Inflação Americana X Inflção Brasileira e o impacto no empreendedorismo Brasileiro

Podemos observar no gráfico 01, o ponto mais alto da inflação ocorreu em agosto de 2023, sugerindo que, a partir desse momento, o FED teria decisões mais drásticas para controlar a inflação. Uma das principais ferramentas utilizadas pelo FED para controlar a inflação foi o aumento da taxa de juros que atualmente está entre 5% e 5.25%. Essa medida torna o crédito mais caro, reduzindo a demanda e, consequentemente, a pressão sobre os preços. A partir de Março de 2024 a inflação americana tem apresentado uma consistente redução mês a mês, indicando que as medidas tomadas para conter o aumento de preços estão surtindo efeito. Como podemos observar no gráfico 02, o mercado norte americano já está precificando um corte no juros devido aos sinais que a econômia têm demonstrado.

A crise sanitária global, provocou uma profunda recessão econômica, levando os bancos centrais de diversos países a adotarem políticas monetárias extremamente expansionistas. A redução drástica das taxas de juros e a implementação de programas de compra de ativos visavam estimular a economia e evitar uma crise financeira mais profunda.

Com a gradual recuperação econômica e o surgimento de pressões inflacionárias, o Comitê de Política Monetária (Copom), iniciou um processo de normalização da política monetária, que incluiu o aumento gradual das taxas de juros. Os patamares da inflação estão abaixo de 0,50%, no acumulado 4,50% e no ano 2,87%.

A estimativa para as próximas reuniões até o momento é de um aumento de 0,25% b.p como podemos ver no gráfico 04. Por que o Brasil quer aumentar o juros enquanto paises desenvolvidos estão seguindo o caminho inverso?

Existem algumas respostas para essa pergunta, reter capital estrangeiro dentro do país com a compra de títulos públicos, manter a meta da inflação anual, etc.