LIBERDADE
Liberdade: palavra mais linda da língua portuguesa. Supera em beleza e conteúdo: amor, saudade e esperança. Mas para algumas pessoas liberdade tem significados ambíguos. Para muita gente, liberdade significa que uma pessoa pode fazer o que quiser, na hora que quiser, como quiser, sem se importar com os outros e seus resultados. Liberdade também confundida constantemente com libertinagem, que é basicamente o não respeito aos outros, á ética, á moral e é intrinsecamente egoísta. Parece contraditório, mas liberdade está ligada ao estrito comprimento das regras absolutas, universais. O exercício da liberdade nada mais é que respeitar a si próprio e aos outros, sempre tendo em conta que a liberdade de cada um é individual, intransferível, indissociável, misantrópica, e termina quando a do outro começa. Sendo assim, liberdade é a precursora da moralidade. Só pode haver uma ação moral quando há a escolha livre de fazer aquilo que é bom e moral. E a esmagadora maioria das pessoas não tem essa noção filosófica da moral nem da liberdade, tentando viver ali de forma capenga entre um e outro, obedecendo ordens do sistema que ela acha ser o dono da moral e provedor da liberdade. Essa pessoa não é livre. Essa pessoa é uma escrava, e nem sequer sabe que é isso, de fato. Ela não é virtuosa, é apenas um soldado obediente. Liberdade é escolha. E para escolher a liberdade você tem que se livrar das amarras, das algemas, da areia movediça, da coleira, e isso é extremamente difícil e requer suor, lágrimas e sangue, mas as pessoas preferem cerveja e carnaval, ou seja, pão e circo. E entorpecidas não acham a porta de saída do circo e passam uma vida inteira como aquele palhaço bêbado sem graça no picadeiro. Escolha a liberdade, porque se você não fizer, escolherão por você. E, acreditem, eles sempre escolherão por sua escravidão...
Arq. Thiago Herrera