Liderando a si mesmo e os negócios em tempos inquietantes
2017 pode ser bem melhor que 2016!
Como já falado por muita gente e por todos os meios, 2016 aparentemente não vai deixar saudade. E com certeza 2017 trará novos e enormes desafios.
Aí me pergunto, alguém algum dia disse que seria fácil?
Se fizermos uma restrospectiva honesta do ano que acabou, devemos admitir que foi um aprendizado para ninguém botar defeito.
Saimos dele mais experientes, mais preparados para novos desafios, com histórias para contar por muitas gerações. Também aprendemos melhor como funciona - ou não funciona - a política em nosso país, sobre os custos do desrespeito às leis e à ética, sobre a complexidade do mundo dos negócios, os impactos da 4ª revolução industrial, e muito, mas muito mais.
Vendo pela ótica positiva, sabemos que realmente aprendemos quando praticamos, e 2016 nos permitiu praticar coisas essenciais como: viver com menos, manter o equilíbrio físico e emocional, reduzir orçamento, tomar decisões difíceis pelo bem da familia e dos negócios, viver na zona cinza, resiliência, persistência, criatividade, entre outras inúmeras competências necessárias nos tempos atuais e futuros.
Para falar de 2017, acho relevante abordarmos o tema motivação. Gosto dos conceitos apresentados por Daniel Pink, que sintetizam muito bem o que nos motiva: buscamos propósito, domínio e autonomia.
E pensando por esse ângulo, qual o propósito que irá nos mover em 2017: a escolha por criar um futuro amplo que evoque alegria e realizações ou a crença de que as limitações e o desânimo são intransponíveis?
Para mim essa é a primeira decisão a ser tomada para 2017, especialmente para quem ocupa um cargo de liderança ou influencia outras pessoas em suas responsabilidades profissionais.
Ao falarmos de domínio, nas conversas com meus clientes sobre planejamento estratégico para 2017 nos útimos meses de 2016, encontrei muitas oportunidades de aprimoramento que só dependem de uma decisão consciente de atuar sobre elas.
Precisamos ter mais domínio sobre nossas atividades para crescer em meio ao caos e ambientes complexos, diferenciando nossos produtos e serviços perante os olhos dos clientes.
Isso implica também em desenvolver corretamente nossas equipes e proporcionar o ambiente adequado para o crescimento e aprendizagem.
Ainda encontramos nas empresas muitos desperdícios, retrabalho, perda de foco, desalinhamento, estilos inadequados de liderança, baixo nível de engajamento dos funcionários e sabemos que isso tudo afeta negativamente os resultados da empresa.
E o que dizer sobre autonomia? Poderíamos abordar diferentes aspectos, entretanto prefiro buscar uma aproximação entre o que cada pessoa espera e o que a liderança deseja encontrar em cada liderado: agir como se fosse o dono do negócio, trazer a responsabilidade para si e encontrar caminhos e soluções para os problemas que nos afetam cotidianamente. O que afeta a empresa e seus clientes afeta todas as pessoas que fazem parte daquela organização.
Promover empoderamento, criar a cultura da inovação, melhoria continua de processos, equipes colaborativas, foco em resultado, reconhecimento pelas conquistas - e algumas outras formas de engajamento - enobrece o trabalho de todos e traz resultados sustentáveis.
Ter as pessoas certas, no lugar certo, com as competências corretas e com autonomia para fazer o seu melhor é o mínino que devemos buscar em 2017.
E mesmo que fosse apenas isso, já teríamos nesse propósito geração de energia suficiente para fazer do novo ano um ano para ser lembrado pelas mudanças que virão para ficar - em empresas que são feitas para vencer.
Desejo a todos nós muito sucesso, torcendo pela transformação do Brasil em um país digno do nosso orgulho!
Miriam Moreira
Breve currículo:
Miriam Moreira é Consultora em Desenvolvimento Humano e Organizacional, apoiando líderes e organizações no aprimoramento da gestão de negócios e pessoas, além de Professora e Coordenadora Nacional da disciplina de Gestão de Pessoas e Resultados no MBA da Inova Business School. Também faz parte do Future Advisory Board da ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas e Região) e é conselheira em entidades sem fins lucrativos.
Tem uma longa experiência como executiva de Recursos Humanos em empresas multinacionais de grande porte, tais como WABCO e Merck Sharp & Dohme, onde liderou todos os subsistemas de RH. Soma-se a essa experiência a intensa participação em comitês executivos, grupos de profissionais da área e associações de indústrias.
É Terapeuta Ocupacional pela PUCCAMP, pós-graduada em Gestão e Estratégia de Empresas pela UNICAMP e estudos avançados sobre Liderança pela Fundação Dom Cabral, com grande vivência internacional e diversos cursos complementares de coaching e gerenciamento de mudanças.
"Essência e transparência é alma liberta."
5 aUma profissional admirável! Foi um prazer conhecê-la.
Sócio Diretor SAP Consultoria | Colunista na Catho Online
7 aEm frente, feliz 2017
Diretor
8 aMiriam, olhar o lado positivo do que foi 2016 através do seu artigo ameniza o "modus operandi" de quais e como as lições deste ano nos foram passadas. De maneira alguma negando que isto nos fez melhores e mais preparados, mas anseio pelo mesmo nível de esforço de sobrevivência num ambiente de crescimento, onde os resultados são de ampliação de investimentos, onde os profissionais certos nos lugares certos também farão a diferença para manter o foco, para a firmeza de propósito e o impacto destas ações seja positivo para as corporações e para as pessoas que fazem parte delas. abraço. Vital Nadin