A INTEGRAÇÃO REGIONAL AFRICANA NA SADC: UM GIGANTE ADORMECIDO - PARTE IV

A INTEGRAÇÃO REGIONAL AFRICANA NA SADC: UM GIGANTE ADORMECIDO - PARTE IV

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As trocas comerciais na SADC não demonstram a intensificação desejável, o baixo nível de industrialização das economias reduz a complementaridade das trocas, constando-se que a convergência dentro da região é baixa.

Sobre o comércio intrarregional, a SADC é apontada como o terceiro maior valor mundial de trocas intrarregião, medido pelo rácio de exportações sobre o PIB, dos espaços de integração económica analisados, cujo nível de integração é liderado pela União Europeia (“UE”) e seguido pela ASEAN, o que indicia um nível de convergência relevante, tendo em consideração o nível de desenvolvimento da zona e o facto das trocas informais nestas regiões poderem representar o dobro das registadas, no entanto, os produtos petrolíferos assumem especial relevo nas trocas, estimando-se que possam representar 20 por cento do total das exportações intrarregião. Angola, apesar de apresentar um elevado índice de exportações dentro regionais tem um valor reduzido de importações. Este indicador é característico de uma economia protecionista ou de uma baixa complementaridade entre as necessidades dos países e a capacidade de exportação dos demais países da região da SADC.

No polo oposto, Botsuana, Namíbia e Zâmbia, apesar de apresentarem índices de importações regionais mais elevados que os demais países, têm valores de exportação reduzidos (quando comparando com as exportações). Este indicador é característico de economias menos protecionistas ou de um maior grau de complementaridade regional.

Os produtos transacionados intra-SADC assentam em matérias-primas, produtos petrolíferos, nos quais a região é abundante, produtos agroalimentares e em equipamento de transporte. Os produtos manufaturados têm ainda uma baixa representatividade, quando comparado com as regiões económicas mais desenvolvidas, o que representa uma oportunidade para os países que acelerem a sua industrialização.



A África do Sul, mantém vínculos comerciais com quase todos os países-membros da SADC e possui uma grande diversidade de produtos exportados, como o petróleo refinado (6 por cento), veículos de transporte de mercadorias (5 por cento), ao passo que Angola, mesmo tendo um peso substancial nas trocas intra-SADC (25 por cento), concentra-se apenas num produto – o petróleo (99 por cento do total das exportações de Angola para a SADC) com destino a África do Sul.


No comércio extrarregional, verifica-se que a SADC importa maioritariamente de países industrializados (China, países membros da EU, Japão e Índia). Os principais destinos das exportações dos países da SADC são a China, os EUA, a Índia e o Reino Unido, representando cerca de 54 por cento do total das exportações da SADC em 2012. As exportações da SADC cresceram, em média, 17 por cento por ano, desde 2009. Angola representa 85 por cento das exportações de combustíveis da SADC. As exportações dos EM da SADC são maioritariamente matérias-primas, com especial relevo para o petróleo e seus derivados, diamantes, minérios e cobre, denotando assim a elevada importância que as indústrias ligadas à extração mineira ou petrolífera têm nos países da região.

Os membros da SADC estabelecem, em simultâneo, laços com outros países, impedindo a integração regional. Por exemplo, Angola é o principal parceiro comercial de Portugal dentro da SADC, absorvendo 87 por cento das exportações portuguesas para este mercado. Moçambique e África do Sul, com 8 por cento e 3 por cento, respectivamente, são os seguintes. A África do Sul, com 54 por cento, é o país da SADC que mais importa produtos oriundos do Brasil, seguido de Angola (35 por cento) e Moçambique (4 por cento).

De constatar que o comércio interno e externo da SADC não enriquece nem alimente os africanos.

Ivan.negro.njinga@gmail.com

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Miguel Ndombele

Inspection Engineer at Oceaneeting Angola Limited

6 a

Obrigado por mais uma aula!!....Afinal temos quadros!!.....

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