Já rebobinou sua mente hoje?

Hey, amore! Como você está se sentindo agora?

Tenho percebido que muitos dos meus amigos e alunos não conseguem me dar uma resposta clara quando eu faço essa pergunta. Eles não conseguem entender ao certo como estão se sentindo e a confusão de sentimentos provoca uma confusão mental. Se esse for seu caso, hoje ou algum outro dia, rebobine a fita para encontrar uma resposta:

Rebobine a mente: Comece a perceber suas principais atitudes e se há padrões de comportamento na sua rotina. Por exemplo: você tem esquecido até das coisas básicas ou está totalmente consciente das suas atividades? Você tem se estressado e até surtado com facilidade ou sente calma e tranquilidade na maior parte do dia? Você tem sentido curiosidade em ouvir pessoas ou preguiça de ter conversas mais profundas? Essas observações podem te dar respostas valiosas sobre seu estado emocional.

Uma amiga minha estava muito preocupada com seu esquecimento, até para as coisas mais básicas. Confundia horário de médico, aniversário de pessoas importantes e chegou a esquecer o celular em cima do carro, antes de começar a dirigir (seus anjos da guarda estavam de prontidão e ela conseguiu perceber antes que ele caísse). Ela também me contou que estava perdendo a cabeça mais fácil com os filhos e, como ela tem um temperamento calmo, não entendia porque estava tão estressada.

Eu mesma tenho experimentado esse esquecimento e estresse alguns dias: esqueço onde coloquei minhas chaves, se respondi o áudio que ouvi e quais reuniões tenho no dia seguinte (meu planejamento nessa hora faz TO-DA a diferença). Isso tem acontecido com você?

Fadiga mental: o que é?

Se você está constantemente na frente das telinhas e consumindo muitos conteúdos, você corre o risco de sofrer com a fadiga mental. Percebo que nos dias que ouço mais as preocupações de alunos e de amigos, ou que vejo mais notícias ruins, minha mente fica sobrecarregada e estressada com o excesso de informações.

E embora o pior período da pandemia possa ter passado, não vamos esquecer o seu custo emocional e mental.

Apesar de ainda não termos ideia clara das consequências do isolamento, do medo, das notícias e da própria doença, já está claro em várias pesquisas que a pandemia teve grande impacto nos níveis de estresse, sono e na saúde mental das pessoas. Tudo isso afeta o nosso bem-estar cognitivo, levando a uma performance inferior em tarefas que demandam mais atenção, memória e tomada de decisão.

Dá para rebobinar a mente, mas não o tempo. Como lidar daqui para a frente com essa fadiga mental e emocional? Separei algumas estratégias para você!

Estratégias da Paula para acalmar a mente e o coração

1. Relacione-se melhor consigo mesmo: A pior coisa que você pode fazer consigo mesmo se está sofrendo de fadiga mental é sentir culpa. A culpa pode te fazer gastar uma energia imensa aumentando suas preocupações e te fazendo secretar hormônios do estresse. Permita-se sentir amor por você mesmo. Isso não significa que você irá se vitimizar e justificar seus lapsos, e sim que irá encontrar formas de lidar melhor com a fase de vida que está passando: o que pode até incluir pedir ajuda.
2. Tenha conexões mais reais: Pense em um dia muito difícil, que você recebeu a ajuda de alguém querido. Como isso ressignificou esse momento? Como te ajudou a acalmar o sofrimento e a dor emocional? As conexões têm um grande poder no nosso bem-estar cognitivo e até físico. Gosto de dizer que somos feitos para conexão, porque liberamos hormônios da felicidade (como a ocitocina) ao sentirmos amor. Conexões de qualidade preenchem a necessidade humana básica de pertencimento.

1. Cuide da sua saúde física: Quem tem ou já teve o hábito de praticar atividades físicas conhece bem a sensação do corpinho inundado com a endorfina. Não é à toa que exercícios ajudam a combater até a depressão! E sem essa desculpa de que você irá se cansar mais em uma rotina já cansativa: a atividade física aumenta sua disposição e produtiva, devido ao aumento da circulação sanguínea e da oxigenação do corpo e do cérebro. O combo atividade física + alimentação + hidratação faz toda diferença para a cognição - e é uma prova de amor próprio!
2. Seja intencional nos conteúdos que você consome: Comentei ontem com um amigo quanto todos nós estamos mais ansiosos com o excesso de informações que a tecnologia nos traz. Apesar desse acesso trazer muitas vantagens para nosso dia a dia, também impacta negativamente nosso potencial cognitivo. Portanto, seja seletivo na qualidade e na quantidade dos conteúdos que você consome. Fica difícil organizar seu planejamento se você passa muito tempo aflito e ansioso ouvindo notícias ruins. Lembre-se: você pode até não controlar o que acontece ao seu redor, mas pode controlar como acessa as informações ao seu redor. Veja mais o @midiamor na rede vizinha :)
3. Desafie-se com novas atividades: Sabe aquela frase clichê "qual foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?". Os desafios cognitivos ajudam a manter o cérebro ativo e a estabelecer novas rotas de conexão neurais, que podem mudar a nossa perspectiva e capacidade de encontrar soluções diferentes para os mesmos problemas. Se você associar um novo aprendizado a um objetivo (ex.: conseguir correr 5k para participar de uma prova; aprender a falar italiano para viajar à Itália), você pode tornar a tarefa mais divertida e provar ao seu cérebro que você é capaz de atingir suas metas!

Espero ter te inspirado hoje. Comente, que vou amar saber. 💖

Eu sou a Paula Roosch, apaixonada por conexão e propósito. Educadora e mentora em inteligência emocional, life design e comunicação não violenta, fundei o Midiamor, uma rede que cria conteúdos de empatia para transformam pessoas e conexões. Sou especialista em Inteligência Emocional e Empatia no ambiente de trabalho pela Universidade de Berkeley | Felicidade Cultura Organizacional | Desenvolvimento Humano, CNV e Compaixão. Conecte-se comigo na rede social ao lado @ midiamor e @ paulamidiamor