Iniciativas e Conquistas - Atingindo os objetivos

Muitas empresas cobram iniciativas de seus funcionários, porém, muitas vezes as acabativas não ocorrem. O prazer de terminar um trabalho, alcançar um objetivo ou uma meta é o término de um ciclo que acompanha satisfação e motivação para seguirmos em frente. 

A partir do momento em que um objetivo ou meta são definidos,  possuímos ao longo de um determinado tempo algumas ferramentas para nos auxiliar em nosso trabalho. Diversos fatores que podem ser controlados ou não irão possivelmente interferir no planejamento daquela tarefa.

São raros os casos em que planejamento e execução conseguem caminhar juntos, porém é preciso termos a capacidade de nos reinventarmos, nos adaptarmos e buscarmos novas alternativas para se alcançar nosso objetivo; o brasileiro se destaca neste aspecto, uma vez que o cenário geral no qual trabalhamos modifica-se constantemente. 

Em uma meta macro podemos (e devemos) fraciona-las em pequenas metas ou objetivos; ao terminar cada um deles a motivação aumenta ou a frustração será menor e o tempo para repensar e criar novas alternativas é suficiente para chegarmos ao fim. Assim sendo, gostaria de relacionar a história de uma viagem de bicicleta, realizada em Agosto de 2015 com mais dois amigos, Caio e Karl, com o assunto abordado.

 O "Caminho da Fé" é a viagem 

a que me refiro, inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. No site do Caminho da Fé (caminhodafe.com.br) é possível obter mais informações a seu respeito.

Tínhamos como ponto de partida a cidade de Tambaú - SP e de chegada a cidade de Aparecida do Norte - SP. Nosso tempo programado para esta viagem era de 7 dias e o trajeto é um tanto desafiador: são 497 Km no total, sendo 300 deles inseridos na Serra da Mantiqueira. O perfil altimétrico do trajeto (imagem acima) demonstrava tal dificuldade e o nosso preparo físico também não nos ajudava muito, mas fomos mesmo assim. Estávamos determinados a atingir nosso objetivo.

As ferramentas nós possuíamos: bicicleta, alforje, capacete, compartimentos para água e alimentos rápidos (tipo barras de cereais), câmeras fotográficas para registro da viagem etc. Ao longo dos dias e do trajeto enfrentamos muitos desafios, como: dores musculares (e são muitas), o clima (calor, chuva, neblina), tipo de terreno (aclives e declives acentuados, poeira, pedras afiadas, pedras soltas, barro). Todos os dias definíamos a etapa a ser cumprida; quando concluíamos era pura felicidade, mas quando não, conversávamos e decidíamos, sempre em conjunto, mudar a estratégia.

No universo corporativo, precisamos do companheirismo tanto para nos motivarmos e mostrarmos que somos capazes de continuar no ritmo quanto para nos auxiliarmos em uma exaustão física e/ou mental, simplesmente caminhando a seu lado. Conhecer seus fornecedores (pontos de apoio no trajeto) e poder contar com eles, irá o ajudar - e muito - no alcance de suas metas diárias, seja com uma hospedagem hospitaleira ou com um simples copo de água gelada, são coisas que servirão de estímulo para seguir adiante.

A partir do momento em que você toma a iniciativa, almeje também a terminativa. O cansaço físico e mental, além dos desafios já citados o testarão ao limite e por muitas vezes  será tentado a desistir. Mas não o faça! Se preciso for, peça ajuda; conte com sua equipe e isso fará com que os sentimentos de companheirismo se fortaleçam. A cumplicidade da equipe é importante nos erros e acertos: assumir responsabilidades e extrair lições de um erro cometido, é algo a ser admirado.   

O grande técnico da seleção brasileira de vôlei, líder e motivador Bernardinho comenta em seu livro "Transformando suor em ouro" - quando atingimos o sucesso não podemos relaxar, temos que criar um novo desconforto para que o contrário não ocorra e continuemos na liderança. 

As recompensas virão e com elas a gratidão, o orgulho de um trabalho realizado, terminado.  

"Sonhe grande, pois ter sonhos grandes dão o mesmo trabalho dos sonhos pequenos"  Jorge Paulo Lemann