Já pensou em fazer um ano sabático? Fiz e descobri como isso pode mudar uma vida
Pôr do sol em Viña Del Mar

Já pensou em fazer um ano sabático? Fiz e descobri como isso pode mudar uma vida

Mudar completamente a rotina, ficar por um longo período longe do trabalho, viver novas experiências, respirar novos ares, conhecer melhor a si mesmo… Talvez você já tenha pensando em algo assim. Tudo isso e muito mais são ingredientes que fazem parte do glorioso ano sabático. 

A ideia de ter um ano da vida de libertação e autoconhecimento é muito fascinante. Quem nunca teve um dia de estresse no limite, com aquela vontade explosiva de jogar tudo para o alto e fugir? Mas a verdade é que a decisão de fazer essa "retirada estratégica" é muito maior que esse momento explosivo, envolve uma legítima vontade de expandir seu próprio universo, suas crenças e convicções.

Cada um tem suas motivações e o momento certo para iniciar um ano sabático

Lembro bem de uma uma manhã ensolarada em que arrumei os papéis que estavam sobre a minha mesa de trabalho, olhei o relógio, vi que já passava das 11 da manhã e eu tinha ainda que passar na Maxitel para contratar um plano de celular novo antes de ir pra casa. Eu tinha chegado no trabalho no dia anterior, por volta de 9h. 

Sim, foram mais de 24 horas trabalhando.

A operadora de celular, adquirida em dado momento pela TIM, evidencia que isso ocorreu há alguns bons anos. Eu não me lembro a data exata, mas foi em 2001. Eu tinha entre 17 e 18 anos. 

Naquela ocasião, trabalhava com eventos e estavam ocorrendo vários. As coisas se acumularam e acabei trabalhando em tarefas administrativas durante o dia, na produção e acompanhamento do evento a noite e quando o dia estava amanhecendo tive de voltar ao escritório para finalizar algumas pendências.

Tenho que dizer que não acho bonito trabalhar 24 horas ininterruptamente. Na verdade eu estava ali no meu primeiro emprego de certa forma empreendendo e aprendendo a trabalhar. Eu me coloquei naquela situação. Tinha muita energia, inexperiência e vontade de fazer as coisas acontecerem.

De lá pra cá, muitas coisas aconteceram, muito aprendizado. Ao olhar no retrovisor vejo que sempre levei o trabalho de forma muito intensa, em todas as experiências profissionais que tive. Eu exagerei desde o começo, fiz algumas escolhas erradas, carreguei mais peso do que o necessário.

Mas tudo bem, faz parte da caminhada. Todos nós temos nossos erros e acertos. O ano sabático pode lapidar o caminho e ajustar a sua percepção de mundo.

Poderia ter ocorrido aos 30, 45, 60, mas começou no dia em que fiz 36 anos

Cumpri todos os compromissos que assumi, zerei minha caixa de e-mail, reuni o time, expliquei minha saída, abracei meus queridos colegas um por um, desejei sucesso a todos, peguei meus objetos pessoais e parti com a cabeça erguida, sabendo o tanto que tinha me doado para aquela empresa nos últimos 11 anos. 

Aquele frio na barriga, um pouco de adrenalina e muita felicidade genuína. Sabia que tinha tomado a decisão certa e ali começava o meu sabático.

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Não resisti e "printei" esta tela aí acima da minha caixa de e-mail. Nunca tinha chegado nela.

Não foi planejado. A situação poderia ter qualquer um entre dois desfechos antagônicos: ou eu iria ficar na empresa e seguir trabalhando muito, ou então eu iria deixar a empresa e me afastar do trabalho por algum tempo. 

Eis o contexto. Eu tinha um sócio e não estava feliz com a sociedade. Já havia percebido há alguns anos que faltava aquela química das grandes parcerias de sucesso. A relação era boa, nos dávamos bem, mas percebi que não faria sentido ir juntos muito além de onde já tínhamos chegado.

Não foi fácil. Foi um período tenso, amargo, duro. Mas o problema foi encarado e a situação foi resolvida. Meu então sócio buscou um novo sócio e vendi minha participação. Era então chegada a hora de partir.

E assim comecei o meu sabático

O que você vai fazer no primeiro dia do seu sabático? Já parou pra pensar?

