ITIL - Voces se lembram da Versão 2? Não abandonem de vez a Versão 2!!!
Mas... mas voces devem estar se perguntando. Rui, ainda falando sobre ITIL V.2 depois da V.3 já estar a tanto tempo no mercado ?
Pois é, meus amigos, mas tenho percebido que quando se sai de uma abordagem mais direta dos Processos ou Boas Práticas do ITIL como é o caso coberto pelos Livros Azul Service Support) e Vermelho (Service Delivery) da Versão2 do ITIL, e passamos para o Ciclo de Vida de Serviços de TI, para muitos acaba que o Tema, seus Processos e suas Boas Práticas vão ficando meio soltos, dispersos, perdendo a objetividade em relação a Entregar e Suportar o Serviço de forma mais direta.
Até porque os muitos termos, definições e relações que surgiram na Versão 3 do ITIL e que estão associados direta e indiretamente a Serviços de TI ainda não estão muito bem digeridos por muitos de nós. E com isso acabamos perdendo o foco mais direto e objetivo em seus Processos e em suas Boas Práticas.
Outro aspecto que temos que levar em conta é a quantidade muito maior de Processos e Conjunto de Boas Práticas que vieram embarcados na Versão 3 do ITIL. E se ainda na versão 2 muitos autores e estudiosos já lançavam aquela famosa pergunta: "Como comer um elefante?" O que dizer agora com 20 e tantos processos e 4 funções e algumas sub-funções?
Quem sabe se muitos de nós se acha diante de uma situação bem mais complexa ao ter que escolher entre tantos Processos ?
Um outro ponto que merece ser lembrado em relação aos Processos da Versão 2 diz respeito a sua objetividade, já que eles estão voltados somente para processos relativos à Entrega de Serviços e ao Suporte de Serviços - temas bem mais perto de nossas dores, carências e necessidades. E isso se torna mais e mais importante e objetivo quando estamos diante não de umas poucas empresas grandes com belos orçamentos para seus projetos, mas estamos sim diante de pequenas e médias empresas que enfrentam estas dores em seu dia a dia e precisam encarar e tratar estas questões de forma mais direta e objetiva.
Não, nós não estamos desprezando a importância da Estratégia de Serviços, do Desenho de Serviços, de sua Transição, de sua Operação e a eterna e constante necessidade de estarmos atentos às Melhorias de Serviço. Estamos SIM dando uma abordagem bem mais direta e objetiva quanto à dores que nos afligem no dia a dia de nossas operações.
Espero ter sido entendido em minhas linhas e na forma com que defendo as Boas Práticas do ITIL.
ITIL Versão 3? SIM ITIL Versão 2? SIM
Até um próximo artigo.
Rui Natal
Entusiasta e Evangelista em ITIL, Processos de Negócio e Inovação
IT Project Manager at FDG
7 aÉ caro Rui Natal, temos de um lado a importância de detalhar todos os elementos envolvidos nos processos que temos que atuar, e do lado oposto como conseguir entender e priorizar onde dedicaremos nossa atenção. Nesse meio de caminho há muita confusão com perda de tempo&dinheiro. Creio que seu artigo ajuda muito a focarmos onde temos capacidade e maturidade de fazermos gestão com controle e eficiência, e a partir desse ponto irmos crescendo e evoluindo, senão fatalmente iremos nos embananar e virarmos presa fácil para consultorias que nos complicaram ainda mais a vida. Abraços.
Contador - Terceiro Setor
7 aÉ fato.... A evolução do ITIL 2 na pratica ainda é sonho em muitas estruturas de TI. Se a 2 está implementada, avançar para a 3 é natural.
Consultoria em Transformação Digital, Desenho Empresarial, Análise de Negócios, Gerenciamento de Decisões e Gerenciamento de Processos
7 aRui Natal, resumindo: se a empresa não tem maturidade para implementar o ITILv2, por que se aventurar a implementar o ITILv3, que é muito mais complexo? Muitas empresas se esquecem que, como todo processo de melhoria (!), a implementação do ITIL não pode ser encarada como uma guerra santa, uma saga onde só existe um objetivo: atender a TODOS os requisitos da norma. Não devemos nunca nos esquecer do verdadeiro objetivo de padrões como o ITIL, COBIT e TOGAF: evitar que as empresas e profissionais tenham que reinventar a roda, estabelecendo um conjunto de melhores práticas para o assunto em questão, mas sem nunca perder o foco na nossa razão de existir: o negócio e as pessoas que habitam o mundo fora da TI.