Inteligência Artificial Para as Massas

Inteligência Artificial Para as Massas

Autor: Lucas Miranda Nascimento

O título deste artigo foi uma sugestão da Inteligência Artificial, mas como isso foi feito? A aparência da IA é muito semelhante a um mecanismo padrão de buscas, o que torna seu uso bastante intuitivo. Após o texto estar pronto, ele foi copiado para a área de entrada, que é uma caixa de texto através da qual interagimos com perguntas e comandos. A IA não é um "bicho de sete cabeças", e é isso que veremos aqui.

O sistema inteligente, ou IA em português, é frequentemente apresentado como uma revolução da era digital, precedida pela internet e pelos smartphones.

O que é Inteligência Artificial?

Trata-se de sistemas com a capacidade de raciocinar, aprender, reagir e se aperfeiçoar, simulando ao máximo a interação humana. A "front-end" (parte visual) é a tela de interação com os sistemas, sendo a parte mais amigável se comparada às tecnologias de algoritmos inteligentes que operam no "back-end" (os bastidores).

As plataformas mais utilizadas são o Google com o Gemini, o Copiloto (ou Copilot em inglês) da Microsoft, e a IA mais popular, o famoso ChatGPT. Vale ressaltar que os buscadores do Google e o Bing, da Microsoft, já utilizam a tecnologia dos sistemas inteligentes em suas pesquisas. Faça o teste!

Uso de IA e acesso

O uso das IAs não sobrecarrega o dispositivo de acesso. A necessidade de login é opcional; porém, se houver alguma limitação de recursos, o ideal é estar cadastrado. Mesmo com o cadastro, há uma limitação na quantidade de pesquisas diárias, e usos mais sofisticados, como a geração de imagens, são possíveis somente na versão paga das três plataformas. Existem versões gratuitas que oferecem funções semelhantes, e vale a pena pesquisar. Se você é um usuário sem grandes demandas, a versão gratuita atende muito bem, permitindo a criação de tabelas e a integração com Word, Excel e Drive.

É de se espantar a capacidade de uma máquina pensar, propor novas ideias, usar metáforas e analogias. A lista de possibilidades é extensa. Estamos acostumados a receber blocos de textos com links como resposta para qualquer pergunta feita na internet, clicando e sendo redirecionados para o site desejado para ler e entender a resposta. Porém, a IA faz isso de forma rápida, proporcionando um ganho de produtividade. Ela parece ter um posicionamento de autoridade, mas não é bem assim — continue a leitura.

O comando, a instrução, a solicitação ou o "prompt" funcionam como uma tarefa solicitada pelo usuário, um ponto de partida. Na verdade, tudo se passa em um ambiente muito similar aos mecanismos de buscas que usamos frequentemente.

Geração do título

Quando foi digitado o prompt para a geração do título deste artigo, a solicitação foi: “me sugira um título para o texto”. O texto foi copiado do notebook e colado na caixa de texto da área de entrada do sistema inteligente. As alternativas foram apresentadas considerando opções de acordo com diversos cenários. Aliás, a IA pode criar resultados considerando muitos contextos. Essa é uma propriedade da tecnologia inteligente. Tantos caminhos nos inspiram e aumentam nossa produtividade, ao invés de passarmos o dia inteiro pensando em um título.

A evolução da IA

O que antes parecia ser uma utopia, vislumbrada em filmes e narrativas futuristas, se apresenta pulsante no presente, embora não seja algo novo. As IAs se tornaram prioridade para as empresas de tecnologia, e há décadas as usamos, não no formato mais recente, mas no que chamamos de IA Preditiva. Nessa configuração, os sistemas recebem dados e criam padrões. Mas como isso acontece? Ao inserir as informações, o sistema trabalha com funcionalidades programadas e previstas. Exemplos disso são as máquinas de leitura de bilhetes no transporte público e as catracas das academias, que podem liberar o acesso ou não.

A IA Preditiva continuará a coexistir com a IA Generativa. A Inteligência Generativa é alimentada com quantidades gigantescas de dados para gerar “algo novo”, resultando em atualizações poderosas nos sistemas inteligentes já existentes, enquanto antecipa o nosso futuro.

Produtividade e precauções

É impossível falar de sistemas inteligentes sem mencionar sua grande promessa: a produtividade. Até o momento, as empresas asseguram que suas tecnologias não substituirão a inteligência humana; porém, é bom ficarmos atentos. A produtividade dessas ferramentas é impressionante, tanto que até nós, estudiosos, ficamos perdidos com tanto progresso em um curto espaço de tempo.

Para usar essa ferramenta de forma mais produtiva, a sugestão é separar um tempo para estudar, pois existem instruções básicas que otimizarão seu tempo e eficiência. Essas instruções são comuns a todas as IAs, e as mais usadas podem incluir: "liste", "compare", "faça", "explique", "traduza", entre outros prompts. Por exemplo: “faça um resumo deste texto” ou “compare os números de deficientes empregados nos últimos cinco anos e me forneça uma tabela”. Quanto melhor for a estrutura da sua pergunta, melhores serão os resultados. Mesmo sendo capazes de entender subjetividades, devemos ser claros e específicos. Vale ressaltar que a IA aprende conosco.

Back-end e modelos de linguagem

É interessante que, de maneira didática, você entenda o que estrutura o "back-end" da IA, seu interior. A ponte entre nós e a tecnologia é o Processamento de Linguagem Natural (PLN), que trabalha para que a inteligência nos entenda. A linguagem humana é única e cheia de nuances. Afinal, não há nada mais humano do que nossa comunicação, e o PLN está aqui para torná-la acessível ao máximo.

O aprendizado de máquina é uma maneira de ensinar a tecnologia a aprender sozinha, imitando, de certa forma, o nosso jeito de descobrir o mundo. Assim como nós — ou mais rápido, certamente —, ela está sempre aprendendo.

Já imaginou como uma máquina consegue conversar conosco de maneira tão natural? Parece ficção científica, mas tudo isso acontece graças aos Modelos de Linguagem. Pense neles como um "aluno aplicado" que passa o dia inteiro lendo bilhões de dados e estudando as regras e sutilezas de nossas vivências, muitas das quais já estão no digital. A ideia é que, depois de muito estudo, esse modelo consiga entender o que escrevemos ou falamos. Mais do que isso, ele também é capaz de responder com frases coerentes, como se estivesse participando de um diálogo.

Segurança dos dados

Um ponto de extrema atenção é com os dados compartilhados com a IA. Existe um consenso de que não devemos compartilhar dados sensíveis de empresas e organizações, como documentos, contas bancárias, planilhas e outros arquivos que contenham informações "delicadas" — dados corporativos e pessoais —, pois esses dados podem ser armazenados e compartilhados. A cautela é sempre bem-vinda.

 

Lucas Rodrigues dos Santos

Social Media | Redes Sociais | Tráfego Pago | Inteligência Artificial | Pessoa com deficiência ♿ PCD

1 m

Muito bom e didático!

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