IoT e Inovação - Monitoramento remoto com o uso de sensores
Faz alguns anos que ouvimos falar de algumas siglas que mais parecem sopa de letrinhas, como IoT, AI, M2M, RPA, AR, VR, Blockchain, mas que na verdade escondem uma verdadeira revolução na forma das empresas trabalharem seus processos de negócio.
Cada sensor e "dispositivo" conectado à Internet, por isso o nome Internet das Coisas, produz um volume de dados, que podemos genericamente chamar de rastros digitais, que sozinhos podem não ajudar muito a representar com grande fidelidade a leitura de um cenário e seu respectivo contexto, mas a soma das leituras obtidas por cada um deles de maneira agregada com a utilização da Inteligência Artificial, nos permite identificar padrões nos dados e a ter uma visão integral e sistêmica do cenário de negócios e dos diferentes contextos associados a eles, o que permite uma melhor tomada de decisão com maior precisão e eficácia.
O uso de sensores tem achado nichos de aplicações dos mais variados, no varejo, por exemplo, podem ser usados para o monitoramento do fluxo de pessoas nas lojas, ou por exemplo em uma empresa de Tecnologia da Informação podem ser utilizados para rastrear seus ativos para fins de controle contábil. O seu uso pode ainda ser ampliado para atividades de monitoramento que normalmente demandam o controle manual e que por isso estão sujeitos a erros de mensuração por falha humana.
Nesse caso em particular, o monitoramento pode ser automatizado por meio de sensores que são capazes de medir e acompanhar diversas métricas distintas, como umidade, temperatura, luminosidade, qualidade do ar (...) e sua evolução no tempo. Para ambientes monitorados que exigem uma termoestabilidade, qualquer variação brusca de temperatura pode colocar em risco o estoque de produtos no local.
Com o avanço da tecnologia sem fio e o advento da Internet das Coisas, soluções tecnológicas foram criadas para permitirem o monitoramento automático e remoto de produtos perecíveis que devem ser armazenados dentro de uma faixa de temperatura e para a sua correta preservação, um controle da termoestabilidade estabelecido, evitando assim perdas por degradação desses produtos.
Para isso, valores de limiares e faixas de segurança podem ser estabelecidos, podendo diferentes tipos de alertas, categorizados por prioridade, serem emitidos de acordo com a evolução dos índices no tempo. Assim como medidas de mitigação e correção podem ser acionadas, para que o reequilíbrio dos indicadores sejam restabelecidos.
Para citar os impactos da adoção de IoT (Internet das Coisas) em alguns setores da economia, podemos ilustrar como o de Varejo que tem de manter a temperatura de alimentos refrigerados ou o setor de Healthcare que deve manter a refrigeração de medicamentos por exemplo.
Startups e empresas de tecnologia que fazem monitoramento remoto de temperatura e termoestabilidade, ao modificar o processo de controle e checagem de temperatura para monitorar o funcionamento de freezers e geladeiras, acabam por racionalizar a utilização de mão-de-obra nesses setores com a redução de custos, visto que ao invés de manter profissionais dedicados para realizar esses controles de forma manual, podem alocar esses profissionais para exercerem atividades de maior valor agregado para o negócio.
A automação com utilização de tecnologia de comunicação sem fio possibilita ainda que esse controle seja estendido e que, até mesmo de forma remota, possam ser acompanhadas por meio de uma plataforma digital online, as ações de mitigação corretivas para se garantir o restabelecimento da estabilidade térmica adequada.
Caso a organização em questão tiver vários ambientes diferentes, o potencial ganho de eficiência e eficácia é ainda maior, com a solução podendo ser escalada para o acompanhamento remoto de diferentes setores e ao se utilizar avançadas soluções de análise de dados de Inteligência Artificial com Analytics e Big Data.
Para o monitoramento de ambientes críticos, o mais recomendado seria o processo de captura e processamento dos dados em tempo real, o que permite uma visão integrada de todo o processo com a geração de insights acionáveis, e o diagnóstico ágil das diferentes situações em todos os ambientes numa única plataforma de consulta.
A plataforma de monitoramento pode ainda ser hospedada na "nuvem", ou seja, em uma solução de alta disponibilidade disponível na Internet, onde os gestores e os responsáveis técnicos poderão ter acesso de onde estiverem a uma interface de consulta por meio de tablets, notebooks ou mesmo de seus smartphones, o que permite ainda maior agilidade na tomada de decisões gerenciais e de ações de mitigação e corretivas pelo corpo técnico, visando obter a máxima eficácia e assertividade no processo.