Lifelong Learning, um conceito da década de 90
Em tradução livre Aprendizado ao longo de toda a vida. O aprendizado não se encerra na escola, na faculdade ou na pós-graduação. Significa dizer que nunca é tarde demais para aprender algo novo.
O mercado em que vivemos está em constante transformação, os conhecimentos de ontem podem não ser mais úteis hoje.
Quantos dinossauros você conhece que perderam competitividade por não acompanharem as mudanças?
Lifelong learning é um modelo mental no qual temos consciência que somos seres em desenvolvimento e que precisamos buscar constantemente novos conhecimentos, aplicá-los e compartilhá-los continuamente. Este modelo mental, sem dúvida, é um diferencial competitivo e está presente nos profissionais ágeis, adaptáveis e criativos.
A competência comportamental aprendizagem constante é uma das competências mais buscada por recrutadores. Qualquer profissional que investe em qualificação, com certeza tem mais propriedade para lidar com a complexidade cada vez maior no mercado. Isso ajuda a explicar porque o conhecimento é um ativo de extrema importância.
O conceito de lifelong learning data da década de 70, porém foi a partir de 1999 quando a UNESCO publicou o relatório "Educação: um tesouro a descobrir" de Jacques Delors que o termo ganhou evidência mundial. Naquele relatório são apresentados os pilares considerados essenciais para o desenvolvimento cognitivo e social das crianças. Estes pilares se mostraram tão essenciais para qualquer indivíduo independentemente de idade.
O indivíduo deve buscar o aprendizado contínuo, desenvolvendo os quatro pilares fundamentais responsáveis por oferecer o desenvolvimento pleno: conhecer, fazer, conviver e ser. Entende-se por desenvolvimento pleno, estar preparado para o mercado, viver em sociedade, ser mais justos e empático e estar preparado para lidar com as adversidades.
Aprender a conhecer
O primeiro pilar é a constante busca pelo novo. Requer curiosidade, reflexão, postura questionadora e pensamento crítico. Assim é possível construir o conhecimento autônomo. Ser curioso e questionador te leva a conhecer coisas novas.
Aprender a fazer
Além de obter conhecimento teórico, é necessário colocá-lo em prática. Habilidade se adquire praticando.
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Segundo o modelo de aprendizagem 70:20:10 (Morgan McCall, Robert Eichinger e Michaerl Loboardo), 10% do aprendizado é adquirido de cursos, 20% da interação com outros indivíduos e 70% vem das experiências próprias.
A prática estimula o desenvolvimento de habilidades comportamentais como comunicação interpessoal, proatividade, inteligência emocional, trabalho em equipe e outras.
Aprender a conviver
O ser humano é um ser social e a interação com outras pessoas aprimora o conhecimento (Leia este artigo sobre Modelo de trabalho híbrido e a cultura organizacional).
Construir relações interpessoais, se colocar no lugar do outro, entender e respeitar a diversidade fortalece o espírito colaborativo.
Qualquer tipo de interação tem o poder de promover o aprendizado.
Aprender a ser
O indivíduo deve se transformar em uma pessoa melhor e não há como fazer isso sem que seja descobrindo o seu próprio potencial. Desenvolver a autoconfiança, a gestão das emoções, a automotivar-se e por fim, autorespossabilizar-se pelo seu aprendizado.
É sabido que os líderes têm influência decisiva no sucesso das organizações. São os líderes que irão fortalecer uma cultura de crescimento e desenvolvimento contínuo nas organizações. Portanto, precisam ser modelos para os demais profissionais, logo devem apresentar o modelo mental de aprendizado constante.