Juventude conectada e os impactos na educação
Sandhra Cabral
Jornalista, CEO Educar para Ser Grande, formadora de professores e lideranças, docente universitária, consultora em Gestão da Comunicação Escolar, educomunicadora, Mestre em Inovação na Comunicação de Interesse Público
De 17 a 19 de agosto, durante o Sexto Congresso de Pesquisa do Ensino - Educação e Tecnologia - Sinpro 2017, em São Paulo, apresentei pôster derivado de artigo acadêmico, "Juventude Conectada: aspectos educomunicacionais" produzido em conjunto com o prof. dr. Elias Goulart, meu orientador no Mestrado Profissional em Inovação na Comunicação de Interesse Público na USCS.
O artigo foi redigido com base em resultados de pesquisa realizada no início do ano junto a estudantes de duas universidades do ABC Paulista, com o objetivo de investigar o uso da Internet por meio das TDM entre alunos universitários, sua presença nas mídias sociais e a possibilidade educacional de seu uso.
Investigou-se 168 alunos dos cursos de Engenharia Mecânica (46), Ciência da Computação (18), Comunicação (43) e Nutrição (61) em 2 instituições superiores municipais no mês de março de 2017. O perfil dos estudantes foi 57,1% homens e média de 23,4 anos (± 6). Informaram gastar diariamente (valores médios) 14,4 horas na Internet, possuir 542,6 amigos virtuais; deles 26,4% tinham professor entre os amigos virtuais. As mídias sociais mais usadas foram: WhatsApp (98,8%), Facebook (92,9%), Instagram (78,2%), Snapchat (52,9%) e Twitter (47,1%). As mídias sociais podem ser usadas para educação por 18,0% deles.
Além disso, 23,8% deles informaram tirar foto das lousas das aulas, enquanto 7,1% nunca o fazem e 69,0% eventualmente. Poucos gravam as aulas (3,6%), enquanto 56,0% nunca gravam e 40,5% eventualmente.
Os resultados obtidos a partir do levantamento mostraram o acesso diário intenso à Internet desse grupo de estudantes, a presença massiva dos estudantes nas mídias sociais, e as possibilidades de uso dessas mídias para suporte educacional. O estudo deve prosseguir com a análise dos compartilhamentos de conteúdos educacionais pelos estudantes e dos aplicativos mais empregados.
Referências:
PISA, Simone H. A apropriação do Whatsapp como recurso inovador no curso de formação de professores. 2016. 125f. Dissertação em Comunicação. USCS, São Caetano do Sul, 2017.
SARTORI, Ademilde. A EDUCOMUNICAÇÃO COMO RESPOSTA POSSÍVEL ÀS INTER-RELAÇÕES ENTRE COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO: PROMOÇÃO DE ECOSSISTEMAS COMUNICATIVOS. XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. INTERCOM, Curitiba: 2009.
Informações: sandhra@educarparasergrande.com.br