Investimentos Organizacionais

Recentemente me deparei com dados preocupantes sobre os investimentos das organizações brasileiras. A participação da indústria da transformação, na composição do PIB nacional, caiu 11,3% no ano de 2017. No final de 1980 essa mesma indústria correspondia a 30% do PIB. Outro índice preocupante é que apenas 2% do parque fabril brasileiro está no “início” da economia 4.0, sob essa mesma constatação só 24% está na fase de Indústria 3.0. Ainda, quando analisamos os valores que as empresas investem em treinamento concluímos que o crescimento de investimento nessa área foi de míseros 1,2%, enquanto o PIB global cresce 3,3%. Ou seja, temos muito que trabalhar! Nossos desafios empresariais são gigantescos e precisamos de executivos profissionais para “dar conta do recado”!

           Não é o momento para amadores assumirem os compromissos na gestão de nossas empresas. Precisamos mudar nosso mindset/entendimento se quisermos fazer um país desenvolvido com produtos e serviços com elevada qualidade a preço justo. Sempre digo aos meus clientes que devemos estabelecer parâmetros elevados de profissionalismo para ser destaque no mercado. Com isso, elaborei 4 diretrizes que, se seguidas, serão norteadoras para alcançarmos o desenvolvimento profissional e organizacional:


Diretriz 1 – Sempre devemos elaborar um plano de desenvolvimento para nossos colaboradores. Investir em cursos, treinamentos, workshops e palestras deve ser uma das prioridades da Gestão de Pessoas/RH. É importante salientar que esse apoio a ser legitimado pela diretoria executiva e conselho de administração da empresa. O ideal é destinar 5% do lucro mensal a investir em pessoas.

Diretriz 2 – Sempre devemos elaborar um plano de desenvolvimento operacional/melhoria dos ativos de capital. Modernizar e adquirir novas máquinas é fundamental para atualizarmos nosso parque industrial, o resultado será produtos, serviços e soluções oferecidos com mais qualidade a sociedade. A satisfação dos clientes resultará em receitas, R$, maiores.

Diretriz 3 – Sempre devemos oferecer qualidade a valores mais altos ao invés de serviços baratos a custos baixíssimos. A relação ganha-ganha objetiva dar, a todos os stakeholders, resultados de alta qualidade, margens maiores e receitas mais altas de modo que investir seja um hábito empresarial bom para toda a cadeia produtiva nacional. O esforço valerá a pena, mas isso requer que ele seja gerenciado (planejado, executado e monitorado). Lembre-se de: quem define o que é valor são os clientes – isso tanto na ótica monetária quando na ótica qualitativa dos serviços e produtos.

Diretriz 4 - Seja Glocal – Pense Global e aja Local. Pensar e direcionar tomadas de decisões para que nossas empresas sejam as melhores da cidade, do estado, do Brasil e consequentemente do mundo é essencial para que tenhamos elevação da qualidade de vida humana com inovação, geração de empregos e felicidade em trabalhar para uma causa digna.

As empresas tem 2 direcionamentos estratégicos ao investir. Pessoas e Processos. Quando um estiver frágil ou outro também estará, ao passo que se um estiver fortalecido o outro também estará.

Uma última dica: sonhe grande e esforce para transformar esse sonho em realidade. Sonhar pequeno e grande dá o mesmo trabalho, por isso tenha como foco ser o profissional ou a empresa de destaque em seu setor de atuação. Boa sorte!!!

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