Leitura para hoje, amanhã e sempre

Eu li 30 livros neste ano de 2020 (em primeiro lugar porque eu gosto, e depois porque a Netflix está sempre "ocupada" em casa kkk). Não tenho nenhuma meta específica de leitura, mas vou lendo o que aparece e o que eu me conecto por diversas razões.

Aproveitei o finzinho de ano para olhar pra trás e ver por onde andei. É uma releitura interessante. Li autores de 13 nacionalidades diferentes, sendo 11 deles escritos por mulheres. Li minha primeira biografia e meu primeiro livro de suspense / terror. Às vezes escolho livros pela capa (#quemnunca), e quase sempre por recomendação. Resolvi ler também histórias de autores de países que eu visitei/trabalhei. Chorei em alguns deles, seja por emoção ou por ódio deliberado.

No final do ano a gente faz os planos pro ano seguinte, e ler mais costuma aparecer aí. Mas, quando a gente vê a média de leitura dos brasileiros, ela ainda não chega a 5 livros por ano.

Então seguem as dicas de uma adicta (lembrando que há muitas formas de adquirir experiência e a leitura de livros é apenas uma delas):

1.    Cada pessoa tem uma relação específica com os livros. Gosto de ler coisas de universos diferentes do meu, pois trabalho com texto e a leitura diversa ajuda a melhorar a redação. Tem livros que nos ajudam a construir nosso mundo, outros a entender o mundo que a gente vive, outros a nos transportar a outros mundos. Escolher uma “rota” pode ajudar.

2.    Gosto de ler livros de segunda mão, especialmente os técnicos/ de referência cheios de grifos (ah, esses incompreendidos) e marca-texto. Eu me ocupo das duas histórias. Ambas têm alma.

3.    Eu trabalho longe da minha casa e também viajava muito (de avião) antes da pandemia. Adquiri o hábito de ouvir livros. Descobri que fico exausta quando o assunto é técnico, mas ouvir histórias – literatura mesmo - é muito bom. O aplicativo que eu mais me identifiquei foi o Audible. Assinei (nem me pergunte como, mas eu sou uma tragédia com as compras com um clique) e é sempre uma aventura.

4.    Muito amor pelo Kindle. Nunca comprei o aparelho, mas uso o app. A relação de grifos que você pode imprimir ao final simplesmente não tem preço. #vidaacadêmicamandandolembranças

5.    Como todo o hábito, precisa de uma certa frequência para a leitura se tornar um deles. Leio um pouquinho por dia, nem que seja uma página. Confesso que às vezes dou uma volta a mais no quarteirão só para acabar um capítulo (no caso dos audiolivros).

6.    Eu não tenho preconceito nenhum com livro. Gosto de ler inclusive aqueles que são lidos por todo mundo, afinal, quando algo é consumido massivamente, forma uma opinião de massa que precisamos conhecer pra opinar. Quando eu posto sobre esses (eu só posto sobre livros no Instagram, que eu atualizo só com questões pessoais) rendem sempre comentários calorosos, em público ou em particular.

7.    Assino clubes de livros, especialmente para ler coisas que eu não leria se eu estivesse escolhendo sozinha. Não leio todos; mesmo assim vale a pena a compra. Sempre penso em dar de presente aqueles que eu não leio, mas nunca dei. Rola um apego.

8.    Como é bom pegar um livro bem-acabado, com papel fino, diagramação primorosa, colorido. Sem dúvida é um incentivo à leitura. Preço de noiva, da editora Dublinense, ganhou meu coração nesse quesito.

Meu desejo para 2021? Uma vida para ler e outra para viver. A vida é curta para tanta coisa boa, né?

Um excelente 2021 pra todos vocês, cheios de planos e viagens maravilhosas, seja ao vivo, no papel ou ao pé do ouvido. <3