A inteligência artificial substituirá a inteligência humana?
Alguns "especialistas" dizem que no futuro, existirão máquinas inteligentes capazes de substituir as pessoas na maioria das atividades profissionais. Outros chegam a dizer que haverá desemprego em massa e que os seres humanos se tornarão obsoletos.
Embora pareça enredo de filmes de ficção científica, há quem leve isso muito a sério.
Mas será que a inteligência artificial terá esta capacidade?
Para responder esta pergunta, é preciso desmistificar o tema e entender, ainda que de forma básica, do que se trata a inteligência artificial.
O ser humano sempre buscou entender o que é a inteligência e isso se retrata em inúmeros estudos nas mais diversas áreas de conhecimento. O primeiro neurônio artificial, que é a principal base da inteligência artificial, foi idealizado por meio de modelos matemáticos por McCulloch e Pitts em 1943, bem antes da invenção dos computadores que conhecemos hoje.
Com o passar dos anos, muitos foram os avanços, principalmente quando foi possível utilizar estes modelos matemáticos por meio de programas de computador.
Mas o que muitos não sabem é que a principal função emulada pelos softwares de inteligência artificial é o reconhecimento de padrões.
Reconhecimento de padrões é uma das características marcantes da inteligência humana. É por meio dele que aprendemos a reconhecer imagens, escritas, sons, etc.
Então é possível ensinar um software a dirigir um carro, reconhecer um texto, falar, etc, mas isso tudo baseado no reconhecimento de padrões e tomadas de decisões automatizadas. Mas assim como o ser humano comete erros, os softwares de inteligência artificial também cometem. É por isso que vemos carros autômatos se acidentando, softwares de previsão de tempo falhando, etc.
A inteligência humana vai muito além do reconhecimento de padrões. Tomadas de decisões humanas não se baseiam apenas em padrões, existem componentes emocionais e racionais que não são possíveis de serem representadas nos limitados hardwares de computador.
Vários cientistas já chegaram a conclusão que a inteligência humana está tão ligada a base biológica que não será possível reproduzi-la em compostos artificiais.
Temos que lembrar que toda tecnologia, produto ou serviço são desenvolvidos pelo e para o ser humano, logo não há possibilidade de se retirar o ser humano desta equação.
A inteligência artificial é apenas mais uma ferramenta para auxiliar a inteligência humana a encontrar soluções para problemas de forma mais rápida e eficaz.
Então podemos concluir que a inteligência artificial é superestimada e da forma como é concebida hoje, não há possibilidade dela substituir a boa e consagrada inteligência humana.
Por enquanto, somente nos filmes de ficção científica os seres humanos são substituídos por máquinas.