Inteligência Artificial e proteção de dados
O avanço da tecnologia já está muito evidente e nos dias de hoje a utilização da inteligência artificial é mais presente do que algum dia já imaginávamos, elas estão presentes em diversos segmentos, seja em vendas, financeiro e até mesmo substituindo a mão de obra humana. Para inteligência artificial funcionar de maneira correta, conforme a necessidade da empresa ou pessoa, nela existe uma enorme base de dados automatizados, na qual irá usar para entregar um produto de qualidade e entendendo o perfil do consumidor final, por esse motivo que é de extrema importância as empresas utilizar os dados pessoais de seus clientes, mas, com o marco da digitalização, no ano de 2020, entra em vigor a Lei geral de Proteção de dados (LGPD), que tem como finalidade estabelecer regras para empresas e organizações, públicas ou privadas, sobre a coleta, uso, armazenamento e compartilhamento de dados.
Com a nova lei em vigência, vem os maiores desafios para a inteligência artificial, justamente por funcionar através de dados, todas as informações repassadas ou decisões tomadas vem por meio dos dados pessoais inseridos. Os algoritmos são beneficiados pela maior quantidade de dados possíveis, e é desejável mantê-los armazenados, já que os padrões históricos podem servir como base para melhores decisões das Ias e atrair mais leads para o produtor. E nesse momento entra a LGPD, porque é preciso limitar a coleta desses dados necessários para os objetivos declarados, reduzindo também o tempo de armazenamento deles, e declarando todas essas questões de forma transparente aos usuários, é fundamental que a Inteligência faça um filtro para os dados dispensáveis. Uma vez que os dados foram coletados, a empresa precisa ser capaz de alterar ou apagar os dados do usuário caso ele faça essa solicitação, e se de alguma forma acabar afetando a definição do perfil ou aspectos de sua personalidade, a empresa responsável pela decisão tomada é obrigada a informar o titular, portanto, para estar em conformidade com a LGPD, os dados usados em sistemas de inteligência artificial precisarão ser identificáveis e acessíveis a nível individual.
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No entanto, ao contrário do que pensamos a inteligência artificial pode contribuir muito com as empresas no cumprimento da LGPD. Pois em grandes empresas, geralmente se encontra uma enorme base de dados que deveriam ser automatizados e a inteligência poderia filtrar os dados que não são necessários. Se a ferramenta de inteligência artificial for usada de forma bem direcionada, a inteligência artificial garante a própria segurança digital, protegendo dados, prevenindo crimes cibernéticos e melhorando o desempenho empresarial em diversas instâncias. O que a LGPD prega realmente é a transparência e proteção dos dados e se a tecnologia for administrada corretamente conforme a lei, a empresa não estaria correndo riscos.
Levando em consideração que a Lei Geral de Proteção de dados (LGPD), foi extremamente influenciada pela GDPR – Regulamento Geral da União Europeia sobre Proteção de Dados, a regulamentação brasileira é muito insuficiente em relação as bases da UE, ainda temos alguns conceitos que faltam para lei ser completa, e principalmente que carecem em relação as novas tecnologias que estão surgindo. Pelo fato de a lei ser muito recente e a ferramenta de inteligência artificial mais ainda, alguns conceitos dentro da lei ainda são omissos em relação a essa nova tecnologia estar de acordo com o que nossa lei exige, isso não significa que impede os funcionamentos ou implementação das mesmas e nem que a lei não passará por futuras mudanças para abranger as necessidades. Contudo, ao seguir os princípios que a lei exige significa grandes avanços para se tornar completamente compatível com as tendências mundiais na garantia da privacidade e direito dos usuários.