Inteligência Emocional: que falta que ela nos faz…

Um dos aspectos mais críticos da inteligência emocional é que sua falta dificulta a consciência sobre sua ausência e importância.

Sim, pessoas que ainda não desenvolveram inteligência emocional têm, seguramente, mais dificuldade para perceber o quanto precisam desenvolvê-la, com urgência!

Isso acontece exatamente porque a inteligência emocional nos permite reconhecermos quem somos, o que sentimos, o que pensamos e como agimos diante de cada circunstância da vida.

Ela também possibilita prever e identificar os impactos de nossas atitudes em nossa vida e na vida dos outros. Mas, a inteligência emocional não se limita à capacidade de prever os impactos de cada comportamento, ela permite encontrar formas de agir menos destrutivas, mais equilibradas e saudáveis.

A inteligência emocional é o conjunto de habilidades e competências que levam as pessoas a fazer a melhor escolha entre o poder e o respeito ao outro, entre a ganância e o bem-estar coletivo, entre a sinceridade cega que fere e a assertividade clara, objetiva e respeitosa que estabelece pontes para o entendimento.

As escolhas e decisões são mais conscientes, responsáveis e produtivas quando tomadas com sabedoria e estabilidade emocional.

Nesse universo, onde as pessoas conseguem pensar racionalmente, considerando os impactos que suas emoções, pensamentos e comportamentos geram em sua própria vida e na vida das outras pessoas, ter humildade não é vergonha, é qualidade. Compreender a perspectiva do outro não é perda de tempo, é bom senso. Aliás, com inteligência emocional, até o bom senso ganha o status de pedra valiosa, já que é a senha para minimizar os problemas, todos os problemas, sem exceção.

No baú inestimável da inteligência emocional, entre os segredos que podem levar à serenidade, à boa convivência e ao sucesso, está a empatia. Ela, que tanta falta nos faz para compreender o outro, o mundo e a nós mesmos.

São incontáveis os motivos pelos quais desenvolver e promover o desenvolvimento da inteligência emocional se faz urgente, gritante, a única solução para os dramas individuais e coletivos, para minimizar o sofrimento dilacerante da falta de habilidade para lidar com os reveses da vida.

Não podemos deixar de citar o impacto da inteligência emocional na capacidade de avaliação de cada situação que se vive diariamente, das exatas circunstâncias e possibilidades de se resolver os problemas, dos riscos e consequências de se dizer sim ou não, de se prestar atenção em algo ou decidir ignorá-lo.

Ter inteligência emocional é ter consciência da importância de se respeitar a vida, na sua essência e integralidade.

Cuidar da inteligência emocional é saber que, antes de se colocar o teto de um edifício, há que se construir bases sólidas para que ele possa se sustentar, mesmo diante dos imprevistos, tempestades e furacões.

Desenvolver inteligência emocional não significa deixar de sentir, impedir a naturalidade da vida ou viver uma condição de absoluto controle. Não, de forma alguma!

Desenvolver habilidades e competências socioemocionais significa respeitar a si mesmo, o outro, os outros, o mundo, a vida. Significa ter o entendimento de que existem coisas mais poderosas e eficientes do que gritos, socos, atitudes agressivas, preconceitos, humilhações, rancores, mágoas, disputas insanas e destempero.

A aprendizagem socioemocional é, sem dúvida, um dos recursos mais importantes para a prevenção de problemas em saúde mental. 

Se você acha que a inteligência emocional não é a solução para os problemas do mundo, talvez esteja faltando entender que respeito, humanização, civilidade, apreço à diversidade, cordialidade e polidez não são opcionais, são pré-requisitos para se viver em sociedade, de forma justa, digna e sensata.

Se você acredita que a “força do ódio” é a solução para a vida, talvez lhe falte conhecer pessoas que são fortes e poderosas pela força do amor, do olhar atento a outras perspectivas, do entendimento, da compreensão, do diálogo, da colaboração e da construção coletiva do bem-estar para todos.

Se você acredita que tudo isso é verdade, mas é difícil de ser alcançado, lembre-se de que a persistência é uma característica de pessoas emocionalmente inteligentes. 

Se você concorda que as pessoas precisam urgentemente desenvolver inteligência emocional, me ajude a contar a elas que isso é possível, em qualquer idade ou condições.

Então, é hora de espalhar a notícia de que inteligência emocional faz falta para todos nós e como faz!

Artigo maravilhoso! Parabéns, Chris! Você inspira!

Eliana M. Schmiedel

Psicóloga & Autônoma em Serviços de Informática

3 a

Muito bom esse artigo....

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