Eu adotei, convicto, um "clichezão" que me caiu bem. Procurei a piscina mais próxima do escritório e lá estava eu, na beira d’água com os pés pra cima. Aqui em Minas temos um ditado: se não tem mar, vamos pro bar. Até pensei, mas não era nem meio-dia e acabei deixando essa opção no to do list.

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Este aí é um pé nada bronzeando entrando em regime sabático.

Nos meus primeiros dias busquei aquela pura tranquilidade. Até pescar eu fui.

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Acho que se fizermos uma pesquisa, 99% das pessoas responderiam que no sabático iriam viajar. Comigo não foi diferente, caí na estrada!

Primeira parada: Pedra Azul, interior de Minas, no Vale do Jequitinhonha. Lugar lindo, casa dos meus pais e terra onde cresci e morei até os 14 anos. Com a correria do trabalho, uma coisa foi puxando a outra e quando percebi já havia 5 anos em que eu não ia lá. Um pecado.

Queria me reconectar com minhas origens e fui lá rever amigos e encontrar memórias de uma vida serena. E quantas boas recordações me vieram em mente naquela manhã de um leve dia de semana, que sentei sozinho no alto da Pedra da Conceição e pude contemplar a cidade e a beleza que existe nas pequenas coisas da vida. Ali rezei e agradeci a Deus por tantas coisas boas que a vida me deu e nem sempre pude perceber e valorizar como deveria.

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A jornada estava só começando e eu sabia que teria pela frente muitas viagens, lições e aprendizado. E isso me fazia sentir vivo, com uma energia muita boa.

10 ideias sobre o que fazer no seu ano sabático 

No meu caso não houve muito tempo para planejamento, as coisas foram acontecendo. E agora, ao olhar para trás, posso ver várias coisas que foram legais pra mim no meu ano sabático e, quem sabe, podem também fazer sentido pra você. Acho até que já quero repetir algumas dessas experiências. 

Peraí, mal acabei um sabático e já estou pensando no próximo? 

Deve ser porque foi bom e valeu a pena. E por isso quero compartilhar. Então, veja quais das experiências que escolhi viver também podem ser significativas para você. Vamos lá!

  1. Viajar com a família toda

Pai, mãe, sogra, filhos, sua alma-gêmea, cachorro, papagaio e quem mais quiser embarcar nessa aventura com você. Tudo junto e misturado. Ahhh família! Com todo aquele amor, brigas e jeito de ser que faz cada uma ser às vezes parecida, mas sempre diferente e especial. 

Viajamos para Gramado, no inverno. Vinhos, comilança que não acaba mais, vários lugares para visitar e aquele tempero familiar que complementa a receita infalível para gravar para sempre na memória os momentos vividos naqueles dias que dá saudade só de pensar.

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Na foto, parte da família: afilhada, irmã, pai, mãe eu e o filhão.

2. Fazer uma viagem romântica

Love is in the air! Seu companheiro ou companheira está com você nos altos e baixos da vida, dividindo as dores e celebrando as conquistas. Você vai querer planejar algo especial para curtir a dois essa tal liberdade. De preferência algo novo pra vocês. Aliás, se possível, faça várias viagens românticas.

Eu não sei você, mas eu, apesar de já ter feito boas viagens, sempre fui fiel à classe econômica. Tão fiel, que nunca tinha voado de executiva. Não por falta de vontade... Mas no final das contas, entre pagar minimamente o dobro na passagem ou chegar todo torto e amassado no destino, sempre achei mais fácil escolher a segunda opção.  

Seguindo a máxima do “quem procura acha”, decidi que ia achar alguma barganha na classe executiva e se achasse era pra lá que eu ia, seja lá onde fosse. Achei, comprei e depois avisei a esposa.

O problema de coisa boa é que você fica mal acostumado… vai ser duro voltar aos padrões. A estréia do voo premium foi logo pela Emirates. Champagne de boas-vindas, whiskey 18 anos, carta de vinhos premiados, poltrona que vira cama, jantar e sobremesa com gosto de comida de verdade. Vai falar que não é romântico!

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Descemos no Chile e nos embrenhamos em algumas vinícolas, celebrando o amor.

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3. Viajar sozinho(a)

Essa dica é controversa, sei bem. Reconheço que minha esposa é um ser superior, que consegue compreender meus projetos pessoais mesmo quando eles me levam a milhares de quilômetros de distância.

