A liderança dos streamings e as mudanças de mercado

A liderança dos streamings e as mudanças de mercado


 

Há alguns dias atrás (19/09) foi realizado nos EUA a cerimônia do Emmy 2021. Os Emmy Awards são uma premiação anual em que a Academia de Artes e Ciências Televisivas dos Estados Unidos elege as séries, minisséries e telefilmes que mais se destacaram dentro de suas categorias. 

Eu sou um apaixonado por esse universo, incluindo cinema e cultura pop. Mas trazendo esse contexto para o mundo mercadológico e dos negócios, acredito que podemos aprender lições importantes. 

E me dispus a falar brevemente sobre esse tema pois um fato específico da premiação desse ano me chamou muito a atenção: a quantidade massiva de prêmios conquistados pelos serviços de streaming. Na verdade, para ser mais preciso, as produções de streaming dominaram totalmente a premiação. A Netflix foi a principal vencedora, conquistando a maior parte dos prêmios (44 no total), inclusive as categorias principais. A Apple TV+ também de destacou, em uma edição onde a Amazon Prime, a HBO e a Disney+ também concorriam em várias categorias. 

O primeiro streaming a ganhar um prêmio principal no Emmy foi o Hulu, e isso há apenas quatro anos atrás. No começo, os canais de TV abertos dominavam sozinhos. Posteriormente, foram dominados pelos canais por assinatura, que causaram uma revolução na televisão. E agora, os streamings superaram a televisão, assumiram o domínio das produções de filmes e séries, tem uma audiência cada vez mais crescente e predominante, e são responsáveis por uma nova revolução no mercado. 

Mudança de liderança ou até mesmo o fim de algumas marcas ou empresas não é novidade. Ainda falando do segmento áudio visual, outro exemplo recente é a Blockbuster, que faliu em 2013 após ser engolida pelos streamings. 

Há vários outros cases interessantes, como a Kodak, Yahoo, Atari, Nintendo, e muitas outras. 

Todas essas empresas ou marcas, juntamente com a televisão, tem em comum a falta de planejamento estratégico para se manter viva em um mercado que muda constantemente e muito rápido. 

Como manter a competitividade? Segundo Fleury e Fleury (2003), há três estratégias distintas por meio das quais as empresas competem nos mercados: 

  • Dirigida pelo cliente: empresas que atendem clientes específicos em áreas específicas, customizando produtos e serviços para atender às necessidades dos clientes. 
  • Excelência operacional: empresas que possuem esta estratégia têm como objetivo oferecer produtos que otimizam a relação qualidade/preço. 
  • Inovação de produto: neste caso as empresas garantem seu sucesso econômico lançando sistematicamente novos produtos radicais no mercado. 

Para mim, o gatilho principal é a inovação. É ela que mantém as empresas vivas, não há como negar isso. Se a sua empresa não inova, muito provavelmente outra companhia virá e tomará seu lugar. 

Mesmo você, individualmente, como profissional, precisa estar atento às mudanças, procurar sempre se atualizar e se inovar. 

Só assim para sobreviver em um mercado concorrido que não perdoa acomodação.

 


Fonte: omelete.comterra.comapp.startse.com

Referência: FLEURY, A. C. C.; FLEURY, M. T. L. Competitive strategies and core competencies: perspectives for the internationalization on industry in Brazil. Integrated Manufacturing Systems, Bradford, v. 14, n. 1, p. 16-25, 2003. 

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