Janeiro: como podemos preencher esta nova página em 2021, com saúde mental?
Após vivermos um ano tão desafiador e aterrissarmos em 2021 ainda em um cenário incerto diante da pandemia e economia, eu pergunto a vocês, como querem preencher esta nova página?
Acredito que para todo recomeço é necessária uma estratégia, digamos assim, um ponto de partida. Eu poderia listar aqui infinitas dicas do que você pode fazer para ter sucesso, ser feliz, conquistar aquele amor ou aquela posição tão desejada, aliás é o que mais vemos por aí, felicidade em fórmulas. Sinto dizer, nada disso será atingido sem antes você decidir buscar o autoconhecimento e respeitar suas emoções.
Acredito que a estratégia número um para 2021 é buscar trabalhar a saúde mental e compreender definitivamente que o autocuidado não é perda de tempo, baboseira, “coisa de maluco” ou outras afirmativas clichês de quem, sinceramente, tem medo ou insegurança de buscar as raízes de todas as emoções que limitam e impedem de progredir.
Você sabe o que é saúde mental?
Que 2020 foi um ano que tirou todos da zona de conforto e promoveu um chacoalho geral, isso é fato! Para alguns, foi um momento de grandes oportunidades positivas e para outros foi momento de enormes desafios, porém, o que promoveu nossa chegada até 2021 foi a habilidade de sustentarmos nossas emoções, de aceitarmos toda a vulnerabilidade do momento e a nossa também.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é caracterizada por um estado de bem-estar no qual uma pessoa é capaz de apreciar a vida, trabalhar e contribuir para o meio em que vive ao mesmo tempo em que administra suas próprias emoções. Em palavras simples, é conseguir lidar tanto com sentimentos positivos quanto negativos.
O tema é tão importante que um grupo de psicólogos mineiros criou a campanha Janeiro Branco, que tem como objetivo aproveitar a simbologia do início do ano para chamar atenção do público em geral sobre os cuidados com a saúde mental.
O que você tem feito para cuidar da sua saúde mental?
Em meio a um turbilhão de responsabilidades que a rotina nos impõe, muitas vezes, deixamos de lado a saúde mental por colocarmos na caixinha do “Não tenho tempo para isso agora!”, no entanto, como já dizia Quino com sua personagem mais emblemática Mafalda: “Como sempre o urgente não deixa tempo para o importante!”, um tapa na cara né? Afinal, entre todo patrimônio e responsabilidades, se não nos colocarmos como importantes, quem colocará?
Com este gancho, faço uma provocação saudável: quando você tirará aquele projeto pessoal do papel e simplesmente encontrará tempo para se cuidar? Pense nisso!
Abaixo dicas simples, compartilhadas pela OMS, para você começar a cuidar da sua saúde mental:
· Realize atividade física regularmente;
· Mantenha uma alimentação saudável;
· Cultive bons relacionamentos;
· Evite relações tóxicas e poupe o estresse;
· Pare de perder tempo com quem não quer se melhorar;
· Crie um diário de emoções. Anote como se sente. Anote as boas coisas que lhe aconteceram. Perceba as situações estressantes e que te desestabilizaram.
Agora, qual é a responsabilidade das empresas neste contexto?
Vamos ser francos, as empresas estão aprendendo e se adaptando a toda esta instabilidade também, por isso, não existe uma fórmula mágica. O que é perceptível é que as companhias que definitivamente enxergaram valor no capital humano e se reformularam mais rápido saíram na frente.
Segundo a OMS, as doenças emocionais são as segundas maiores causas de afastamentos e incapacitações para o trabalho. Vocês têm noção disso?
Um desafio e tanto, concorda? E nos questionamos, de quem é a responsabilidade? Para todo desafio, sempre se procura um culpado, não é mesmo? Porém, no caso de saúde mental buscar “culpados” seria até leviano.
O modelo de trabalho insano já não se sustenta mais e é vital cuidar da saúde do trabalhador. Todos os envolvidos estão de acordo que cuidar da saúde emocional do trabalhador é fundamental e toda pressão acaba direcionada para o RH.
É trabalho do RH tratar desta temática? Sim, com certeza! A área consegue sozinha? Claro que não! É necessário que exista real apoio neste desafio como: capacitação, recursos financeiros e projetos estruturados com adesão da alta direção da empresa. Tem mais relação com a cultura e os valores da empresa, do que com métodos e processos, você concorda?
Daí fica o questionamento, iremos esperar todo um contexto mudar para mudarmos também? Acredito que não e, com isso, precisamos ter uma empatia elevada durante todo o processo e com todos a nossa volta.
Não existem eleitos e nem imunes. Todos temos as mesmas vulnerabilidades. Não é castigo, azar ou falta de Deus. Não é fraqueza ou “mimimi”. Você não é culpado por ter adoecido emocionalmente e nem responsável por alguém perto de você ter adoecido também.
A questão crucial aqui é: vamos cuidar da nossa saúde mental hoje?
Por fim, me conta se você julga importante que sua empresa ofereça algum tipo de apoio emocional ou, se já existe, como é realizado. Compartilha comigo? Vou adorar saber!
HRBP Industrial | DHO | DE&I | Mentora
3 aSalvando aqui para ler no sábado! 🤍
Gente, Cultura e Gestão de RH | Consultoria em Diversidade Etária (50+) | Desenvolvimento de talentos | Liderança
3 aDo meu auto cuidado cuido eu, apenas. Diante de uma enxurrada de péssimas notícias no âmbito mundial, procuro sempre fazer a minha profilaxia mental à noite. Uma boa meditação, alguns minutos dedicados para agradecer e focar naquilo que foi bom durante o meu dia.