Isso é muito Black Mirror.
A série Black Mirror produzida pela Netflix faz sucesso mundialmente por retratar as situações limites provocadas pela tecnologia e os conflitos das relações humanas que foram fortemente influenciados pelo sentimento de paz e conforto causados pelos recursos tecnológicos, inclusive a gamificação.
As tecnologias mudaram o comportamento e modificaram a intensidade dos sentimentos. Não sabemos mais lidar com os sentimentos negativos e escolhemos compartilhar nas redes sociais só os momentos felizes da nossa vida para parecermos perfeitos, mas esse é apenas o resultado de uma relação com os produtos midiáticos que entram em conflito com uma linha tênue entre o público e o privado.
A série explora não só a tecnologia, mas também a mudança do comportamento e das relações humanas em torno dela. Cabe a reflexão sobre as consequências e impactos da dependência tecnológica e os desafios dos profissionais de comunicação, pois a opinião pública está cada vez mais atenta e exigente, as fake News reinam e destroem reputações consolidadas, além disso, ainda existe uma mídia sensacionalista que manipula o público e recorta as informações de acordo com seus interesses.
Apesar de Black Mirror criticar o comportamento de uma sociedade distopica, sinto que é uma critica que facilmente se aplica com o comportamento da nossa sociedade atual. Motoristas de aplicativo são descredenciados se não atingem uma nota previamente estipulada, como a personagem Lacey do episódio “Nosedive” não pode pegar um avião devido a sua pontuação baixa. Será que a histórias apresentas nos episódios da série são “tão Black Mirror” assim?