Integração das ações de atenção primária à saúde aos programas de saúde ocupacional
Hoje o foco não será "inovação na veia", mas utilizaremos um dos métodos do Design Sprints (DS), usado no Google para testar e aplicar novas ideias em apenas cinco dias.
O "como podemos"é uma das ferramentas do DS e visa imaginar como seria possível o desenho de uma solução. Para tanto, vamos ao processo de imaginação:
Como podemos aliar ações de atenção primária à saúde aos programas de saúde ocupacional, buscando aperfeiçoar a gestão de saúde populacional de uma empresa?
Um dos grandes desafios das organizações é a gestão de saúde populacional, sobretudo quando se verifica a necessidade de atrelar iniciativas importantes, quais sejam: Atenção Primária à saúde (APS) e Programa de Controle Médico e saúde ocupacional (PCMSO).
A Norma Regulamentadora (NR) n 7, recentemente revisada no ano de 2020 pelo governo federal e que trata do PCMSO, destaca alterações voltadas para redução de custos, a medida em que solicitações de exames se referirão ao posto ou função que o trabalhador ocupa, acarretando assim uma economicidade, sob o ponto de vista do uso racional de exames ocupacionais, ressaltando a necessidade da gestão em saúde corporativa.
Somado ao cenário acima, ressalta-se que o benefício “plano de saúde” hoje é um atrativo e ponto de retenção de talentos, mas seu custo tem assumido a segunda maior conta, ficando atrás apenas da folha de pagamento, o que reforça a necessidade de se fortalecer a APS e ações relativas à promoção da saúde e prevenção de doenças, sem perder de vista as iniciativas de recuperação e reabilitação.
A APS é a porta de entrada ao sistema de saúde e o local responsável pela organização do cuidado à saúde de indivíduos. Segundo prática do PCMSO, o papel de APS pode ser assumido pelo médico do trabalho e equipe multiprofissional, enquanto médico de referência. Modelos de APS em conjunto com PCMSO demonstram ganhos sob o ponto de vista financeiro e de resultados em termos de melhores desfechos para a saúde do trabalhador.
E é nessa perspectiva que vários players da saúde, inclusive startups e até mesmo operadoras de planos de saúde têm adotado este novo modelo, associando APS e saúde ocupacional, ambos sob a ótica de gestão de saúde populacional.
E como podemos atrelar tais iniciativas?
O primeiro passo é frisar que a atuação do médico do trabalho possa cada vez mais atuar como médico de APS, considerando o primeiro contato para fins de admissão, além disso acompanhar a saúde deste trabalhador de forma periódica, verificando as necessidades, realizando gestão da saúde e por fim encaminhando para especialistas, tomando como base as necessidades de saúde dos colaboradores.
Ademais, cumpre informar que investir em qualidade de vida e bem-estar dos trabalhadores demonstram aumento de produtividades em torno de 86% (Pesquisa Sodexo).
Acredito que como no setor da saúde suplementar, transformar os serviços de saúde em jornadas híbridas, possa servir de modelo para o âmbito da saúde ocupacional, inclusive podemos verificar este processo na APS Digital, onde há modelos de cuidado híbrido, utilizando a Tecnologia como meio e como solução escalável (Telemonitoramento de pacientes crônicos).
Em resumo, os gestores de saúde corporativa devem integrar a saúde assistencial, sob a ótica da APS em conjunto com ações de saúde ocupacional e bem-estar, focando na atenção integral à saúde do trabalhador.
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Referência:
NR 07 - Norma regulamentadora I Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Portaria SEPRT n.o 6.734, de 09 de março de 2020.
Autor do livro: “Modelo-RSVA\LCA^AIS: Remuneração Sistêmica por Valor Agregado nas Linhas de Cuidados Assistenciais compondo Ações Integrais de Saúde” (ISBN: 978-65-00-58745-6_784pg^dig)
3 a>Como subsídio, devo dizer que para isso, é preciso embarcar Métricas Sistêmicas-LCA/IS^AIS.RO de t0 a tN dadas pelas Suas Conformidades Técnicas("o que"\Procedimentos, "para quem"\Populações, "onde"\AmbAssistência e "como"\Protocolos) articuladas sinergicamente com Conformidades Operacionais(RH^Méd, RH^Enf, RH^MultipDir, RH^MultipIndir, DD, DI e Investimentos\CC=DR+RI), nas referências e contra referências dos mercado de fatores e de serviços. >>Sem esquecer que as: 1.Coformidades Técnico-Operacionais são derivadas dos processos dos protocolos das dinâmicas dos Diagnósticos^Condutas e\ou Tratamentos^Prognósticos - Ponto(saúde curativa) articulado com Função-Vida(saúde preventiva). 2.LCA/IS^AIS.RO correspondem as Linhas de Cuidados Assistenciais(médica, enfermagem, multip direta e multip indireta) por Instituição de Saúde(pública, filantrópica, privada e mista) compondo Ações Integrais de Saúde.
Coordenadora Comercial e/ou Credenciamento | Enfermeiro Auditor | Auditoria Contas Médicas | Auditoria OPME | Regulação
3 aTallita Araujo
Relações Institucionais | Relações Governamentais | Comunicação | Acesso ao Mercado | Gestão de Pessoas
4 aRenata Stéfanie Pasco França
Coordenadora de Promoção da Saúde do SESI/MG
4 aExcelente abordagem, Viviane. Parabéns