progredir ou pensar a quem do seu verdadeiro potencial.

Então resta a nós profissionais que podemos passar por este processo doloroso da demissão, é ter o autoconhecimento de quem nós somos, do que fizemos e podemos fazer, não comprar toda a culpa deste processo pois não somos perfeitos, mas também não somos incapazes, lições devem ser tiradas, coisas boas mantidas, coisas ruins deletadas e substituídas por excelentes, nem tudo numa demissão é culpa nossa, temos que pagar o preço da nossa culpa, exatamente só isto, não podemos ter juros impostos por erros alheios, não pagar por uma má gestão, um chefe despreparado, falta da inovação, e tudo mais que não tira nossas competências, mas sim atrapalham nossas condições de mostrar quem realmente somos, pois onde a um limite imposto para se inovar, criar e mostrar o que sabemos, não pode medir o quanto profissionais nós somos.


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