Inovação Organizacional: o perfil do Investidor
"Não gaste seu precioso tempo tentando convencer aqueles que simplesmente não precisam daquilo que você oferece." - Alan Pakes.
(Do Acervo dos nossos Conceituadores da Inovação Preferidos)
Qual é o papel de uma Ciência? Organizar o diálogo sobre determinado fenômeno, visando ajudar a compreendê-lo para que possamos lidar melhor com ele.
Temos algumas camadas nas quais ocorrem as reflexões e as atividades científicas:
A Inovação é um fenômeno humano que está vivendo um raro, mas recorrente, momento de expansão.
Estamos passando, com a chegada e expansão da Revolução Civilizacional 2.0, um aumento exponencial da Inovação.
E, por causa disso, o tema inovação passou a ser cada vez mais citado, procurado e trabalhado pelo Sapiens.
Porém:
Temos hoje uma baixíssima qualidade no diálogo sobre Inovação na sociedade.
Fala-se muito sobre inovação, mas de uma forma pouco estruturada.
A Bimodais tomou para si, como desdobramento do seu processo do desenvolvimento da sua Narrativa Conceitual Progressiva, o desafio de organizar o Diálogo Progressivo sobre Inovação.
Nessa jornada, o primeiro passo é compreender, do ponto de vista Fenomenológico, de que não podemos falar em Inovação de forma genérica.
A Inovação ocorre em camadas específicas de atividades, que precisam ser separadas para que possamos entendê-las de forma particular e a relação que existe entre elas.
Nessa direção, conseguimos perceber três grandes Camadas Inovadoras, são elas:
Dentro das Camadas Inovadoras, encontramos sempre três Perfis Inovadores:
Quando abordamos o tema da Inovação Organizacional, de forma específica, podemos definir três Subperfis dos Operadores.
O artigo tem foco no detalhamento dos Investidores, que fazem parte de um Subperfil Operacional da Inovação Organizacional.
Temos, na Inovação Organizacional, dois tipos de Investidores na Inovação:
Se alguém investe em um novo Hortifrúti é um Investidor de uma Organização Emergente Incrementadora.
Se aposta numa empresa de Inteligência Artificial para diagnósticos médicos é um Investidor de uma Organização Emergente Disruptora.
Baseado numa conversa que tive com Gustavo Carriconde, CEO do Resumocast e da Gutemberg (fundo de investimento em startups) que tem estudado profundamente este assunto, podemos começar a organizar aqui o perfil dos Investidores em Organizações Emergentes Disruptoras.
Fiz para o Gustavo a seguinte pergunta:
Quais são os problemas mais comuns dos Investidores em Organizações Emergentes Disruptoras, que, em geral, é feita através de Fundos de Investimento?
Ele respondeu e eu sintetizei aqui:
Podemos dizer que um Investidor em Organizações Emergentes Disruptoras tem algumas características:
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A base para toda e qualquer Inovação, seja ela qual for, se baseia em algum momento numa aposta de futuro.
E aí podemos criar alguns padrões no campo dos Investimentos em Organizações Emergentes Disruptoras:
A nossa aposta é que na sociedade temos Três Mentalidades Inovadoras:
Em resumo:
O perfil para o investimento de alto risco se concentra naquelas pessoas que têm Mentalidades Disruptora ou Mega Disruptora.
A grande missão dos Fundos de Investimento de Alto Risco, é conseguir achar no mercado pessoas que tem um perfil deste tipo.
São os investidores com Mentalidade Disruptora ou Mega Disruptora os primeiro que vão se aproximar de investimentos de alto risco.
São o que podemos chamar de Começadores, talvez a melhor tradução para o que inglês se chama early adopters.
Depois, com a consolidação dos projetos e o investimento de mais risco se tornando mais e mais algo mais natural outros perfis vão se aproximando.
O que nos leva para a segunda questão que fiz para o Gustavo.
Como superar os desafios de superar os medos do investimento em Organizações Emergentes Disruptoras?
Gustavo respondeu e faço a síntese:
Por fim, perguntei ao Gustavo:
Se alguém pensa em montar um fundo de investimento Organizações Emergentes Disruptoras, quais seriam as dicas?
Ele respondeu:
Complementaria que é fundamental para os Fundos de Investimento em Organizações Emergentes Disruptoras ter Teorias Fortes sobre o futuro.
Note que quando falamos de algo disruptivo, basicamente, estamos falando de algo fora do padrão.
Algo que não está dentro dos Paradigmas vigentes. Entendendo Paradigma como a forma de sentir, pensar e agir das pessoas.
Um projeto inovador de alto risco é, nada mais, nada menos, uma aposta num novo paradigma.
As pessoas sentem, pensam e agem da seguinte maneira e está se propondo uma nova forma que pode ser melhor do que a atual.
Basicamente, é isso que é um processo de inovação.
Quando se fala de uma forma MUITO diferente na forma como sentimos, agimos e pensamos temos aí uma disrupção.
Temos na ciência um enorme diálogo sobre novos e velhos paradigmas que deveria ser muito mais utilizada pelo mundo dos investidores.
A base para que projetos inovadores disruptivos tenham menos riscos é a passagem da visão Percepcionista para a Padronista.
Quando se aposta que algo muito diferente terá a aceitação das pessoas, é preciso se identifique os padrões.
É isso, que dizes?
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