Quando você fica algum tempo sozinho você se conecta de uma forma diferente consigo. Você tem que se virar e cabe a você ir em busca daquilo que vai te fazer sentir bem naquela situação, distante das pessoas que você ama. É um aprendizado e você cresce com a experiência.

Viajei sozinho para fazer um curso que eu queria muito. A saudade bate, mas você volta mais forte e depois quando olha pra trás percebe que valeu a pena. Em um desses momentos de conexão comigo mesmo, realizei um sonho antigo: correr no Central Park, em Nova Iorque. Foi emocionante e inesquecível, uma gratidão daquelas de encher o peito.

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No Outono o Central Park é lindo, agora só falta voltar nas outras três estações para conhecê-lo "pintado"de outras cores.

4. Curtir o tempo que tem com o seu filho ou sua filha

Se você tem filhos, sabe o quanto crescem rápido e como é difícil achar palavras para descrever o sentimento que temos de tê-los em nossas vidas. Agora mesmo, enquanto escrevo, posso ver meu filho pertinho de mim no chão da sala, brincando de carrinho e cantando... Ao ver que eu estava olhando pra ele, parou, olhou pra mim e sorriu.

Fala sério, momentos assim não tem preço!

O trabalho de uma forma ou outra acaba disputando sua atenção com seu filho, é natural. Se você tem a oportunidade de se afastar do trabalho por um tempo, recebe automaticamente o incrível bônus de mais tempo livre para passar ao lado da sua cria. "Só isso” já faz valer demais a pena.

A gente não precisa necessariamente de um ano sabático para ver nossos filhos crescerem, mas quando de repente sua agenda se torna flexível como nunca, você vai poder curtir com mais tranquilidade e terá mais oportunidades de vivenciar inúmeros momentos felizes ao lado desse ser tão amado.

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Na foto, passeio com as feras em uma quarta-feira a tarde de sol.

5. Praticar esportes

Esporte é vida. Em muitos momentos não fui competente para conciliar bem o esporte e o trabalho. Acordava em cima da hora, ia pro escritório, passava o dia inteiro trabalhando, entrava noite afora e parava quando a pilha já estava no fim. Esgotado, nem ousava em pensar em esportes. Volta e meia eu até jogava um pouco de futebol e fazia umas corridas, mas nada muito organizado.

O esporte com alguma disciplina traz um maior equilíbrio, que faz um bem inestimável para o seu corpo e mente. Já havia percebido isso, mas foi no período sabático que pude ajustar. E é algo que espero levar pra vida.

Além da corrida e futebol, comecei com o tênis. E praticar um novo esporte é bem legal porque você vai ladeira acima, melhorando um pouquinho a cada dia. É bom pra balancear, já que no futebol estou ladeira abaixo. E como vejo muito velhinhos jogando tênis, sei que ganhei um esporte para as próximas décadas. Até lá devo aprender!

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6. Ler

Nunca li tanto quanto neste período sabático. O tempo livre me colocou em uma espécie de fluxo de leituras que tende a ir para muito além do período longe do trabalho. 

No sabático você encontrará espaço para todo tipo de leitura, deve acabar lendo mais aquilo te aciona, mas também poderá se permitir descobrir coisas novas. Por exemplo, gosto de biografias e negócios, mas curti experimentar e descobrir coisas para mim novas e diversas como filosofia, psicologia e até poker!

Não conheço melhor investimento do que bons livros. Ler traz conhecimento e com esse insumo você chega muito mais longe. Percebo que às vezes não lemos tanto quanto poderíamos e que isso pode ter muito a ver com não criarmos as condições favoráveis. 

O fato de eu ter um livro sempre à mão e de fácil acesso (no Kindle) aonde quer que eu esteja, ajuda; a descoberta de que para mim o melhor horário para ler é quando acordo, acompanhando de um bom café, ajudou demais. 

Talvez você também possa descobrir alguns detalhes que te farão ler mais. E ao ler mais, acredito que você expandirá seu universo. Se você já tem lido bem, tenho certeza de que sabe do que estou falando.

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Acima Livraria Lello, em Porto, Portugal. Livro de receitas também conta.

