A jornada da economia aberta

A jornada da economia aberta

O Pix completa 2 anos e meio no começo de abril. Lançada em outubro de 2020, a tecnologia de transferências financeiras automáticas mudou a rotina do mercado. A rigor, o Pix é parte do movimento Open Finance (Finanças Abertas), que consiste na integração das bases de dados de bancos e fintechs. Essa troca de informações abre várias oportunidades para empresas e clientes. Os bancos podem otimizar soluções a partir de um melhor entendimento do comportamento do consumidor. Já o cliente, dono de seus dados pessoais, obtém vantagens em várias frentes – como taxas, prazos e linhas de crédito.

O Open Finance, entretanto, é só a ponta do iceberg. Em breve, as fronteiras da integração do mercado não existirão mais, fazendo emergir o conceito de Open Economy. Essa economia aberta, alicerçada em dados, já começa a aparecer em áreas como seguro (Open Insurance) e saúde (Open Health). A sua viabilidade passa pela tecnologia. Aqui, o protagonismo caberá às cadeias de startups, que oferecem suporte de inovação às empresas tradicionais. Não à toa, de julho de 2021 a julho de 2022, o número de marcas que contrataram serviços de startups no Brasil aumentou 30%, movimentando R$ 2,7 bilhões. E mais: desde 2016, o volume de negócios fechados entre gigantes e startups aumentou 94 vezes (os dados são da 100 Open Startups).

Uma economia conectada influencia em diferentes áreas do cotidiano e na forma como vivemos. O Rio Grande do Sul, inclusive, começa a se tornar um polo para debates desse tipo. Um exemplo é o evento Smart Cities Park, sediado em Nova Petrópolis. O encontro, realizado em novembro, analisou soluções para as chamadas cidades inteligentes – estruturas urbanas amplamente conectadas. O tema insere a gestão pública no conceito de economia aberta. A segunda edição já está marcada para novembro deste ano, novamente na cidade serrana.

Já Porto Alegre hoje repete a dose do South Summit Brazil, promovendo um dos principais espaços do país para debates sobre inovação e empreendedorismo. Movimentos assim demonstram a abertura do Rio Grande do Sul a pautas disruptivas, que são sinônimos de novos modelos de negócios. Exatamente como foi o Pix. Mesmo que ainda tenhamos um longo caminho a percorrer, a jornada da economia aberta já teve seu pontapé inicial. Basta clicar no aplicativo do seu banco.

Rafael Menezes Kulmann

Sócio e Gestor Comercial na Decisão Sistemas de Gestão Empresarial. Especialista em Software ERP com 20+ Anos de Experiência. Orientando Clientes nas Melhores Práticas de Utilização do Sistema

1 a

Mauricio, Gostei do seu post. Obrigado por compartilhar.

Lucia Costa

Managing Partner @SOUL hr consulting | Executive Coaching | Driving Career Movement, Strategy and Growth

1 a

Excelente Maurício!

Wladimir Constante

CEO and Founder | Conselheiro

1 a

Excelente transformação financeira e tecnológica, e o PIX em si. Porém, sou contra o compartilhamento de bens e dados confidenciais, mesmo com a bandeira de ter empréstimos mais baratos. Vou ler o artigo, sim. Deve ser bastante interessante.

Nilson de Melo Marins

Engenharia, manutenção e ou operação com experiência em fabricas de papel e celulose

1 a

Muito bom

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