A infância também nos remete ao atendimento ao Cliente....
Era época onde as compras eram realizadas em mercearias, grande parte eram de pessoas familiares (os proprietários), assim como a padaria, quitanda, o açougue as farmacias não estavam no mesmo ambiente, o que fazia com que atravessássemos as calçadas, as avenidas, para a realização das compras.
Mais eu me recordo que naquela época eles fidelizavam seus clientes, chamando-os de Sr. Sra, as vezes até pelo nome, mas sempre com o Sr. e Sra. a frente do nome, de tantas idas e vindas que os consumidores iam e voltavam para a realização de suas compras nos mesmos estabelecimentos, muitos deles acabavam fixando o nome do cliente.
E o que mais era admirado, era ouvir aquele dono ou dona do estabelecimento o bom dia, boa tarde, boa noite, como vai o senhor?, a senhora?, olha manda um abraço para a sua sogra, e o seu filho como está?, a sua filha? e a senhora sua mãe ja se restabeleceu da doença? volte sempre, até amanhã e eram assim sempre todas as despedidas.
Os estabelecimentos eram pequenos e muitos deles vendiam com anotações pela caderneta ou caderno de broxuras, e escreviam a mão, e os pagamentos eram por semana, quinzena ou final do mês.
Sr. José nos lembrava sempre acabou de chegar os produtos, eles estão fresquinhos para serem consumidos.
Sr. Joaquim (da quitanda) comentando, eu me lembro que a sua senhora, gosta muito daquelas batatas graudas, da abobora, e olha o chuchu esta bem verdinho.
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A atenção eram nos dada a todo o momento, e quando determinado produto não tinha nas prateleiras, eles anotavam e da proxima vez, lá estava o que procuravamos e eles os proprietários dos estabelecimentos davam um jeito de nos despertar o mesmo interesse de quando não haviamos encontrado o produto nos lembrando para a compra.
Essa época, a moeda não era o real, e sim o cruzeiro, as pessoas não tinham cursos de universidade, muitos nem segundo grau tinham, mas havia algo diferente neles, o respeito ao se dirigir as pessoas, o cuidado, o zêlo e o carinho para com todos que ali adentravam.
Eles nos fidelizavam pela simplicidade, objetividade e o cuidado para não perder a freguezia.
Não nos perguntavam sobre o nosso CPF, apenas anotava o nome e o endereço de onde moravamos.
Tempos bons como estes jamais irá retornar.
Sou Ailton Moraes, escrevendo para os meus leitores.
Sênior em DHO- Digital - Serviços de Outplacement, subsistemas de Recursos Humanos; voltado ao Agronegócio, Industria e empresas prestadoras de serviços voltado para a pessoa Física e Jurídica.
4 mOs anos se passaram e muitas coisas evoluiram, assim como muita coisa se perdeu. Hoje adentramos as lojas para as compras, são poucos os estabelecimentos que se importam com o que estamos fazendo lá. Há pessoas que pensam que largando seus clientes a solta dentro das lojas, isso irá deixa-los a vontade. Mas acredito que pessoas ainda buscam serem respeitadas e acabam dando a preferência em uns lugares do que outros. O salões dos estabelecimentos aumentaram, o açougue, a padaria, o hortifruti, a farmacia, foram todos incorporados no mesmo ambiente, porém os atendentes se quer dão um bom dia, um sorriso e estão ali por satisfação. A gente percebe que a grande maioria está por obrigação em cumprir apenas suas tarefas e atividades. 😉