Investimento global em energia limpa chega a US$ 1,8 trilhão em 2023 – mas ainda está longe da meta climática
Em 2023, o investimento global em energia limpa atingiu um recorde de US$ 1,8 trilhão, marcando um aumento de 17% em relação ao ano anterior, impulsionado principalmente pelos transportes eletrificados e por tecnologias emergentes como hidrogênio e captura de carbono.
Porém, mesmo com esse crescimento, o valor ainda fica muito abaixo do necessário para atender às metas climáticas do Acordo de Paris, que exigiriam um investimento médio anual de US$ 4,8 trilhões até 2030, segundo um novo relatório da BloombergNEF .
A China liderou os investimentos, mas viu sua margem de liderança diminuir em relação a aumentos significativos na Europa e na América do Norte, que juntos somam US$ 718 bilhões. A cadeia de abastecimento de energia limpa é uma das poucas áreas no caminho certo para atender aos objetivos de neutralidade de carbono até 2050, embora investimentos muito maiores sejam necessários em outros setores para alcançar a meta global de zero emissões líquidas.
Fim do El Niño deve provocar aumento do uso de termoelétricas até a transição para o La Niña
O término do fenômeno El Niño, ativo desde o ano passado, deve levar ao aumento do uso de termoelétricas no Brasil, até a transição para o La Niña. Segundo o professor Pedro Luiz Côrtes, da Universidade de São Paulo, o El Niño se comportou de forma tradicional, apesar de ter causado chuvas intensas e seca histórica em diferentes regiões, afetando a vazão de rios e a capacidade dos reservatórios hidrelétricos. Esses fenômenos extremos foram potencializados pelas mudanças climáticas, afirmam especialistas.
A expectativa é que o La Niña traga períodos mais secos ao Sul e chuvas na Amazônia, impactando a agricultura e a geração de energia. A transição pode resultar em energia mais cara para a população, devido à necessidade de acionar termoelétricas de maior custo operacional.
“As termoelétricas mais frequentemente utilizadas, a carvão, gás e óleo, representam um custo muito alto, e elas vão ser acionadas com o final do El Niño até a estabilização do clima, já para o final do segundo semestre deste ano”, finaliza.
“Mundo tem sorte de Brasil liderar G20 e COP30”, diz chefe da IEA, em Brasília
O presidente da International Energy Agency (IEA) , Fatih Birol , em recente visita a Brasília, elogiou o Brasil por sua liderança nas discussões sobre transição energética, destacando o país como um “defensor da sustentabilidade e voz forte para as economias emergentes em todo o mundo”.
A cooperação entre a IEA e o Brasil, que começou em 2017, foi reforçada com a perspectiva de que o país guie globalmente os esforços em energia e clima, especialmente por meio do G20 e da COP30. 🌎 Leia mais em nosso site.
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NASA lança satélite para estudar a saúde dos oceanos, a qualidade do ar e os efeitos das mudanças climáticas
A NASA lançou o satélite PACE (sigla em inglês para Plankton, Aerosol, Climate, Ocean Ecosystem) para estudar a saúde dos oceanos, a qualidade do ar e os impactos da crise do clima.
Equipado com um instrumento hiperespectral de cores, o PACE analisará o oceano em 200 tonalidades - os demais satélites de observação da Terra podem ver em sete ou oito cores - permitindo uma compreensão sem precedentes do fitoplâncton e seu papel no ciclo do carbono.
Além disso, instrumentos polarímetros a bordo fornecerão dados novos sobre aerossóis e qualidade do ar. Este projeto, alinhado à agenda climática da Administração Biden-Harris nos EUA, promete acelerar o entendimento do sistema terrestre e auxiliar na resposta a desafios climáticos urgentes.
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Biólogo com mestrado em Ecologia de Agroecossistema (Ecologia Aplicada). na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ/USP
11 mleia primeiro o comentário 1 de 2 .............. Este é o 2 de 2 é a continuação. Então não estamos falando de resolver um problema, apenas de amenizar os sintomas. Se a sociedade humana não se auto destruir e aniquilar a espécie, muitas mudanças ainda podem ocorrer antes do fim da Sexta Extinção. Com um pouco mais de dedicação, quem sabe diminuam os investimentos em guerras, por exemplo, em produtos químicos perniciosos para todas as formas de vida, quem sabe se faça uma forte campanha sobre o consumismo arrogante e desnecessário que alimenta uma cadeia de produção resultante no desperdício, isso já faria o mundo ser bem melhor!
Biólogo com mestrado em Ecologia de Agroecossistema (Ecologia Aplicada). na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ/USP
11 mComentário 1 de 2 Toda essa questão de mudança da matriz energética pode ser executada, falta vontade política, isso é evidente. O mundo do petróleo ainda não tem interesse real (dos reis mesmo, eles influenciam exageradamente o modelo econômico que é uma aberração para a vida, nem é preciso citar a entropia do sistema, apenas, pensar já cauteriza a ferida), não existe interesse por esse assunto, vive-se apenas o imediato para aumentar imediatamente o poder de riqueza e exploração de uns sobre os outros. Outra coisa, pouquíssimo comentada: toda essa mudança e a nova tecnologia pode ficar velha mais rápido do que demorou para ser desenvolvida. Isso mesmo, a tecnologia envelhece muito antes de uma vida longa, por isso que empurrar pedras sobre troncos, foi rapidamente substituída pela roda, apenas para contextualizar. Continua no comentário 2 de 2