A Liberdade do OPT-IN e o Respeito ao OPT-OUT em Campanhas de Marketing Direto
Um dos pontos cruciais para uma empresa de Marketing Direto (ou qualquer organização que se utilize de campanhas de Marketing Direto) é saber jogar com esses dois conceitos: opt-in e opt-out. Eles podem definir o sucesso ou o insucesso de uma campanha e também a longevidade de uma agência de marketing direto. Mas, de fato, quem executa tais campanhas sabe a real noção destes conceitos e também o significado de uma esquecida, porém importante, nomenclatura chamada Marketing de Permissão?
Se a resposta for direta, no susto, a mesma tenderá para o lado negativo e para um universo de lamúrias e de reclamações acerca dos meios que o Marketing Direto se utiliza, justificando tais reclamações ao classificar as abordagens como invasivas e repetitivas (cabe ressaltar que abordo aqui apenas comunicações portadoras de mensagens de ativação para determinada divulgação corporativa/comercial). E, mesmo trabalhando diretamente com Marketing Direto, tenho uma inclinação a concordar com essas reclamações. Isto porque algumas ativações são repetitivas, realmente, e, ainda, tornam-se invasivas quando o receptor resolve se descredenciar daquela lista, mas o remetente continua enviando, enviando e enviando suas mensagens para este mesmo receptor.
Então, aí é que entram os conceitos abordados no título deste post. Primeiro, nós todos temos liberdade de mantermos nossa participação em determinadas listas que nos interessam, assim como devemos ter respeitado nosso direito de escolher pelo opt-out em outras que não nos completam, ou seja, de efetuar o descredenciamento e não mais receber comunicações sobre aquela organização, produto, serviço e/ou assunto. Tal atitude é muito simples, ou deveria ser! Porém, poucas são as empresas que aceitam e respeitam esta decisão. Eu mesmo, muito tolerante por trabalhar nesse meio e entendendo a abordagem como uma ótima forma de divulgação, padeço com algumas dessas campanhas que infelizmente não respeitam minha liberdade pelo opt-out. O grande problema é que essa atitude de desrespeito dá munição para os críticos ferozes que vociferam contra as campanhas de Marketing Direto. E, nesse contexto, aquele velho ditado se ergue: os bons pagam pelos maus!
Assim, como esta realidade já está posta, cabe a quem se utiliza dos meios do Marketing Direto tomar uma série de cuidados para realmente tornar sua campanha diferenciada. A primeira atitude é respeitar a opção pelo opt-out, seja via e-mail, seja via telemarketing, mala-direta, campanhas de marketing digital e até mesmo entrega de panfletos durante algum evento. O receptor tem sempre o direito de querer ou não receber determinada mensagem! Ainda, o conceito de Marketing de Permissão deve também ser posto em pauta e respeitado. No início das campanhas, devemos sempre solicitar a permissão para dar continuidade em nossas comunicações, independentemente do tipo de mensagem que será utilizada. Um bom trabalho de telemarketing, por exemplo, passa por essa solicitação, por uma simples pergunta que tem por objetivo receber a permissão para esta continuidade, assim como em uma campanha de e-mail marketing, em que a opção pelo descredenciamento deve estar bem visível e acessível ao receptor da mensagem. Enfatizar o direito do receptor de manter-se ou não dentro dessa linha de comunicação já é um grande passo para que esse relacionamento seja proveitoso. E esse passo só será efetivamente atendido se houver respeito a opção do receptor, seja ela qual for.
Portanto, agindo de uma forma adequada e respeitosa junto aos receptores, a utilização dos meios que o Marketing Direto nos proporciona pode ser muito agradável, delicada e até mais rentável. Cabe aos responsáveis por estes projetos entender e assimilar o quanto de liberdade temos e a importância de respeitar a vontade do outro.