Livros que li: A Liberdade é uma escolha

Livros que li: A Liberdade é uma escolha

Conhecem aquele livro capaz de provocar uma nova perspectiva nos leitores diante dos desafios? "A liberdade é uma escolha", escrito por Edith Eva Eger, é exatamente assim. Ele reforça o poder que possuímos sobre nossa própria felicidade, destacando a relevante mensagem de que a liberdade é uma escolha ao nosso alcance todos os dias, independentemente das circunstâncias.

Edith Eva Eger não conquistou respeito por acaso. Suas palavras emanam poder, principalmente o poder da esperança, independentemente das circunstâncias. A leitura proporcionou-me uma paz inexplicável.

Cada narrativa, tanto das experiências dos pacientes quanto das dela, desperta uma sensação de aperto no coração. No entanto, logo percebi que a maneira de enfrentar os desafios é o que faz toda a diferença. É reconfortante perceber que, nos detalhes mais sutis, temos a opção de nos libertar das prisões mentais.

Embora compreenda que não seja um processo simples e que a mudança não ocorra da noite para o dia, gradualmente e com o tempo, percebemos que conseguimos nos libertar, perdoar e acreditar. A dor pode ser uma ponte para aprendizados valiosos. Afinal, todos enfrentamos situações devastadoras; ninguém está imune a elas.

Ao ler o segundo livro da Edith me senti mais próximo dela, me fazendo refletir ainda mais sobre a questão da liberdade. Fui ler um pouco sobre a liberdade do ponto de vista de Jean-Paul Sartre, filósofo existencialista francês, que elaborou uma visão única e profunda sobre o conceito de liberdade.


Sua filosofia é fortemente centrada na ideia de existencialismo, que destaca a responsabilidade individual, a liberdade e a angústia como características essenciais da condição humana. Aqui estão alguns pontos fundamentais do conceito de liberdade de Sartre:

  1. Liberdade como Essência Humana: Para Sartre, a liberdade é uma característica fundamental da existência humana. Ele afirmava que os seres humanos são condenados à liberdade, o que significa que somos responsáveis por nossas escolhas, ações e pela criação de nossos próprios significados na vida.
  2. Responsabilidade Total: Sartre argumentava que a liberdade está intrinsecamente ligada à responsabilidade. Ele acreditava que não podemos escapar da responsabilidade por nossas escolhas, mesmo quando tentamos evitar a tomada de decisões. A recusa em escolher também é uma escolha, e essa responsabilidade total pode ser uma fonte de angústia.
  3. Angústia Existencial: A liberdade, para Sartre, está inseparavelmente ligada à angústia. A ideia de ter total liberdade para criar nossos próprios valores e significados pode ser esmagadora e gerar angústia. A angústia surge da consciência da responsabilidade total e da incerteza inerente às escolhas humanas.
  4. Má-fé: Sartre introduziu o conceito de "má-fé", que refere-se à autoenganção ou à fuga da responsabilidade. Ele argumentava que as pessoas muitas vezes tentam escapar da liberdade ao seguir normas predefinidas ou aceitar papéis sociais sem questionar. No entanto, essa fuga da liberdade é uma forma de autoengano.
  5. Ação como Expressão da Liberdade: Para Sartre, a verdadeira expressão da liberdade ocorre na ação. As escolhas e ações individuais são manifestações da liberdade, e é através delas que os indivíduos dão significado às suas vidas.

Em resumo, Sartre bate mais duro e forte no mesmo tema que Edith fala de forma mais positiva e, muitas vezes prática, sobre o tema. A liberdade não é apenas uma capacidade de escolha, mas uma condição fundamental da existência humana. Somos vítimas mas não podemos nos vitimizar, precisamos agir, tudo depende da ação que tomamos frente a situação. Isso não ameniza, muito menos passa pano, aos absurdos que acontecem no mundo mas dentro da nossa mente e espirito podemos escolher por um caminho mais libertador.


Isabella Simionato

Fashion designer e Empresária

11 m

Incrivel!

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