Kryptus desenvolve sistema de defesa cibernética do Brasil.
A Kryptus, empresa de Campinas especializada em criptografia e segurança da informação, vai desenvolver o primeiro sistema autônomo inteligente de defesa cibernética do governo brasileiro.
A empresa foi escolhida em uma seleção pública organizada pelo Ministério da Defesa (MD), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O valor total do projeto é de R$ 10.903.316,16. Desse total, a Finep forneceu R$ 7.768.121,76. Com isso, a contrapartida da Kryptus foi de R$ 3.135.194,40.
Batizada como Projeto Typhon, a iniciativa foi desenhada com a BluePex, paulista especializada em segurança da informação com foco em defesa, controle e disponibilidade, em conjunto com os Institutos de Ciência e Tecnologia (ICT) do Centro de Análises de Sistemas Navais (Casnav) e com a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O sistema criado pela Kryptus atua em diversas camadas de comunicação, incluindo end-points, rede e organização para proteger a troca de informações entre instituições e detectar vazamentos de dados e tráfego suspeito.
Para isso, o projeto se baseia em técnicas de inteligência artificial e recursos avançados de segurança e criptografia.
A execução do Projeto Typhon tem um prazo de 36 meses, iniciados em janeiro deste ano, apoiado financeiramente pelo Finep.
"Com amplo investimento em pesquisa e costura de parcerias estratégicas, a Kryptus, ao longo de duas décadas, contribuiu para a autonomia do país em relação às tecnologias de segurança cibernética, pauta sensível, principalmente, aos setores ligados à Defesa", comenta Roberto Gallo, fundador e CEO da Kryptus.
A priorização do Ministério da Defesa por tecnologia 100% nacional rendeu ainda à Kryptus o reconhecimento como Empresa Estratégica de Defesa (EED), o que acarretou, em 2020, um aporte de R$ 20 milhões do Fundo de Investimento Aeroespacial (FIP), que tem a Embraer como principal investidor.
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"Ser uma EED provedora de soluções de segurança e criptografia com tecnologia nacional posiciona a Kryptus como uma das principais parceiras estratégicas da Defesa, garantindo a interoperabilidade segura das Forças Armadas para a manutenção da soberania do país", ressalta Gallo.
Fundada em 2003, a Kryptus é uma fornecedora da área de defesa do governo há tempo.
No Brasil, a Kryptus é fornecedora de soluções criptográficas para as três Forças e Ministério da Defesa, além de outros entes e órgãos críticos, como Abin, MRE, ITI e TSE. Atua também em programas estratégicos como SISFRON, AC-Defesa, LinkBR2 e RDS-Defesa.
A empresa ainda é responsável por soluções de nível governamental para instituições como a Marinha do Peru e o Exército da Colômbia, além de ter entre seus clientes empresas como BSH, uma subsidiária da Bosch, Claro Brasil, Certisign, Iron Mountain, iFood e Embraer.
Em atuação desde 2005, a BluePex trabalha com soluções de segurança cibernética projetadas para PMEs, com soluções como firewall, antispam, nuvem de backup, monitor de data center, controle e proteção de endpoints mais servidores.
Assim como a Kryptus, a Bluepex é considerada pelo Ministério da Defesa como uma Empresa Estratégica de Defesa (EED).
A BluePex tem mais de 1 mil clientes como Santuário Nacional Aparecida, Totvs, Unimed, Xmobots, Ceasa Campinas, ePharma e Hospital Estadual Mário Covas.