Internet das Coisas - IoT: Pilar da Indústria 4.0
Atualmente cerca de 3,6 bilhões de pessoas ao redor do mundo utilizam a Internet para navegar na Web, enviar e receber e-mails, acessar conteúdos e serviços multimídia, jogos, redes sociais, entre outras tarefas. Enquanto cada vez mais pessoas terão acesso a esta infraestrutura de informação e comunicação global, outro grande ciclo de avanço está sendo iniciado: a Internet das coisas – IoT. Neste novo paradigma, muitos dos objetos que nos rodeiam – Identificação por Rádio Freqüência (RFID), sensores, atuadores, smartphones etc. – estarão em uma única rede, sendo capazes de interagir uns com os outros e de cooperar entre si para alcançar objetivos comuns.
O termo Internet das Coisas foi cunhado pela primeira vez por Kevin Ashton, em 1999, no contexto da gestão da cadeia de suprimentos (ASHTON, 2009). No entanto, na última década, esta definição tem sido mais abrangente, cobrindo uma ampla gama de aplicações, tais como saúde, serviços públicos, transporte, indústria etc. Embora a definição de "coisas" tenha sido alterada de acordo com a evolução da tecnologia, o objetivo principal permanece o mesmo.
Neste novo panorama a infraestrutura de Internet atual não desaparecerá. Pelo contrário, ela manterá seu papel vital como a espinha dorsal global de compartilhamento e difusão mundial de informações, interligando os objetos físicos com recursos de computação e comunicação através de uma ampla gama de serviços e tecnologias, na qual a inovação será habilitada pela incorporação da eletrônica em objetos físicos, tornando-os "inteligentes", ou, simplesmente, "coisas".
A evolução radical da Internet atual em uma rede de objetos interconectados implica não apenas na coleta de informações (sensores) e interação com o mundo físico (atuadores), mas também na utilização dos padrões existentes da Internet para prover serviços de transferência de informações, análise, aplicações e comunicações, integrando assim conceitos emergentes tais como a computação em nuvem e o Big Data. Neste contexto, Gubbi et al. (2013) define a Internet das Coisas como a interligação de sensores e sistemas de acionamento, fornecendo a capacidade de compartilhamento de informações entre plataformas através de uma estrutura unificada, desenvolvendo uma cena operacional comum, possibilitando assim a execução de aplicações inovadoras. Isto é alcançado através da prevalência de dispositivos habilitados por tecnologias sem fio abertas, como Bluetooth, identificação por radiofrequência (RFID) e Wi-Fi, bem como através da análise dos respectivos dados e representação das informações através da computação em nuvem como elemento unificador. Um modelo conceitual desta integração proposta é apresentado na figura a seguir:
A identificação por radiofrequência ainda está na vanguarda das tecnologias de integração de objetos à Internet das Coisas, devido à maturidade alcançada por esta tecnologia, baixo custo de implementação e forte apoio da comunidade empresarial. No entanto, um amplo portfólio de dispositivos, tecnologias de rede e serviços construirá a Internet das Coisas. Tecnologias como o NFC, Wireless Sensor and Actuator Networks (WSAN) juntamente com o RFID serão reconhecidas como os componentes que integrarão o mundo real ao mundo digital.
No próximo artigo desta série será abordado, de maneira concisa e precisa, o conceito da Indústria 4.0!
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