A Inteligência Multifocal
A espécie humana está no topo da inteligência de milhões de espécies na natureza. Imagine como deve ser complexa a atuação dos fenômenos psíquicos responsáveis pela nossa capacidade de amar, de chorar, de sentir medo, de ter esperança, de antecipar situações do futuro, de resgatar experiências passadas. Investigar as origens e os limites da inteligência não é um dever, mas um direito fundamental do Homem.
Ao que tudo indica, o homem do século XXI será menos criativo do que o homem do século XX. Há um clima no ar que denuncia que os homens do futuro serão mais cultos, ao mesmo tempo que serão menos íntimos da sabedoria.
A cultura acadêmica não os libertará do cárcere intelectual. Será um homem com mais capacidade de respostas lógicas, mas com menos capacidade de dar respostas para a vida, com menos capacidade de superar seus desafios, de lidar com suas dores e enfrentar as contradições da existência. Infelizmente, será um homem com menos capacidade de proteger a sua emoção nos focos de tensão e com mais possibilidade de se expor a doenças psíquicas e psicossomáticas. Será um homem livre por fora, mas prisioneiro no território da emoção.