Inteligência Competitiva e Conhecimento Tácito

Inteligência Competitiva e Conhecimento Tácito

    Existem, na verdade, diferentes interpretações sobre o conceito de inteligência competitiva.  Alguns acreditam que a inteligência competitiva pode ser entendida  como uma “ferramenta, sistema ou disciplina organizacional ” visando desenvolver as melhores práticas da gestão do conhecimento a fim de solidificar a atuação no mercado das organizações com foco na competitividade pro-ativa.

    O campo de abrangência da inteligência competitiva é vasto e engloba outros conceitos, como por exemplo, o papel do conhecimento tácito dentro das organizações. O mesmo exerce influências tanto nos ambientes internos (coleta de dados, documentações, treinamento de seus funcionários, relacionamento interpessoais ) quanto externos da empresa (ex. competidores, fornecedores, clientes, desenvolvimento tecnológico, etc.) Tem validação mundial, constituindo uma prática dinâmica nos países desenvolvidos.

   Recentemente incorporadas ao universo corporativo Brasileiro, as práticas de inteligência competitiva perpassam diversos níveis hierárquicos nas organizações; o seu enfoque e abrangência visam fornecer aos "tomadores de decisões" os dados necessários para melhores escolhas e desenvolvimento estratégico competentes que impactem positivamente na trajetória empresarial e nas políticas de competitividade das organizações.

   Em seu livro Transferindo o Conhecimento Tácito: uma abordagem construtivista , Sérgio Lins (E-papers, 2005) coloca que a transferência do conhecimento tácito talvez seja um desafio de aprendizagem e construção de conhecimento tão grande que ultrapasse os limites da abrangência do treinamento organizacional.

Lins relata o resultado de várias entrevistas conduzidas por ele, que tinham como tônica a pergunta-chave O que se precisa para ser realmente bem sucedido no seu ramo?”. Segundo ele, a maior parte dos entrevistados não apontaram o conhecimento formal adquirido na universidade como maior responsável pelo sucesso obtido. Os entrevistados disseram que importante mesmo era o conhecimento que ia sendo adquirido “on the job”, ou seja, no dia-a-dia organizacional.

     Colauto e Beuren (2003) colocam que a gestão do conhecimento da atualidade teve seu início nos anos 90 e agregaram valor ao uso da informação para facilitar o fluxo interativo em toda organização. Segundo eles, quando usada adequadamente, a disseminação da informação é tida como instrumento estratégico competitivo resistente ao modismo da eficiência operacional.

 Ambos exemplos de boa literatura que vale a pena conferir ! 

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