A liderança é fruto do desenvolvimento do seu caráter.

A liderança é fruto do desenvolvimento do seu caráter.

A liderança não é uma dádiva, muito menos um dom. A liderança é fruto do desenvolvimento do seu caráter.

Toda vez que estou em um processo de mentoria com líderes, a primeira pergunta interna que me vem à cabeça, logo no início, é se estou conversando com alguém de caráter inabalável. Esse é o meu maior desafio em um processo, entender até onde o caráter é algo inegociável ou flexível em uma liderança. Sim, todo resto é ensinável, treinável.

Ferramentas comportamentais, técnicas de gestão de números e pessoas, tudo será um aprendizado, mesmo que o líder seja uma pessoa experiente.

No jogo coletivo, o “eu” sai de cena, seja na entrega dos resultados ou na construção da reputação. A equipe sempre será o sinônimo de um líder. E não existe sucesso no “nós” enquanto ainda existir egocentrismo.

A palavra egoísmo vem do latim EGO (eu) mais a ISMO (atração por), que acaba por ter o significado: “atração a si”. Conhece algum líder assim? Conhece alguém com essas características com excelentes resultados?

Essa máxima de que temos que entregar o melhor de nós mesmos funciona até o momento em que precisamos extrair o melhor do outro. Esse é o mais belo compromisso de um ser humano, principalmente quando essa relação é interessante e não interesseira. Por isso, a palavra caráter entra neste contexto. Ser líder é alimentar, evoluir o caráter.

Unir interesses, ajudar a encontrar motivos para a ação (o que é bem diferente de mandar frases motivacionais todas as manhãs no grupo), construir planos de curto, médio e longo prazo como parâmetro de visão de caminho e principalmente se fazer presente no caminho, sem necessariamente ter que ser o piloto. Um líder não pilota, um líder garante que todos chegarão. Pelo menos os que se propuserem.

Vejo muitos caírem pelo caminho. A média gestão está lotada de personalidades egocêntricas e com foco nos próprios ganhos. Todos caem, sem exceções. Os que não caem e passam para um próximo nível de liderança simplesmente quebram as empresas.

Esse é o verdadeiro desafio das empresas em 2024. Não só na formação acadêmica das lideranças, mas identificar quem faz o fit cultural com sua empresa, quem se adequa aos valores e princípios do negócio. Uma espécie de aproximação de caráteres.

Vamos continuar reclamando da falta de profissionais qualificados, porque estamos à procura dos bons profissionais, mas só vamos resolver nossos problemas de liderança quando estivermos buscando pessoas extraordinárias. Repito, o resto é treinável.

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