Inovar ou não inovar: quando vale a pena para sua empresa?
Em 1985, a Coca-Cola tentou mudar a fórmula da Coca-Cola e lançar a "New Coke". A empresa tomou a decisão de reformular a bebida após anos de queda de participação de mercado para sua principal concorrente, a Pepsi. A nova fórmula foi testada extensivamente e recebeu feedback positivo de testes de sabor. No entanto, quando o novo produto foi lançado, enfrentou uma forte reação dos consumidores fiéis ao sabor original. Isso levou a uma enorme crise de relações públicas e a empresa acabou reintroduzindo a fórmula original como "Coca-Cola Classic" alguns meses depois.
Em 2016, a barra de chocolate suíça Toblerone mudou sua forma icônica e reduziu o peso de suas barras vendidas no Reino Unido, citando o aumento dos custos dos ingredientes. As folgas entre as seções triangulares da barra foram aumentadas, reduzindo o peso em cerca de 10%. A mudança gerou indignação entre os consumidores, que usaram as redes sociais para expressar sua decepção com o novo design e a redução no custo-benefício. A Toblerone respondeu à reação dizendo que a mudança era necessária para manter a qualidade e acessibilidade da marca, mas depois reverteu a decisão e restaurou o design original com um preço mais alto.
Inovação é uma palavra da moda nos negócios hoje em dia. Todo mundo parece estar inovando e tudo é chamado de ‘inovador’. Parece um hype de negócios, não é? Na minha opinião, inovação é fazer algo realmente novo. É difícil, como todos sabemos: de cada sete novos projetos de produtos/serviços, cerca de quatro entram em desenvolvimento, 1,5 são lançados e apenas um é bem-sucedido. Fazer algo realmente novo é um negócio altamente arriscado.
A inovação pode ser um fator crítico para o sucesso de muitas empresas. No entanto, existem algumas situações em que uma empresa pode optar por não inovar. Por exemplo:
· Recursos limitados: se uma empresa tiver recursos limitados, pode ser um desafio investir em projetos de inovação. Nesse caso, pode ser mais benéfico focar na otimização dos processos atuais e na melhoria da eficiência.
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· Indústria estável: algumas indústrias têm pouca mudança e são relativamente estáveis. Nesses casos, pode não haver uma necessidade significativa de inovação, pois a demanda por produtos ou serviços permanece consistente.
· Aversão à risco: a inovação geralmente envolve assumir riscos, e algumas empresas podem não se sentir confortáveis com a incerteza que acompanha novos empreendimentos. Essas empresas podem preferir seguir métodos comprovados e evitar correr riscos.
· Falta de experiência: se uma empresa não tiver a experiência ou os recursos necessários para desenvolver soluções inovadoras, pode ser um desafio criar algo novo que seja realmente inovador.
· Foco de curto prazo: empresas mais focadas em ganhos de curto prazo podem priorizar outras iniciativas em detrimento de projetos de inovação.
· Sobrecarga: a organização está trabalhando em plena capacidade para atender a enorme demanda atual.
· Desnecessário: quando não há nenhuma necessidade comercial real.
· Escalando: quando suas inovações mais recentes são muito bem-sucedidas e ainda precisam ser mais exploradas.
Embora possa haver situações em que a inovação não seja a principal prioridade, ainda é importante que as empresas permaneçam relevantes e se adaptem às mudanças em seu setor. A falta de inovação pode levar à estagnação e, eventualmente, ao declínio.
Especialista Experiencia do Cliente na TecBan | Gestao de Novos Negócios/Consultora autônoma em gestão de projetos
1 aMuito bom artigo Tiago Aguiar, acompanhar as mudanças do setor e da sociedade como um todo é realmente essencial. Não se atualizar ou não se adaptar pode der o caminho mais próximo do fim, por mais cômodo que pareça num primeiro momento.
Chief Comercial Officer (CCO) | International Business | Digital Business | Private Banking | Open Finance | Open Banking | BaaS | Banco do Brasil
1 aMuito bacana, meu amigo! Não é raro vermos que essa "onda" de inovar pra ser hype resulta em projetos de inovação sem foco e sem propósito... e que, justamente por isso, não geram nada relevante!
PAEBM, Gestão de Riscos e Emergência
1 aExcelente visão!!!!!