KANBAN

O que é Kanban ?

É um dos instrumentos essenciais que integram no Sistema de Produção Just in Time.

Significado Funcional: Ele é uma identificação de pedido de trabalho.

Significado Literal: Um cartão contendo identificações visíveis.

Origem do Kanban

Foi uma idéia de Ohno tirada dos supermercados americanos, em 1956.

1- O cliente obtém o que é necessário;

2- O cliente obtém no momento que é necessário;

3- O cliente obtém na quantidade que é necessária;

4- O fornecedor repõem de acordo com a demanda.

Conceitos Kanban

"...É um sistema de informação, desenvolvido para coordenar os vários departamentos de processo interligados dentro de uma fábrica..."

"...O Kanban é uma ferramenta prática da manufatura JIT, e representa um Sistema Logístico de Puxar o controle da produção e a movimentação do material em processo..."

Sistema de Puxar

1-O material é retirado pelo cliente "processo subsequente" conforme o necessário;

2-O Fornecedor "processo precedente" produz, então, as peças retiradas pelo processo subsequente;

3-Peças com defeito não são enviadas para o processo subsequente;

4-O numero deve ser minimizado.

Exemplo de Kanban Interno

Na Fábrica que determina o ritmo e as quantidades é a Montagem Final. Esta recebe programação diária, e por sua vez faz requisições à Usinagem, que se abastece na Forjaria, que finalmente busca matéria prima no Almoxarifado.

Puxar x Empurrar

Kanban é...

" ...Sucção por Necessidades ao invés de Planejamento por Pressão..."

Lógica Kanban

2 Principais Funções

Função 1: Agir como um sistema nervoso autônomo do Sistema de Produção Just-in-Time;

Função 2: Elaboração de melhorias na fábrica;

Função 1

Nervoso Autônomo da Produção

Uma organização é como um corpo humano, logo é um sistema que funciona independente dos desejos e reage a comandos de forma inconsciente.

Trabalhar em sistema kanban significa fazer julgamentos autonomamente no nível mais baixo possível, é dar liberdade aos operadores definirem o que produzir, quando produzir, em que sequência.

Função 2

Melhorias na Fábrica

O Kanban é uma ferramenta de controle visual on line. Esta informação deixa clara aos gerentes e supervisores o que se deve ser feito;

É uma ferramenta para promover as melhorias contínuas (reduzir o número de Kanbans auxilia a encontrar as perdas escondidas na fábrica).

Estoques e problemas

Resumo

Vantagens do Kanban

- Minimização de Estoques;

- Localização de Problemas;

- Mais Produtividade;

Lógica Kanban

Tipos de Kanban

- Kanban de Produção: 

Esse kanban originalmente encontra-se na caixa (container) ou na prateleira do supermercado de produtos prontos.

No instante que o processo subsequente (cliente) retira os itens do supermercado, o cartão retorna ao quadro kanban, sinalizando a necessidade de produzir a quantidade de peças retiradas.

- Kanban de Transporte de Retirada:

Funciona como uma requisição de materiais ou peças da operação imediatamente anterior aquela que se está executando no momento.

- Kanban de Transporte de Fornecedor:

É um kanban de retirada utilizado para transferência entre empresas JIT. Não deverá existir armazéns especiais ou depósitos extras, portanto no cartão deverá constar informações de locais, fábricas, centro produtivo...

- Kanban de Nível:

É utilizado para itens que ocasionam gargalos em algum centro produtivo.

- Kanban de Emergência:

Este cartão também tem o caráter temporário sendo emitido face as seguintes ocorrências:

a) reposição de itens defeituosos;

b) haver problemas com as máquinas;

c) inserções extras;

d) operações de emergência em finais de semana.

Deve ser retirado de circulação assim que resolvida a situação de emergência.

