A liderança feminina no ambiente 4.0
Nada melhor do que dialogar sobre o comportamento feminino no cenário da liderança 4.0. Mas afinal, o que é esta liderança? Para o professor Klaus Schwab, chairman executive do Fórum Econômico Mundial, os esforços de liderança devem se concentrar principalmente nos seres humanos, na sociedade e no meio ambiente, e não apenas no progresso tecnológico ou na produtividade. Isso significa que, mais do que nunca, um olhar humano, com cuidado e empatia pode ser a grande saída estratégica para o nosso cenário contemporâneo.
Não canso de escrever em meus artigos que tenho visto cada vez mais mulheres em posição de topo que estão absolutamente masculinizadas. Parece clichê, mas é a mais pura realidade das organizações brasileiras. Entendo que enquanto nós, mulheres, não assumirmos uma postura de equilíbrio entre forças femininas e masculinas não estaremos plantando as sementes necessárias para perenizar organizações saudáveis na revolução 4.0.
Enquanto a era digital, a inteligência artificial e todas as tecnologias disponíveis estão cada vez mais presentes nas empresas, não podemos esquecer que essas organizações ainda são constituídas por pessoas. Ou seja, não temos escolha a não ser olhar para as P E S S O A S com altíssima empatia pelo momento que estamos vivendo. Sabemos que cada vez mais as posições altamente técnicas poderão, em breve, ser substituídas por máquinas.
Mas e então? O que faremos com a mão de obra que “sobra”?
Esse é um ponto importante: ou investimos em um mindset desenvolvimentista, elevando a capacidade e habilidade das pessoas a níveis em que elas serão absolutamente necessárias para os negócios ou elas estarão fadadas a substituição.
Quando escrevo sobre as forças femininas de empatia, prestatividade, cordialidade e foco em relacionamento, quero explicitar que esses comportamentos trazem para as pessoas um maior bem-estar, o que resulta em pessoas mais focadas em desenvolvimento e capacitação. Não me refiro aqui ao bem-estar por conforto, ou por um ambiente sem cobranças, menciono o bem-estar como uma junção de quatro sub competências de inteligência emocional, que são:
· Autorrealização – refere-se a capacidade do indivíduo de entender seu propósito e traçar sua rota para alcança-lo ao longo da vida
· Autoestima – refere-se ao respeito pelas habilidades que se tem, usando-as e desenvolvendo-as com maestria
· Otimismo – refere-se a uma atitude positiva com a vida, entendendo que a revolução 4.0 não vem substituir gente, mas sim, obrigar as pessoas a estarem em um patamar diferenciado de comportamento e habilidade, no qual as máquinas não possam substituí-los ou eliminar as relações interpessoais mutuamente saudáveis.
Que tenhamos boa vontade para desempenhar a liderança 4.0, que exige um forte investimento em autoconhecimento, em autovigiar-se para ser um líder que inspira pelo seu exemplo na qualidade das relações humanas e que, acima de tudo, tenhamos empatia para reconhecer o empenho das pessoas em se prepararem para o cenário futuro.
Liderança | Management 3.0 | Agilidade | Team Leader | TOTVS
5 aExcelente reflexão Lívia!
Gerente Comercial | Gestão de Rede Credenciada | Gestão e Relação com o Mercado de Saúde | Especialista em Relacionamento na área de Saúde | Novos Modelos de Remuneração
5 aIncrível!