Lições que o Bernardinho pode dar aos líderes empresariais

Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, técnico da seleção brasileira de voleibol, que recentemente conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, nasceu em 25 de agosto de 1959, na cidade do Rio de Janeiro.

Bernardinho foi jogador de voleibol (levantador) e fez parte da seleção brasileira que ganhou medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles em 1984. Ele foi casado com Vera Mossa, ex-jogadora de voleibol, com quem teve o filho Bruno Mossa de Rezende (Bruninho), levantador atual da seleção brasileira de voleibol e medalhista de ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro. Após separar-se de Vera Mossa, Bernardinho casou em 1999 com Fernanda Venturini, ex-levantadora da seleção brasileira de voleibol feminino, também medalhista de ouro olímpica, com quem teve as filhas Júlia e Vitória.

Bernardinho é economista formado pela PUC − Rio, e, como técnico de voleibol, já conquistou com a seleção brasileira 30 títulos importantes, entre os quais, 5 medalhas olímpicas consecutivas.

De acordo com artigo publicado no site Endeavor Brasil, fora das quadras, Bernardinho também é um empreendedor, sendo um dos sócios da EduK, uma startup com sede em São Paulo, que produz cursos online. De acordo com a consultoria Socialbakers, esta startup brasileira tem a segunda página de educação mais popular do Facebook no Brasil e a oitava no México, onde começou a operar em 2014. Em dois anos, mais de 100.000 pessoas compraram cursos. No primeiro ano, o faturamento foi de 7 milhões de reais, subindo para 26 milhões no seguinte; com perspectivas otimistas de 39 milhões de reais em 2015.

 Além da EduK, segundo a Wikipedia, Bernardinho também tem outras distintas frentes de negócio e faz parte do conselho de administração de todas elas: a

Delírio Tropical (rede de restaurantes fundada em 1983, com 9 unidades no Rio de Janeiro), o Grupo Bodytech (maior rede de academias de ginástica da América Latina, com 50 unidades − 37 sob a marca Bodytech e 13 sob a marca Fórmula) com mais de 87 mil alunos, e o Instituto Compartilhar (ONG criada por Bernardinho com a missão de desenvolver jovens de comunidades carentes por meio do esporte).

 Ainda segundo o artigo publicado no site Endeavor Brasil, antes de empreender, Bernardinho já palestrava pelo Brasil sobre o tema “Lições de gestão”, que o esporte coletivo traz. Bernardinho destaca algumas semelhanças entre o universo do esporte e o da gestão: a necessidade de identificar talentos, de motivar continuamente a equipe, de comprometimento do líder e da organização com a motivação de cada pessoa do grupo e, principalmente, de se criar um espírito de equipe, de trabalho coletivo, para potencializar o desempenho do grupo. Um time unido vai além de um talento individual.

 Bernardinho escreveu em seu livro “Transformando suor em ouro” que “Os problemas que enfrento como treinador de equipes de alta performance são basicamente os mesmos que preocupam todas as pessoas no competitivo ambiente profissional, como, por exemplo, encarar desafios e pressões e trilhar os caminhos da vitória”.

 O artigo acima mencionado, menciona as seguintes lições de Bernardinho:

 Para motivar pessoas é preciso conhecê-las

 Bernardinho frisa que cada pessoa é única e tem seus pontos forte e fracos, seus desejos e angústias. O que motiva uma pessoa, pode não fazer sentido algum para outra. Então, quando um líder conhece muito bem cada membro da sua equipe, ele consegue traçar estratégias para acionar os botões de cada um.

 “O líder não é apenas o capitão, como se imagina no esporte, mas aquele que dá o exemplo, seja treinando, jogando ou mesmo longe da quadra, o que contribui para o aprimoramento do time”.

 Juntos somos mais fortes: o poder da equipe é maior que o talento individual

A partir de sua participação e da observação do time, Bernardinho pode aprender outra importante lição: quando os jogadores de uma equipe jogam juntos, a equipe vai muito além. O brilho individual sempre vai perder para o coletivo. Uma equipe unida, onde há colaboração e apoio entre todas as partes, é infinitamente mais potente do que uma equipe composta por estrelas não unidas.

O que é o verdadeiro sucesso?

 De jogador, Bernardinho virou técnico e assumiu a seleção brasileira feminina de vôlei. Mais uma vez, ele pode tirar importantes lições do esporte para vida: o sucesso não é ganhar sempre, mas sim dar o melhor de si e se superar. “Para mim, sucesso é consistência em desempenho de excelência, é produzir resultados ao longo do tempo”.

 Faça o que eu faço

Mais uma lição do técnico para o mundo da gestão: para ser um bom líder, não basta falar o que a equipe deve fazer. É preciso dar o exemplo. O líder precisa ser um exemplo que inspire o grupo. A transparência é um fator fundamental para que você tenha credibilidade e conquiste o respeito da sua equipe.

Portanto, Bernardinho tem muito o que ensinar. Mas, o mais importante é que você, empreendedor, saiba que sempre terá muito o que aprender – seja com a sua equipe, com um bom mentor ou com outros empreendedores.

 Almir Neves publicou no LinkedIn o blog post intitulado “A principal lição de liderança de Bernardinho na Rio 2016”.

 Neves escreveu sobre algo que chamou muito a sua atenção e que ele acredita ser a principal lição de liderança de Bernardinho para todos nós.

 Ele menciona que, “Ontem, no final da transmissão da SporTV, Bernardinho foi entrevistado e falou que, mesmo com um time com limitações, a vitória veio através do conjunto e de alguns destaques individuais”. Bernardinho sempre deixou claro que o Brasil não era a melhor equipe e nunca acreditou ser o favorito ao título.

 Bernardinho citou também, numa das entrevistas, que precisou mudar radicalmente seu estilo de liderança; ele comentou que, em outras competições, aquele estilo explosivo acabava por motivar os atletas em quadra, mas viu que, com o time atual, o resultado era o inverso, a equipe se perdia e ficava nervosa.

 Neves então concluiu que a principal lição de liderança de Bernardinho na Rio 2016 foi o fato dele entender que, como líder, precisava adaptar seu estilo de liderança, precisou se reinventar, aceitou a mudança.

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