Parte 2: Inteligência Artificial e Saúde: integração e ciência de dados
Thais Marca
Managing Director Accenture | Board Member | Corporate Governance | Digital Transformation
Em meu último artigo abordei sobre as evoluções proporcionadas pelas novas ferramentas tecnológicas em setores como o de Saúde, principalmente na área de Oncologia.
Acredito que essa é a melhor forma que a Medicina está encontrando para realizar testes, diagnósticos e procedimentos mais precisos, olhando para o paciente como deve ser: a partir de suas individualidades.
No Brasil já vemos um importante movimento de grandes e renomadas empresas na criação de centros de pesquisas genéticas que, por enquanto, só representa a fatia de 1% do mercado. Nos Estados Unidos, a área relacionada às pesquisas científicas genéticas é maior – 10%.
Os testes genômicos geram um forte conhecimento do paciente, possibilitando uma análise mais assertiva para os médicos clínicos, por exemplo. E isso trouxe um outro questionamento muito importante no setor, a respeito da Ética.
Segundo artigo publicado recentemente na Forbes, “O advento da IA nos cuidados de saúde servirá para ser uma revolução – uma verdadeira mudança de paradigma na investigação sobre cuidados de pacientes, reduzindo a complexidade do nosso sistema de saúde e aumentando a eficiência administrativa. No entanto, a rápida evolução das tecnologias de IA traz à tona dilemas éticos complexos”.
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O que temos que levar em consideração aqui é o tratamento de dados do paciente, ou seja, a privacidade de informações pessoais que foram extraídas nesse processo. Considerar isso é imperativo.
Além da confidencialidade de dados, os pacientes devem ser informados sobre como os seus dados serão utilizados em aplicações de IA, como também devem ser-lhes dada a opção de optar pela exclusão após seu uso.
Temos que manter uma supervisão humana das ferramentas de IA utilizadas nos cuidados de saúde e os profissionais de saúde devem avaliar criticamente as recomendações dadas pelas ferramentas para garantir que elas estejam alinhadas com a experiência clínica.
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