LIÇÕES DE HUMANIDADE PROMOVIDAS PELA COVID -19

Obs.: As ideias expressas a seguir são opiniões pessoais e totalmente transferíveis.

Infelizmente estamos diante de uma oportunidade única, proporcionada pelo universo, de colocarmos em prática valores essenciais de vida, esquecidos na correria do dia a dia.

De repente, fomos forçados a exercitar nossa empatia em escala global, obrigados a cuidar e preservar, não só as vidas de nossas famílias e os que nos são próximos, mas do vizinho que nem cumprimentávamos no elevador. Abrimos os olhos para o idoso que mora sozinho no final da rua, choramos com a história do médico paulista que perdeu a mãe, a avó, e segue com dois familiares internados em estado grave, e apesar de todo seu investimento para cumprir a missão que escolheu, foi completamente impotente diante de tamanha tragédia.

Além da empatia, nos obrigamos a enxergar a inegável verdade de que somos todos iguais. Potências econômicas sendo dizimadas, país após país, ricos e pobres, pretos, brancos, índios e amarelos, pessoas saudáveis, jovens, velhos, homens e mulheres. Independente do seu credo, da sua cor, orientação sexual ou do número de dígitos presente em seu extrato bancário, TODOS SEM EXCESSÃO estão suscetíveis.

Resgatamos a valorização do outro e de todas as profissões, reconhecemos enfim, que do médico ao entregador do restaurante, ambos arriscam a vida diariamente para preservar a nossa. O agricultor, o caminhoneiro, a higienizadora do hospital, todos essenciais para que a humanidade sobreviva. Mas por que só agora reconhecemos isso?

Temos também as iniciativas e exemplos lindos de SOLIDARIEDADE que são divulgados diariamente.

Empresas concorrentes abriram as portas de seus parques fabris e trabalham juntas na produção de EPIS, álcool gel, e respiradores. Doações de todas as formas possíveis: tempo, dinheiro, profissionais dedicados para amenizar a solidão e sofrimento causados pela pandemia. Psicólogos, educadores físicos, cozinheiros, músicos, cabelereiros, usando as redes sociais para levar alegria e saúde as pessoas de forma gratuita.

Conflitos históricos e diferenças deixadas de lado em prol da saúde. A imagem vinculada neste artigo, traz os paramédicos Avraham Mintz e Zoher Abu Jama, um judeu e o outro, muçulmano rezando juntos, em um breve intervalo dos atendimentos as vítimas do Corona Vírus.

O grande aprendizado é que Somos uma mísera e insignificante parte do todo, mas podemos ser uma mísera e insignificante MELHOR PARTE PARA O TODO. Podemos sair melhores pessoas de tudo isso, mais humildes e gratos. Afinal sem o outro nada existe, nossas profissões, nossas cidades, nossa arte e nem nossas grandes conquistas.

Fique em casa.