Liberdade na Prescrição Médica: por que alguns médicos deixam de prescrever medicamentos de uma dada marca?
A prescrição de medicamentos é uma das responsabilidades mais importantes dos médicos. No entanto, existem casos em que esses profissionais decidem deixar de prescrever medicamentos de uma determinada marca farmacêutica por falta de confiança.
Neste artigo, exploraremos três motivos principais que levam os médicos a tomar essa decisão, e discutiremos como os departamentos de marketing e vendas podem evitar que isso aconteça.
Um dos principais fatores é a disponibilidade de evidências científicas: se os estudos clínicos realizados pela indústria não forem suficientes ou apresentarem resultados conflitantes, o médico pode sentir-se inseguro em prescrever o medicamento aos seus pacientes. É essencial que os departamentos de marketing e vendas forneçam aos médicos informações transparentes e precisas sobre a eficácia e segurança dos medicamentos, com base em pesquisas independentes e imparciais.
Além disso, há grande preocupação com efeitos colaterais e segurança do paciente: se houver relatos significativos de efeitos colaterais graves ou reações adversas relacionadas a um medicamento específico, isso pode levar os médicos a interromper a prescrição. Muitos profissionais de saúde pertencem a diversos grupos na comunidade médica, e este tipo de notícia se espalha rápido entre colegas sem que a indústria possa reagir de imediato.
Os departamentos de marketing e vendas devem, portanto, agir de forma preventiva, garantindo sempre que as informações sobre os efeitos colaterais sejam amplamente divulgadas aos médicos, a fim de que possam tomar decisões bem informadas e oferecer aos pacientes os tratamentos mais seguros e eficazes disponíveis.
Finalmente, a influência excessiva do marketing: a pressão exercida pelos representantes de vendas da indústria farmacêutica é um dos fatores mais significativos na decisão de um médico em relação à prescrição de um medicamento.
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Quando os médicos sentem que estão sendo excessivamente pressionados por estratégias agressivas de marketing, podem se sentir desconfortáveis e desconfiar das intenções por trás da promoção do medicamento.
É essencial evitar táticas excessivamente persuasivas, dando prioridade à transparência, ética e ao bem-estar dos pacientes – e, nao menos importante, ao fomento de uma relação autêntica e genuína com o profissional de saúde.
A prescrição de medicamentos é uma tarefa delicada e crucial para os médicos, pois sua reputação está vinculada a esta prática. Para evitar que médicos deixem de prescrever medicamentos de uma determinada marca – o que pode prejudicar muito a imagem da empresa – a indústria deve abordar as necessidades de cada perfil de médico de maneira adequada e cautelosa.
Há médicos que favorecem maiores evidências científicas, enquanto outros valorizam a menor incidência de efeitos colaterais nos pacientes.
Somente através de uma abordagem ética, personalizada e responsável, a indústria farmacêutica poderá estabelecer uma relação de confiança com os profissionais de saúde, garantindo a melhor assistência possível para os pacientes e a fidelização dos médicos a longo prazo.