Como implantar um Sistema Kanban 

1- Fase de Projeto:

- Estudar o comportamento das demandas;

- Estudar os fluxos de produtos;

- Interagir com as áreas de estudo e PCP;

- Construção da árvore de falha/ 8D/ Planos de Ação;

- Estabelecer medidas alternativas (baixos volumes, reposições, etc..)

- Avaliar e otimizar os Lead Times na fábrica;

- Definir lógica de puxar entre as operações chave;

- Dimensionar supermercados e kanbans;

- Definir os sistemas de sinalização e informação;

- Medir (Melhoria Contínua x Níveis de Estoque);

2- Fase de Implantação:

- Treinamento para as lideranças;

- Treinamento amplo nas operações;

- Investimento em subsídios do sistema;

- Confecção dos cartões kanban de produção;

- Montagem dos quadros de Produção Kanban;

- Documentação lógica de fucionamento.

3- Fase de Manutenção:

- Controle de cartões Kanban;

- Integridade e limpeza dos cartões kanban;

- 5S do quadro kanban;

- Redimensionamento do número de cartões kanban, conferir demanda;

- Redimensionamento do número de cartões kanban após melhorias realizadas;

- Análise e planos de ação para as "rupturas" ocasionadas.

4- Fase de Auditoria:

- Utilização da ferramenta conforme implemetação;

- Dimensionamentos;

- Correspondência Biunívoca entre Quadro e Cartões;

- Correspondência Biunívoca entre Cartão e Embalagem de Peças;

- Preenchimento dos Cartões;

- Limpeza e Integridade dos Cartões;

- O fito está sendo respeitado.

Dimensionamento

Existem algumas formas de dimensionamento para a implantação do sistema kanban. A escolha da técnica mais adequada poderá ser feita mediante o estado de controles da empresa:

- Método 3 sigma;

- Método de Tentativa;

- Método de "Ponto de Pedidos";

- Método de "Número de ótimas trocas";

- Método de "Tempo de Entrega".

Dificuldades de Implantação do Kanban no Brasil

- Baixa escala de produção na indústria nacional;

- Mix de produtos elevados (alta variedade);

- Problemas no fornecimento de matérias primas;

- Baixa eficiência dos equipamentos.

O que é Importante

ELIMINAÇÃO DE PERDAS

PRODUÇÃO UNITÁRIA - SMED

MOMENTO EXATO - JUST IN TIME

QUALIDADE - 100%

CONTENEDOR PADRÃO - Respeite o Fifo

DISCIPLINA - Não Facilite as exceções, não quebre o galho

SINCRONIZAÇÃO - Torne os problemas visíveis

SUPERMERCADO - O cliente busca o que necessita

FLEXIBILIDADE - Flexibilize a produção para atender as demandas

Referências Bibliográficas

GHINATO, P. Sistema Toyota de produção: mais do que simplesmente Just-In-Time. Revista Produção, v. 5, n. 2, Belo Horizonte, Brasil, 1995.

MONDEN, Y. Produção sem estoques: uma abordagem prática do sistema de produção da Toyota. São Paulo: IMAM, 1984.

MONDEN, Y. Toyota Production System; an integrated approach to just-in-time. Georgia - USA: Engineering Management Press, 1991

MOURA, R. A. Kanban a simplicidade do controle de produção. São Paulo: IMAM, 1989.

OHNO, T. O Sistema Toyota de produção – além da produção em larga escala. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

TUBINO, D. F. Manual de Planejamento e Controle da Produção. São Paulo: Atlas, 2000.

TUBINO, D. F. Sistemas de Produção; a produtividade no chão de fábrica. Porto Alegre: Bookman, 1999.

SEVERIANO FILHO, C. Produtividade & manufatura avançada. João Pessoa: Edições PPGEP, 1999.

VILLAR, A. M.; SILVA, L. M. F. & NÓBREGA, M. M. Planejamento, Programação e Controle da Produção. Editora Universitária da UFPB, João Pessoa – PB, 2008.