Inteligência Emocional
Todos estamos enfrentando momentos delicados, o distanciamento, o isolamento, a impossibilidade de manter as nossas rotinas diárias, nossos empregos, nosso sustento, nos traz grande preocupação. Sentimos nossa vida ceifada de nossos sonhos, e nos perguntamos quando isso irá acabar?
O fato de não sabemos ao certo quanto tempo mais durará este momento, desperta um sentimento de angústia pela falta de perspectiva. Porém se não trabalharmos nossa mente de forma positiva, e deixarmos o estresse e a preocupação tomar conta de nossos pensamentos, logo sentiremos esse resultado em nossas vidas.
Nosso corpo nos dá sinais de alerta de que precisamos mudar a forma de encararmos algumas preocupações. Sinais como:
- Distúrbios de sono: dormir demais, ou insônia;
- Distúrbio alimentares: excesso de comida, compulsividade, ou inapetência;
- Dores de cabeça, musculares, estomacais, azia, queda de cabelo, enfraquecimento das unhas.
Esses são alguns sinais de que nosso corpo está adoecendo. É um reflexo quase instintivo de proteção que nosso organismo dispara para os "neurossensores" dizendo: "Se você não parar, paro eu!"
Contudo nós só percebemos que nosso "sistema" está entrando em colapso, quando já é tarde demais, e o resultado poderá ser síndrome do pânico, burnout, crise de ansiedade, etc. Se não piro, como enfarte, hipertensão, diabetes. E nesses casos a nossa recuperação tende a ser mais lenta, muitas vezes sendo necessário uso de medicamentos que possam nos ajudar a controlar melhor nossas emoções.
Como podemos evitar que nosso organismo chegue a esse ponto? Trabalhando a nossa Inteligência Emocional.
Daniel Goleman, em seu livro Inteligência Emocional, publicado pela primeira vez em 1995 (muitos leitores nem eram nascidos), transformou a maneira de pensar a "inteligência", que até então era definida pelo QI - Quociente de Inteligência (não o QI do Quem Indica); que se refere a uma medida padronizada da capacidade cognitiva de um indivíduo, estipulada cientificamente a partir de testes realizados por volta de 1905, tornando-se mais popular entre as décadas de 20 e 30 (século XX).
Até meados de 1960, não se falava do uso das emoções como um fator de inteligência, estando muito atrelada aos conceitos de raciocínio lógico e matemático. De certa forma até hoje, pelo senso comum, quando muitos se referem a uma pessoa como "inteligente", é porque ela é boa em matemática; quando Gardner apresentou seu estudo sobre as Múltiplas Inteligências, trazendo com ele o conceito da inteligência social.
Pouco tempo depois, dois outros psicólogos, Salovey e John Mayer, finalmente trouxeram a definição dos pilares que alicerçam o conceito de Inteligência Emocional:
- Reconhecer as próprias emoções - Autoconsciência: A incapacidade de reconhecermos nossos próprios sentimentos nos deixa a mercê deles. Devemos entendê-los, identificar sua origens e controlá-los.
- Lidar com as emoções e sentimentos: É comum as pessoas fugirem dos seus problemas. Deixar de falar deles, e ignorar as emoções e sentimentos, irá mantê-los latentes em nossa consciência, em nosso íntimo e um dia eles aflorarão com grande intensidade.
- Automotivação e controle: Parte na premissa da necessidade de uma meta, um foco, de centrarmos nossa atenção em algo positivo, como fonte para o autocontrole. Saber lidar com a satisfação e conter a impulsividade.
- Reconhecer as emoções dos outros: Muito se fala em sermos mais empáticos, que vai além de nos colocarmos no lugar dos outros, e sim reconhecer a dor deles, aceitarmos o ponto de vista das pessoas, ouvi-los verdadeiramente, e entender a realidade de cada um e suas necessidades, sempre agindo com respeito em prol da coletividade.
- Lidar com relacionamentos: A arte de nos relacionarmos socialmente traz consigo uma aptidão de lidar com as emoções dos outros. Como trabalhamos em equipe, como somos visto pelo nosso grupo. Até acho que quem vence um programa como BBB é uma pessoa com grande habilidade de interpretar e "ler" cada pessoa, conseguindo lidar com cada um de forma única, do modo como cada um deseje ser tratado.
Pessoas com elevado nível de inteligência emocional conseguem superar crises de maneira mais fácil. São capazes de manter o foco em problemas que podem ser solucionados. Mantém a "cabeça fria" mesmo diante de situações adversas, pois são capazes de controlar suas emoções, e terem clareza dos seus pensamentos e ideias.
Quando estamos cegos pelas nossas emoções, não conseguimos concatenar nossas ideias. Não vemos nem o túnel, que fará a luz no fim dele.
Se você se identificou com o tema e deseja desenvolver sua inteligência emocional, a autoconsciência emocional e o autocontrole, participe de nosso curso INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL, que será realizado no dia 19/04 das 18h às 21h - on-line.
Acesse aqui para conteúdo completo e inscrições.