7. Adquirir novos bons hábitos

Às vezes você escuta ou observa algo que causa algum efeito em você, muitas vezes sem nem mesmo perceber. Daí o tempo passa e nada parece acontecer. Mas você por algum motivo guardou aquilo, como uma semente em uma terra que não estava fértil o suficiente para fazer germiná-la. Um dia a terra parece estar pronta, a semente está lá e daí vem a chuva para completar o trabalho. Nasce algo novo em você.

Parece que o ano sabático tem esse poder de amadurecimento. Cultivando em você um terreno fértil, novos bons hábitos tendem a germinar. Vi isso acontecer. Por exemplo, comecei a fazer algo que parecia ser impossível para mim: acordar 5 horas da manhã, todos os dias, de domingo a domingo.

Não estou dizendo que você deva fazer isso, apenas relatando uma experiência que ilustra que coisas inesperadas podem acontecer e revelar o seu sentido. Eu não acordava tarde, mas também não acordava cedo. Na verdade acordava em cima da hora, com direito a apertar o botão "soneca" do despertador até o limite. Já começava o dia errado, arrastado, atribulado. Isso não pode fazer bem.

Um dia li um artigo propondo um desafio, não de ir acordando um pouquinho mais cedo todo dia, mas de levantar às 5 da manhã todos os dias por 30 dias a partir do dia seguinte. O artigo era bem embasado, fez sentido pra mim e chegou no momento certo, como uma chuva no terreno semeado. Os 30 dias se passaram, me surpreendi como foi mais fácil do que eu achei que seria, os bônus foram muito maiores que os ônus, a experiência foi gratificante e percebi que incorporaria aquilo de modo permanente em minha rotina. 

Novos bons hábitos brotarão em você durante o ano sabático. 

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Quem acorda cedo é agraciado com o nascer do sol. Com essa energia o dia já começa bem.

8. Fazer um curso de idioma no exterior

Tem algumas coisas que não acontecem em nossas vidas que parecem ficar presas como um grito na garganta. Ou sei lá, como aquela dorzinha crônica em algum lugar do corpo que volta e meia vem e te incomoda. Seja o que for, pode ser que o período sabático seja o momento para o acerto de contas. Às vezes é melhor esquecer, desapegar, dar por encerrado. Mas quando é algo que você sabe que pode mudar, que será saudável, o melhor é se mexer!

Quando entrei na faculdade, no primeiro período, arrumei um bom emprego em banco. Estava comprometido com a minha independência, pagava todas as minhas contas e ainda guardava uma grana. Estava realizando alguns sonhos e, como nem tudo são flores, a realidade veio me contar que muitos sonhos são conflitantes e que faz parte da vida adulta enfrentar alguns dilemas. 

Eu queria muito fazer um intercâmbio, ir para exterior morar fora por um tempo e estudar inglês. Minha faculdade tinha alguns programas e convênios com universidades estrangeiras e volta e meia aconteciam feiras para expor as diversas possibilidades de estudar fora. Vi vários colegas fazerem as malas mas fiquei por aqui mesmo, pois se fosse perderia meu emprego. Julguei que os efeitos colaterais seriam muito duros.

Mais de 15 anos depois, com tanta água passada debaixo da ponte, aquele sonho ainda estava presente. Tinha chegado a minha hora de fazer as malas. Escolhi um curso de inglês para negócios em Toronto e foi na neve canadense que aqueci a alma com o sentimento gratificante de realização.

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9. Mudar para uma casa nova

O período sabático pode ser encarado como um momento de renovação. Com essa energia, pode ser que você queira mudar até para um novo lar. Combina com o contexto.

Achar uma nova casa ou apartamento exige tempo; realizar uma mudança e deixar a casa em ordem exige o que? Tempo. E obra então, adivinha...  Mas com com o sabático, finalmente, você terá tempo. 

Sem saber quando eu iria me mudar, eu já vinha esboçando como gostaria que fosse o próximo ap e provocava minha esposa a pensar também. Volta e meia colocava na lista coisas como um espaço maior pro filhão correr, uma vista legal, um ou outro detalhe de decoração... e assim ia sonhando com algo sem data certa de acontecer. Você também tem dessas de ficar viajando em projetos sem saber quando ocorrerão?

