Inteligência criativa e a capacidade de solucionar problemas novos
É certo que existe uma mudança acontecendo nesse exato momento, quem está aberto a essa percepção já deu um passo à frente
Soluções antigas não resolvem problemas novos. O mundo de hoje apresenta questões cada vez mais complexas e exige como principal habilidade a inteligência criativa.
Criatividade é inerente ao ser humano, o indivíduo nasce criativo. É justamente essa capacidade que o faz buscar e inventar coisas novas e o ajuda a descobrir um mundo de possibilidades.
Observe uma criança, ela é capaz de criar um mundo de fantasia e se divertir com uma simples caixa de papelão. Muitas vezes a embalagem faz mais sucesso que o próprio brinquedo.
Acontece que ao longo da vida essa habilidade criativa vai sendo abafada para dar lugar ao gabarito de respostas prontas. Só tira nota 10 na prova quem decorou o conteúdo.
Mas, há uma evolução diferente no ar e os novos problemas já não são resolvidos com as velhas soluções. Está um passo à frente quem percebe isso e desenvolve sua capacidade de inovação.
O mundo dos negócios passou a adotar em 2010 o termo VUCA para definir essa era de mudança. A sigla, usada na década de 90 pelo exército americano para contexto e situações de guerra, quer dizer: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. Em português, usa-se VICA.
Volátil significa instabilidade e inconstância, está preparado para lidar com isso quem é resiliente. Incerteza e ambiguidade são sinônimas e também estão relacionadas à volatilidade. Todas exigem coragem. Já a complexidade trata-se do que é difícil e incompreensível. Para isso, é preciso multidisciplinaridade.
Todos esses desafios não se aplicam apenas ao business e sim a qualquer área da vida. São provocações da atualidade e ser multidisciplinar quer dizer ter uma visão ampla e estar pronto a buscar soluções para todo tipo de situação.
Não é por acaso que empresas que investem em perfis diferenciados de profissionais e conseguem trabalhar a união de habilidades e experiências são mais bem sucedidas.
Essa tendência virou método, o famoso design thinking, que nada mais é que a livre expressão do pensamento em busca de soluções inovadoras.
Imagine que determinada empresa precisa resolver um problema e reúne uma equipe multidisciplinar, profissionais de departamentos variados e percepções diferenciadas unidos em torno de uma mesma questão.
A junção de ideias será, no mínimo, criativa, uma vez que criatividade também se desenvolve a partir de observação e interação social.
“Criatividade é a inteligência se divertindo” (Albert Einstein)
Para que as ideias sejam realmente inovadoras, o indivíduo precisa estar preparado. É necessário ter uma mentalidade para a melhoria contínua, aprendendo coisas que o ajudem a desempenhar seu papel com excelência.
Nem sempre as respostas virão do que é óbvio, por isso, ter um olhar curioso e atento para áreas correlatas ou mesmo distintas à sua atuação pode ser o pulo do gato. Ou melhor, o gatilho para ativar a criatividade.
O progresso pessoal ou profissional acontece quando há consistência. Quem tem um propósito claro consegue manter uma postura positiva e consciente diante de qualquer desafio. E isso faz toda diferença.
Não quer dizer que os obstáculos serão menores, mas com a inteligência criativa desperta, o caminho será mais fácil.
Ser criativo é ser original e pensar fora da caixa
De acordo com Bruce Nussbaum – autor do livro Inteligência Criativa: aproveitando o poder de criar, conectar e inspirar – criatividade é a originalidade com valor.
Sendo um dos fundamentais defensores do design thinking e da inovação, Bruce Nussbaum acredita em princípios capazes de transformar originalidade em lucro e aponta a criatividade como estratégia de sucesso.
Entre os principais apontamentos dele está a capacidade de aliar histórias e experiências pessoais com informações diversas para propor coisas novas. Ou seja, a originalidade é uma ferramenta.
Outro princípio é a mudança de perspectiva relacionada a novos tipos de conhecimento. Trabalhar de forma lúdica, indo além do tradicional, também é uma maneira de despertar a inteligência criativa, assim como a disposição de transformar ideias em criações reais, segundo Nussbaum.
Por onde começar?
Cultive uma rotina de observação, escolha o caminho da curiosidade ao invés do medo. Não se prive de perguntar, questionar, apreender. É importante conhecer os processos que resultaram em soluções criativas.
Aceite que você não vai entender tudo, mas procure entender o básico. No seu trabalho, por exemplo, tente se envolver com questões de departamentos alheios ao seu. Isso te dará novas perspectivas sobre a empresa e contribuirá para a sua evolução.
Aumentar seu repertório facilitará o desenvolvimento de novas habilidades e, consequentemente, agregará experiências diferenciadas que elevarão seu desempenho.
Ajude um amigo a fechar aquela venda, se proponha a colaborar, entregue além do que te pedem. Isso estimula a criação de uma rede de apoio e o resultado só pode ser positivo. Lembre-se que ninguém faz sucesso sozinho, por isso o networking é tão essencial.
Você deve estar pensando que é muita informação ao mesmo tempo, mas tente organizar as ideias em um papel e elencar prioridades. Nessa lista, sinalize o que já está habituado a fazer e aquilo que precisa se familiarizar melhor. Pesquise, anote, desenvolva ideias!
Recorrer a um coach pode ser primordial nesse processo de desenvolvimento da inteligência criativa. Um relacionamento de coaching ajuda na conexão com seus objetivos e no desenvolvimento de sua performance.
No sentido mais literal da palavra, o coach será seu treinador. Ele não te dará respostas prontas e esse é o melhor caminho para ativar sua criatividade.
Buscar um serviço de coaching te coloca em contato com metodologias, ferramentas e técnicas validadas cientificamente para agilizar sua evolução profissional e pessoal.
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