A lei de Gerson dos empreendedores e Empresários

O Brasil do jeitinho brasileiro da “lei de Gerson” do levar vantagem está com os dias contatos , ainda bem.

No país onde ainda temos uma visão dos empresários como sendo pessoas do mau e que se aproveitam dos outros, infelizmente de tempos em tempos vemos alguns exemplos de que ainda existem sim empresários assim. Mas a boa notícia é queeste tipo de empresário (minoria felizmente) está com os dias contados. Seja pelo resultados de suas ações desastrosas, seja porque as pessoas que o cercam não compactuam com este tipo de comportamento e isto é um bom sinal. 

Empreender no Brasil não é para os fracos (estou neste mundo há 9 anos) empreendemos apesar das condições do nosso país. Mas mesmo assim, não há desculpa para ser antiético. Devemos brigar sempre para melhorarmos as condições mas nunca usar isto como desculpa para cometer desvios. É uma luta diária, mas devemos ficar sempre atentos.

Mas o que seriam estas pequenas corrupções diárias ? Vou dar alguns exemplos aqui:

• Mentir sobre habilidades criando falsos históricos pessoais dos fundadores da empresa. Ter preço com NF e preço sem NF
• Em dificuldades financeiras priorizar o pró-labore e não o salários dos funcionários
• Mentir (inflar) sobre números e informações da sua empresa
• Tratar colaboradores com desrespeito e com agressividade.
• Em casos extremos (mas que ainda existem) tratando colaboradores em condições análogas à escravidão E até usando mão de obra infantil. Nem parece que estamos em 2016
• Enganar fornecedores pedindo propostas e depois copiando as soluções e não contratando os fornecedores
• Copiar tudo que o concorrente faz sem a mínima culpa, copiando ações, conteúdo, abordagem, textos, imagens, nome semelhantes etc.
• Captar clientes do concorrente de forma desonesta usando meios ilícitos de conseguir os contatos destes clientes (já vi inúmeros casos) . Construir a própria história é o melhor caminho.
• Enganar clientes com falsas promessas de resultados dos produtos ou serviços que sabe não são reais. Ou seja, o famoso “gato por lebre” ou ao invés de storytelling o Story+lies
• Pagar colaborador por fora para não pagar impostos. O imposto é alto? Vamos brigar para mudar.
• Tratar fornecedores com desrespeito, só pelo fato de serem fornecedores, ignorando que também levam a imagem da sua empresa.
• Não registrar funcionário para que ele possa receber seguro desemprego mesmo estando empregado
• Contratar estagiários não para treinar, mas como mão de obra barata.
• Fazer acordo com funcionários para sacar FGTS
• Não repassar impostos descontados dos funcionários

A lista com certeza pode ser maior, mais o importante é que felizmente a esmagadora maioria dos empreendedores e empresários não são antiéticos e são pessoas com propósito, batalhadoras e que levam nosso país pra frente. Acredito demais que o empreendedorismo pode mudar a realidade do nosso Brasil.

O lado bom desta história é que hoje vivemos num mundo onde as pequenas corrupções não são toleradas, nem aceitas como eram a alguns anos atrás e que ao mínimo sinal de ações fora do ambiente da ética todos se manifestam e demonstram o poder da sociedade civil organizada contra os males da corrupção que não importa o seu tamanho.

Ana Fontes

Fundadora da Rede Mulher Empreendedora 

www.rme.net.br