Pra mim funcionou. Quando o sabático apareceu, já sabia que era hora de executar aquele plano que até então não tinha data certa de acontecer. Morávamos em um apartamento alugado e decidimos seguir com o mesmo racional por trás dessa decisão. Então seria entregar um apartamento e buscar outro. Na prática não é tão fácil assim, dá um baita trabalho, mas te digo que foi um projeto pessoal que valeu todo o tempo que consumiu.

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Se na mudança não tiver uma caixa dessas cheias de fios que a gente nunca vai usar, mas mesmo assim insiste em guardar, eu nem me mudo.

10. Planejar com calma o retorno ao trabalho

Não podemos nos esquecer de que é um sabático e não uma aposentadoria, ou seja, o trabalho está logo ali te esperando. E isso é bom, acredite, sobretudo depois de ter tido a oportunidade de um merecido e vigoroso descanso. Você vai querer voltar ao trabalho e vai sentir falta dele, ou pelo menos das coisas boas. 

Devem surgir oportunidades e é bom avaliar tudo, mas com muita calma e serenidade, não deixando a ansiedade provocar um movimento precipitado. O período é propício para manter a mente aberta, reavaliar conceitos, olhar as coisas sob uma perspectiva diferente. Quando estamos no meio de algo, nossa visão se torna limitada; ao afastarmos, conseguimos captar contornos que antes não era possível observar. 

Acabei dividindo o sabático em duas partes. Nos primeiros 06 meses, não queria saber de muita coisa relacionada ao trabalho. Fiz viagens, encontrei amigos e estive bem concentrado em projetos pessoais, como vários mencionados aqui. Na sequência, resolvi estabelecer uma rotina mais voltada aos estudos e avaliações sobre meu retorno ao trabalho.

Acho que tudo o que fiz, seja voltado diretamente ao planejamento profissional ou não, acabou convergindo para que eu me sentisse seguro e preparado para o retorno, na medida em que me fortaleceu como indivíduo. Com humildade, pude avaliar minha jornada até aqui, repassei inúmeros erros e acertos, consegui avaliar coisas que devo evitar e outras que devo buscar. 

Nesse processo escolhi estar aberto a diversas possibilidades e o tempo mostrou que a paixão por empreender faz de fato parte da minha natureza. Estudei algumas possibilidades distintas, algumas coisas bem interessantes e inclusive novas pra mim, que talvez sejam sementes a serem germinadas em algum momento. 

Por agora, recomeço na mesma área que passei os últimos mais de 10 anos: e-commerce. Com um modelo de negócio diferente da minha empresa anterior, inicio um negócio do zero, com um propósito muito claro e forte de contribuir de maneira estratégica para que as pessoas e empresas possam prosperar neste mundo que vivemos, cada vez mais conectado. 

Sei que há muito para fazer e a construção passará pela formação de um time com pessoas talentosas com sede de fazer parte de uma organização que busca não apenas o seu sucesso, mas, em primeiro lugar, o sucesso de todos a sua volta.

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Home office e primeiro dia de trabalho na nova empresa, a Traction Digital: www.tractiondigital.com.br.

Espero que as dicas tenham sido úteis e inspirado você a pensar também um pouco além do trabalho, a esboçar sonhos e a refletir sobre o equilíbrio e a qualidade de vida. Você merece uma vida repleta de realizações!


Marta Passos

Gerente Adm Comercial & Mkt Digital

1 a

👏👏👏

Galileu Rabelo

Sócio Diretor na Semear Treinamento Empresarial

4 a

Isso, Leo! Bola prá frente que na frente tem gente!!!

Olá Xará., finalmente separei um tempo para ler seu texto, acho até que estou precisando de um sabático para isso! ehehe Excelente relato, super inspirador, obrigado por compartilhar! Muito sucesso na nova empreitada, você merece!

Galileu Rabelo

Sócio Diretor na Semear Treinamento Empresarial

4 a

Oi Leo! Espetacular! Muito bem descrito, com visuais lindos e sugestões super interessantes!

Alex Costa

Conselheiro Independente | Reestruturador de Empresas | Turnaround | Gestão de Crise | Recuperação de empresas | Estrategista em Finanças

4 a

Parabéns Leonardo pela coragem e obrigado por contribuir contando suas experiências e aprendizado. É encorajador como relatou sua experiência. Abraços e muito sucesso.

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