Líderes Inspiradores #22 - Caio Bonatto
“Meu primeiro brinquedo foi um balde e um martelo, ia catando pregos no chão e depois ficava em casa desentortando”
O pai de Caio era dono de uma pequena construtora em uma pequena cidade no litoral do Paraná, e a sua tarefa era buscar pregos tortos para "reciclar". Pela convivência, e influência de sua criação, ele sempre desejou cursar Engenharia Civil.
Mas o desapontamento veio logo no primeiro ano de faculdade, ao notar que a Engenharia civil ainda era muito regrada pelas mesmas práticas de séculos passados, muito desperdício, tarefas artesanais e pouca produtividade. Ainda no meio da faculdade, junto de um primo e outros amigos resolveu montar uma empresa cujo único propósito era de trazer novas práticas e tecnologias para aplicar a construção civil no Brasil. Assim surgiu a Tecverde.
Seu pai emprestou um pequeno escritório e um computador antigo, e com pouco dinheiro e muita vontade procuraram parceiros para trazer estas novas tecnologias. Encontraram então a Federação das Indústrias e do Comércio, que financiou uma viagem de um grupo de empresários para conhecer novas tecnologias na Alemanha e entre eles estavam Caio e Lucas, primos e sócios na TecVerde.
Conversando então com algumas empresas alemãs, conseguiram uma parceria com uma empresa de Construção civil especializada na técnica wood frame, que são casas com estrutura da madeira, pré fabricadas e montadas no local. Juntaram então cerca de R$300 mil para investir no negócio, importar a tecnologia, comprar máquinas e equipamentos, contratar funcionários e também a matéria prima. Fabricas deste tipo de tecnologia costumam custar um mínimo de R$2 milhões, portanto era de se imaginar que a fábrica inicial seria extremamente simples e com pequena capacidade de produção.
Ao receber a primeira máquina, os próprios sócios abriram e montaram o equipamento, e no dia do treinamento, o funcionário alemão que veio ensinar como funcionava a tecnologia, encontrou uma máquina que chamou de "brinquedo" e 4 funcionários para treinar.
Ainda assim, a primeira casa foi construída e o negócio começou a caminhar, ainda que muito devagar, vendendo uma casa por mês quase quebrando em alguns momentos. Acontece que não havia regulamentação deste tipo de construção no país e portanto era proibido o financiamento destas casas. Iniciaram então a procura por um banco que pudesse auxiliar na regulamentação do financiamento deste tipo de construção. Por acaso, em um evento de empreendedorismo da Federação das Industrias do Paraná, Caio conheceu o Vice-Presidente de Negócios Sustentáveis do Banco Santander, e o convenceu a marcar uma reunião de 5 minutos para apresentar o negócio ao banco.
Então a apresentação de 5 minutos, se transformou em uma conversa de quase 1 hora e o Santander confiou nessa pequena empresa. Um grande Banco, viu naqueles jovens cheios de vontade e propósito, um bom investimento e isso aumentou a confiança deles. A Tecverde conseguiu então financiar casas e concorrer em licitações para projetos de construções de baixa renda e casas do "Minha Casa, Minha Vida".
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Vinícius Silva Mourão
Consultor de Negócios e Fundador da Gerencial VSM